Carla Batista é diretora de operações da Monese, em Portugal. Iniciou a sua carreira em 1994, enquanto assistente executiva na Rogério Alves e Associados. Em 2002 passou pela Atos Origin e dois anos depois iniciou funções na Visa, enquanto Office Manager e Relationship Manager, fazendo parte do projecto de implementação da multinacional americana em Portugal.
“O meu maior desafio profissional começou com um “não” e à semelhança de todos os outros desafios relatados na primeira pessoa teve como fermento aquela dose de crença em nós mesmas, aquele desejo de ultrapassar desafios e quebrar barreiras.
Depois de 12 anos de carreira numa multinacional de meios de pagamentos onde fui feliz, onde cresci e participei em projetos fantásticos, nunca pensei que os últimos dois anos me reservassem um período que vim mais tarde a identificar como de maturação, no âmbito profissional, mas sobretudo no aspeto humano e na mulher que tento diariamente ser. Foi um tempo de perda e de mudança. Perdas pessoais profundas, como a morte de um familiar, o afastamento de um grande amigo com o qual convivia diariamente, a recuperação de uma doença quase fatal para a vida da minha filha. Também foi um período em que me eram pedidas demonstrações de capacidades como se nunca as tivesse possuído. Foi uma fase muito difícil pessoal e profissionalmente que acabou por afectar a minha essência como ser humano e como mulher.
Essa fase acabou no dia em que decidi abraçar a mudança, numa cultura organizacional diferente, quando acreditei que ao dizer “não” a uma carreira profissional estável, mas a que faltava algo, e dizer “sim” àquilo que me distingue, que é a capacidade de apresentar soluções efectivas e out of the box em contextos empresariais em que é preciso entregar e superar objetivos traçados e tornar o crescimento possível dia após dia.
O meu percurso profissional mais relevante está aliado a empresas que possuem no seu core business uma base tecnológica. No mundo contemporâneo, a tecnologia exponencia a agilidade e o empreendedorismo, e era exactamente a este ADN que eu queria voltar a pertencer. Foi esse conceito e mentalidade que me fez dizer “sim” ao projecto da Monese em Portugal, onde ao lado de uma equipa de 16 pessoas (ainda), com diferentes backgrounds e nacionalidades, montamos uma operação de suporte à expansão global dos nossos serviços, com objectivo máximo de fazer chegar serviços financeiros de forma segura, fácil e conveniente às gerações globais e nómadas dos dias de hoje.
Estou consciente do muito que há por fazer, do muito talento ainda por recrutar, do muito trabalho por desenvolver, sempre com a certeza de fazer cumprir a missão da Monese, de chegar a todas as pessoas: ‘Banking without boundaries’.”