O que mudou quando mudei: Carolina Afonso

Carolina Afonso assumiu no início deste ano a Direção de Marketing e de Transformação Digital do Gato Preto, numa altura em que a marca mudou o seu posicionamento. Esta é a sua primeira experiência numa empresa não tecnológica.

Carolina Afonso é diretora de Marketing e de Transformação Digital do Gato Preto.

Antes de integrar a equipa do Gato Preto no início deste ano, como diretora de Marketing e de Transformação Digital, Carolina Afonso era responsável pelo marketing da Konica Minolta desde janeiro de 2018. No seu percurso profissional de mais de uma década de experiência na área das tecnologias de informação, Carolina Afonso liderou também o marketing da Asus, entre 2008 e 2016, função em que desenvolveu a estratégia de marketing e de comunicação da multinacional em Portugal, e antes passara pela Listopsis como gestora de Comunicação. Desde 2012 que Carolina Afonso acumula estas atividades com a de professora em cursos de Marketing Digital no ISEG e é também autora e co-autora de livros nesta área.
O que a atraiu na proposta do Gato Preto?
Em primeiro lugar, o que mais me atrai, seja nesta ou qualquer mudança, são os desafios e o match que estes têm de ter com a minha própria missão e lema de vida. Gosto de viver com propósito, inspira-me a mudança, a inovação e a disrupção. Os desafios no Gato Preto fizeram-me sentido. Estes desafios passam pela definição e implementação de uma estratégia Omnichannel, que consiste na integração dos canais online e físico na estratégia Consumer Centric. Esta aposta tem a ver com o facto de atualmente o perfil de compra dos clientes ser cada vez mais híbrido e nós pretendermos proporcionar-lhes uma experiência com a marca que seja única e diferenciadora; E, sobretudo, o desafio da transformação digital da insígnia, no e-commerce e na criação de sinergias com as nossas 65 lojas físicas em Portugal e Espanha, proporcionando serviços como o click and collect e integrando tendências como o ropo (research online, purchase offline). Por fim, o rejuvescimento de uma love brand dos portugueses, com uma aposta clara num design de produtos cada vez mais inovador e atento a tendências atuais.

O Gato Preto está diferente. O que mudou e com que objetivos?
Mudou essencialmente o seu posicionamento. Desde a sua criação que o Gato Preto se tornou numa love brand, com uma autêntica comunidade de clientes fiéis em torno da marca. No ano em que celebra o 35.º aniversário, a marca assume-se como uma lifestyle brand, fazendo jus ao seu novo claim “Living Spaces” com o objetivo de nos aproximarmos mais do estilo de vida e dos interesses dos consumidores. Queremos inspirar as pessoas a viverem a sua casa mais intensamente, com escolhas que reflitam as suas vivências, o que passa também por soluções que traduzam uma consciência mais sustentável. Além da decoração, têxteis e iluminação, há uma aposta crescente na área do mobiliário.

A academia sempre me deu a capacidade de investigar, de aprender, de sistematizar. A experiência em empresas tecnológicas possibilita-me de forma ágil e segura responder a desafios inerentes à transformação digital.

O que mais a surpreendeu nos primeiros dias?
O principal e que tem sido uma grande força e inspiração para dias mais complicados é a excelente equipa que tenho a sorte de ter. Uma equipa de marketing jovem, porém experiente e altamente qualificada em áreas como digital e inovação, design de produto, design gráfico e relações públicas e comunicação. Temos in-house praticamente todas as valências que necessitamos para fazer a diferença. Ao fim do dia, são sempre as pessoas o ativo mais importante que se tem.
Quais os principais desafios e oportunidades que tem encontrado desde que assumiu este novo cargo?
Em contexto de pandemia os desafios têm sido redobrados, mas as oportunidades também. Com a maior parte das lojas de retalho encerradas, os olhos ficaram postos no online. Os desafios têm consistido em alavancar o e-commerce, com todas as exigências inerentes de se pensar o negócio como um todo, desde a logística, ao marketing ou à vertente financeira.
Gerir a equipa e a relação com novos colegas em teletrabalho praticamente desde o início também tem sido desafiador, sendo que o saldo tem sido bastante positivo a este nível, a meu ver.
Em que medida as suas experiências anteriores estão a ser importantes nesta fase?
O meu background tem sido em tecnologias de informação em contexto de multinacionais e também ligado à academia. A academia sempre me deu asas, a capacidade de investigar, de aprender, de sistematizar, o que considero uma mais-valia em qualquer desafio. A experiência em empresas tecnológicas possibilita-me de forma ágil e segura responder a desafios inerentes à transformação digital.
Que marca gostaria de deixar no Gato Preto?
Gostaria de deixar o meu cunho na transformação digital da empresa e no seu novo posicionamento no mercado.
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