Investir na saúde da mulher pode aumentar a economia mundial em mil milhões de dólares por ano

As mulheres vivem mais, mas com pior qualidade. A menor atenção dada à saúde da mulher custa quase anualmente mil milhões de dólares à economia mundial, estima o relatório do Fórum Económico Mundial.

A desigualdade de investimento na saúde das mulheres em comparação com a dos homens custa anualmente 1 bilião de dólares à economia mundial.

Embora as mulheres vivam em média mais tempo que os homens, a sua qualidade de vida é inferior, devido à desigualdade existente ao nível do investimento na investigação e nos tratamentos médicos. A menor atenção dada à saúde feminina em comparação com a dos homens custa anualmente 1 bilião de dólares, estima um relatório do Fórum Económico Mundial, divulgado em Davos, na Suiça, citado pelo The Guardian.

Uma mulher passa, em média, nove anos com problemas de saúde, o que afeta a sua capacidade de estar presente e de ser produtiva em casa, no trabalho e na comunidade, reduzindo assim o seu potencial de rendimento, revela o McKinsey Health Institute. A eliminação da diferença de 25% a mais de tempo que as mulheres passam em “más condições de saúde”, em relação aos homens, afirmam os investigadores, não só melhoraria a saúde e a vida de milhões de mulheres, como também impulsionaria a economia global.

Segundo o relatório, corrigir esta lacuna poderia gerar o acesso de 137 milhões de mulheres a postos de trabalho a tempo inteiro, até 2040, reduzindo a pobreza e permitindo que mais mulheres se sustentem a si próprias e às suas famílias. Cada dólar investido para melhorar a saúde das mulheres pode gerar 3 dólares para a economia, uma vez que a qualidade de vida melhora e as mulheres podem participar ativamente na força de trabalho. Poderia resultar em mais sete dias saudáveis por ano para cada mulher, ou mais de 500 dias ao longo da vida.

Agir para proteger a saúde da mulher é o que se propõe fazer Jill Biden com a Iniciativa da Casa Branca sobre Pesquisa em Saúde da Mulher, liderada pela primeira-dama dos EUA. Anunciada em novembro passado, a iniciativa visa corrigir lacunas de financiamento e investir em soluções que melhorem as capacidades dos médicos para diagnosticar e prevenir doenças que afetam principalmente as mulheres.

“Chegar à menopausa aos 56 anos, foi um grande alerta para mim”, revela, à Forbes, Jill Biden. “A investigação sobre a saúde da mulher tem sido subfinanciada durante décadas”, explica. “Todos os nossos medicamentos e investigação têm sido baseados nos homens e na sua saúde. As mulheres merecem melhor.” 

Saiba mais sobre a Executiva Women’s Health Conference que vamos realizar a 28 de maio, no Hospital CUF Descobertas, em Lisboa.

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