“Mãe é claramente a minha primeira ‘mulher da minha vida’, sem qualquer complexo edipiano, mas tão simplesmente por ser incontestável, incontornável e por só termos uma: a nossa! Para além de ser por quem tudo se inicia, é quem nos incute os valores, a educação, a forma de olhar para a vida, e a capacidade crítica. É quem nos ‘obriga’ a estudar e a nos prepararmos para a vida, quem tem a enorme responsabilidade de ‘nos fazer alguém’ ( pai também ajuda, mas não me pediram para falar dele). Se o consegue/m ou não, já só depende de nós, filhos.
Tenho o privilégio de aos 56 anos ainda ter mãe, um ser maravilhoso, cheio de energia, independente, que conduz, que me continua a educar – nada fácil , que me pede vários beijinhos por dia – quando chego junto dela, quando estou perto dela, a quem dou a mão e, claro, quando me despeço dela !
Rita, minha mulher há 33 anos, é uma descoberta constante. Para se estar casado temos de começar por ter um enorme respeito pessoal e profissional pela nossa mulher. É impossível amar sem admirar. Não basta a beleza física, tem de haver uma enorme riqueza interior.
É médica, e não por acaso excelente médica. Foi uma aluna universitária excepcional e é uma fantástica profissional, respeitada pelos seus pares e pacientes. Tem uma característica humana no trato com os demais que faz com que seja uma pessoa querida (no sentido do verbo querer) por todos os que convivem com ela: uma verdadeira ‘Joana Semana’ que tem o privilégio de acolher na sua arte histórias de vida, uma mulher com M.
É de uma irritante e genuína bondade: nunca a ouvi dizer mal de ninguém, nem mesmo na intimidade típica de quando se sai de um jantar ou de uma festa. É enervante encontrar sempre um lado positivo em qualquer pessoa!
Como se não bastasse a sua extraordinária afirmação como mãe, mulher, Amiga e cúmplice e profissional, a Rita é desde há três anos uma empresária de sucesso com a criação de uma clínica que tem por objectivo o seu reflexo no espelho: ser feliz estando bem, com saúde. Complementarmente ainda é uma fotógrafa com uma rara sensibilidade que faz dela uma ‘retratista’ invulgar.
A Marta, minha filha, minha preferida e posso afirmá-lo por uma razão: só tenho uma! Foi o chamado ‘bébé lindo de fazer parar o trânsito’, criança aplicada e boa aluna, jovem responsável e divertida, dotada de um charme extraordinário, mulher em plenitude e de uma beleza diferente altamente cativante, determinada, de uma entrega total aos seus Amigos, empenhada e hiper organizada em tudo o que faz: nunca deixa para amanhã o que pode fazer hoje, sempre pronta para ajudar o próximo com um sentido de solidariedade e de ajuda raro. Ninguém lhe fica indiferente e sempre pela positiva!
Dá-me o privilégio de trabalhar comigo (privilégio que, aliás, me dão também os meus outros dois filhos) e de com ela também aprender a entender a geração que nos segue. Tem muito da mãe, sendo que são as duas grandes amigas e cúmplices na forma de olhar para a vida: tem de ser vivida na construção constante da felicidade que merece alcançar. As únicas pessoas para quem o nosso Amor é incondicional são os nossos filhos e a nossa definição deles cabe numa palavra: tudo!
Foram as “minhas” três mulheres que me explicaram a etimologia da palavra woman: nada mais é que wellorganized man! Às três o meu eterno e reconhecido obrigado.