Mesmo as mulheres que sempre acharam que não têm tempo para cuidar das poupanças ou que acreditam que é muito complicado fazê-lo, podem ver-se obrigadas a assumir a gestão do seu património de forma inesperada. Um divórcio, uma viuvez, a perda do emprego ou mesmo uma doença, são razões que da noite para o dia tornam imperativo que tome as rédeas do seu património e não adie mais o seu planeamento financeiro.
Mas além destas razões, existem outras que devem ser suficientes para a motivar a tomar já a decisão de gerir ativamente as suas finanças e garantir financeiramente o seu futuro.
- O género feminino ganha, em termos médios, menos do que o género masculino, fazendo com que o esforço da poupança das mulheres tenha de ser feito (ainda mais) a longo prazo, por forma a conseguir garantir o seu bem-estar futuro.
- As mulheres vivem em média mais do que os homens, o que significa que precisarão de poupar mais para os anos vindouros.
- As mulheres que reduzem o tempo de trabalho para se dedicarem à educação dos filhos ou ao cuidado de um familiar doente veem o seu rendimento diminuir e passam a contribuir menos para a Segurança Social, o que terá implicações quando chegarem à idade da reforma.
- A partir da idade da reforma e até ao fim da vida muitas mulheres ficam sozinhas. O custo de vida já não é suportado a dois nem existe uma ajuda adicional para consolidar as poupanças e poder viver a reforma tão confortavelmente como idealizara.
5 pequenos passos que conduzem a grandes resultados
Não precisa de ser uma especialista em finanças para gerir o seu património. Comece com pequenos passos que lhe poderão trazer grandes resultados.
Não permita que o tema dinheiro seja um tabu. Debater questões do foro financeiro com familiares e amigos promove um espírito crítico e aberto sobre este assunto, tão essencial ao bem-estar de todos.
Olhe para o seu património com atenção. Procure analisar com profundidade o seu património e as suas contas, fazendo uma lista detalhada das despesas e procurando equilibrá-las com os seus rendimentos.
Pague-se a si primeiro. Retire dinheiro para a poupança assim que recebe o seu rendimento mensal. É uma forma de evitar a indisciplina e priorizar a poupança, desenvolvendo bons hábitos financeiros. Exercite a poupança à dimensão do que aufere: o mais importante é a consistência (ou seja, o reforço frequente das suas poupanças) e não apenas e necessariamente a dimensão do montante que poupa mensalmente.
Defina objetivos financeiros exigentes mas realistas. Não deixe que o seu nível de educação financeira a impeça de começar. Procure um especialista financeiro que fale a sua linguagem e a ajude a dar o pontapé de saída ou, caso pretenda fazê-lo de forma mais livre, procure online ferramentas de iniciação (tutoriais, webinars, cursos) adaptadas ao seu nível de conhecimento e torne-se uma especialista a gerir as suas finanças.
Invista as suas poupanças, rentabilizando o seu capital. Tendo em conta que a inflação é inimiga da poupança e que o seu poder de compra se reduz à medida que ela aumenta, é importante que encontre formas alternativas de rentabilizar o seu capital. Não deixe o dinheiro parado numa conta à ordem ou numa conta-poupança. Lembre-se que investir e poupar são complementares Deve no entanto garantir que os instrumentos nos quais a sua poupança é aplicada estão de acordo com a sua tolerância ao risco e os seus objectivos de remuneração.
Garanta que tira o melhor partido do seu dinheiro. Acautele-se e alcance a sua segurança financeira ganhando, poupando, investindo e criando valor e oportunidades para si e com o seu capital.