A revista Fortune revelou as suas duas listas anuais das Mulheres Mais Poderosas, nos Estados Unidos e no resto do mundo, um ranking de liderança empresarial feminina que analisa critérios como a dimensão do negócio no mercado global, a estratégia e rumo dos negócios que dirigem, a sua carreira e influência social e cultural.
A liderar a lista norte-americana (a que a publicação dá destaque) está a CEO da Lockheed Martin, Marillyn Hewson, depois de três anos em que Mary Barra, CEO da General Motors, ocupou o 1º lugar. Já no ranking internacional, a mais poderosa volta a ser a espanhola Ana Botín, presidente executiva do Grupo Santander, o maior banco da Europa em valor de mercado e 73º classificado na lista global ‘Fortune 500’ deste ano.
Marillyn Hewson chega ao topo da lista norte-americana da Fortune numa altura em que o governo daquele país pretende investir mais na defesa militar. Este ano, a CEO já assegurou mais de mil milhões de dólares em contratos para a sua empresa, conseguindo ainda aumentar o valor de mercado da Lockheed Martin para quase 100 mil milhões de dólares.
Para o primeiro lugar de Ana Botín na lista global da Fortune contribuiu o facto de o Grupo Santander ter visto os seus lucros aumentarem 24% durante o primeiro semestre do ano, bem como o seu valor em bolsa, que subiu 31%, segundo esta publicação. Ana é a quarta geração da família Botín à frente daquele banco, que conta hoje com mais de 200 mil colaboradores, 131 milhões de cliente e 13.800 sucursais em todo o mundo.
A lista de executivas norte-americanas inclui outros nomes sonantes como Ginni Rometty, da IBM, Sheryl Sandberg e Oprah Winfrey, em 51º posto — uma espécie de menção honrosa desta lista. Presença assídua durante anos, Oprah saiu do ranking depois de terminar o seu popular programa de televisão diário, mas regressou este ano graças ao investimento na Weight Watchers, que tem vindo a subir o seu valor de mercado.
Já na lista das mais poderosas no resto do mundo, destaca-se a forte presença de executivas asiáticas, sobretudo originárias da China (13 em 50 mulheres) e Singapura, bem como de líderes britânicas. Segundo a Fortune, se até aqui a maioria das mulheres que figuravam na lista internacional estavam à frente de empresas familiares ou tinham sido nomeadas pelos governos dos seus países, este ano são mais comuns aquelas que se destacam pelo impressionante trajeto de progressão profissional, como é o caso de Emma Walmsley, CEO da GlaxoSmithKline (que subiu do 33º para o 2º lugar), de Isabel Ge Mahe, responsável pelas operações da Apple na China, ou de Jessica Uhl, CFO da Shell.
Fique a conhecer quem está nos lugares cimeiros dos rankings norte-americano e internacional compilados pela Fortune.
Top 10 das mulheres mais poderosas dos EUA, em 2018:
- Marillyn Hewson, Presidente, CEO e Chairman da Lockheed Martin
2. Mary Barra, Chairman e CEO da General Motors
2. Abigail Johnson, Chairman and CEO da Fidelity Investments
4. Ginni Rometty, Chairman, President e CEO da IBM
5. Gail Boudreaux, President e CEO da Anthem
6. Sheryl Sandberg, COO do Facebook
7. Safra Catz, Co-CEO da Oracle
8. Phebe Novakovic, Chairman e CEO da General Dynamics
9. Ruth Porat, Senior Vice-president e CFO da Alphabet e da Google
10. Susan Wojcicki, CEO do YouTube
Top 10 das mulheres mais poderosas no resto do mundo:
- Ana Botín, Presidente executiva do Grupo Santander
- Emma Walmsley, CEO da GSK
- Isabelle Kocher, CEO da Engie
- Dong Mingzhu, Chairwoman e Presidente da Gree Electric Appliances
- Chanda Kochhar, Managing director e CEO do ICICI Bank
- Chua Sock Koong, CEO do grupo Singapore Telecommunications
- Sun Yafang, Chairwoman da Huawei Technologies
- Alison Cooper, CEO da Imperial Brands
- Wang Fengying, Executive director e General manager da Great Wall Motor
- Ho Ching, CEO e Executive Director da Temasek