O que mudou quando mudei: Verónica Passos

Verónica Passos tem um percurso atípico, de designer gráfica a diretora de marketing. Para esta executiva, na carreira tal como na vida, não há só um guião, por isso faz questão de reescrever o seu sempre que sente essa necessidade. Veja como mudou a sua vida com a passagem do BiG para a GL.

Verónica Passos é diretora de marketing da GL.

Com formação em Design Gráfico e após 10 anos de experiência, Verónica Passos decidiu fazer um upgrade na carreira e especializou-se em Marketing Digital. Dominando o potencial da imagem, poderia aplicar esse conhecimento ao marketing digital e promover sinergias entre as duas áreas de conhecimento. O primeiro emprego na nova área foi em Londres, na empresa de Recursos Humanos Global Career Company, e em poucos meses estava de regresso a Lisboa para integrar o departamento de marketing digital do BiG, instituição financeira em que trabalhou quase cinco anos. No início de 2019, aceitou um novo desafio, ou melhor, como poderá perceber mais à frente, o verbo aceitar talvez não seja o melhor para descrever as circunstâncias em que Verónica Passos transitou para a GL, SA, empresa do setor de alimentação e bebidas.

Atualmente, enquanto profissional de marketing, quer continuar a ajudar as empresas a posicionaram-se e comunicarem de forma coerente e consistente. O seu background em Design e a experiência profissional e formação em Marketing Digital e Gestão de Marca (pela Católica Lisbon School) dão-lhe uma visão 360°, capaz de assegurar uma comunicação orientada a objetivos e consistente com o posicionamento de cada marca.

Saiba o que mudou na vida de Verónica Passos com a sua passagem do BiG para a GL, que implicou uma promoção a diretora de marketing e uma transição para um setor completamente diferente daqueles em que trabalhara até agora.

 

Os primeiros dias

“Sem dúvida, que o que mais me marcou foi a forma amistosa como fui recebida desde o primeiro minuto. A GL é uma empresa que se destaca pelas pessoas. O companheirismo que se vive e o espírito de entreajuda e dedicação, em que se sente que a empresa é um bocadinho de cada um dos colaboradores, é único. Senti isso desde o primeiro momento, ao ser convidada a participar do encontro anual da GL quando ainda nem sequer tinha ingressado na empresa. Era notável o carinho com que todos falavam da GL e das suas pessoas, como se de uma enorme família se tratasse.

Marcou-me também o passar de um ambiente de escritório, para um ambiente de fábrica/produção. Antes passava o meu dia a ouvir falar em poupanças e investimentos, e na GL passei a ouvir falar em validades, métodos de conservação, receitas… foi como voltar ao 1.º dia de escola, onde tive de aprender tudo do início. Mas é isso, sem dúvida, que alimenta a minha vontade de querer sempre aprender e saber mais. É uma bênção ter estas oportunidades de reinventar a nossa vida e dar saltos de fé, na busca do que está mais alinhado connosco.

Recordo com carinho, a 1.ª prova de produto, em que me senti como peixe na água. Eu que adoro tudo o que tem a ver com alimentação, cuidados alimentares, provar novas receitas, estava a ter a oportunidade de fazer parte da criação de novos produtos, alinhados com os meus princípios alimentares. Melhor era impossível!”

 

De que forma a experiência anterior foi importante na fase inicial 

“Não só a anterior como todas as outras experiências. Nunca fui de me acomodar, sempre corri atrás de um novo objetivo. O meu percurso foi muito atípico (de designer gráfico a diretora de marketing), talvez por isso e por estar sempre a desafiar-me, ganhei a estrutura que precisava para hoje estar aqui. O facto de ter trabalhado em pequenas e médias empresas, algumas familiares, algumas com situações financeiras desafiantes, deu-me a maleabilidade necessária para me adaptar a qualquer realidade e acima de tudo aprender muito.

Em particular na anterior experiência, já tinha bastante autonomia na minha função e geria o meu próprio budget, o que acabou por ser um passo importante para a responsabilidade que hoje tenho na gestão do departamento de Marketing.”

 

As principais aprendizagens

“Que na carreira tal como na vida, não há um só guião e que nós temos sempre a oportunidade de rescrever a nossa história. A dica é deixar fluir, mas estar sempre atento e disponíveis a novas experiências. Nós, seres humanos, estamos em constante mudança e se nos permitimos, podemos escolher caminhos que nunca pensámos seguir e surpreendermo-nos com o resultado. Nem sempre vamos acertar e até podemos sofrer com algumas escolhas, mas tudo isto faz parte para nos conhecermos melhor e irmos tendo consciência do que queremos e não queremos para a nossa vida.

Ter vindo para a GL foi exatamente assim. Numa formação para executivos na Católica, assisti a uma aula com a Co-CEO da GL, Rita Salgado, onde apresentava a marca Sonatural – marca pela qual me apaixonei. Auto propus-me a trabalhar a comunicação desta marca e dois anos depois estava a trabalhá-la. Se dúvidas houvesse sobre sermos nós a escrever a nossa história, esta é a prova de que é possível, basta querermos e acreditarmos.”

 

O que mudou na rotina diária

“Em termos de organização e método de trabalho, rotina diária, não mudou muito. A rotina de trabalho é muito idêntica à anterior, até na localização, já que fiquei a trabalhar na mesma rua. Passei a optar por andar de comboio e incluir a prática de yoga ao final do dia, para reequilibrar-me – vivemos num ritmo muito acelerado e com o yoga e a meditação, consigo desacelerar e voltar a mim.

A grande diferença foi o ter de criar um departamento de raiz, segundo os meus princípios.  Tenho uma pequeníssima equipa, de que me orgulho e que já está a dar o seu contributo para o crescimento das nossas marcas. Agora sou orientadora, tenho a responsabilidade de ajudar outra pessoa a crescer profissionalmente e a sentir-se bem no trabalho.”

 

Conselho para quem vai mudar de emprego

“Na vida pessoal e no trabalho, procurar sempre experimentar: experimentar novos projetos, áreas de trabalho, departamentos. Para isso ajuda muito procurar fazer formações variadas, porque dessa forma tem a possibilidade de experimentar outras áreas de trabalho, diversificar e encontrar caminhos alternativos à formação base. A carreira não tem de ser uma linha reta, com uma só direção, temos sempre a possibilidade de a enriquecer com outras direções e diretamente nos enriquecermos a nós.”

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