Texto de Ana Cristina Matos, health & emotional coach e fundadora do projeto Happy Food for Happy People
Como resolver a ansiedade que está a crescer, crescer, com tantas notícias e nada boas? Em qualquer fase da nossa vida já tivemos de lidar com uma crise de ansiedade súbita, uma falta de ar sem explicação ou uma dor física enorme e conseguimos superá-las. Agora vivemos mais um desses momentos. É preciso aprender a lidar com a ansiedade. Não a podemos eliminar mas podemos aprender a responder-lhe da melhor forma.
A ansiedade nada mais é do que a preocupação com coisas que ainda não aconteceram, mas uma preocupação que nos impede de viver a vida com plenitude.
O momento que estamos a viver não ajuda. A preocupação real com a saúde a que acresce o regresso às obrigações e tarefas da casa, o ordenado que não sabemos quando vai chegar, e se chega, toda a família confinada a um espaço que até funciona num fim‑de‑semana mas que em tanto dias juntos não sabemos como vai funcionar, a organização das tarefas profissionais com as familiares e cada vez mais este peso emocional que se acumula. A lista de desafios é longa.
Em vez de falar mais sobre esse assunto, vou partilhar uma dica útil anti-ansiedade que li no livro How to Stop Worrying and Start Living, escrito em 1948 por Dale Carnegie.
Sempre que sentir uma preocupação excessiva com alguma coisa, faça a si mesma estas perguntas (e se possível escreva as respostas):
1. Qual é o problema que me está a preocupar?
2. Qual é a causa do problema que me está a preocupar?
3. Quais são todas as soluções possíveis?
4. Qual é a melhor solução que está ao meu alcance?
E a partir da resposta 4 entre em ação, que no fim de contas é sempre o melhor remédio anti-ansiedade.
Este é um exercício simples, mas extremamente poderoso para organizar os pensamentos. São perguntas que podem parecer idiotas, podemos até achar que já sabemos as respostas, mas quando refletimos sobre elas e as escrevemos no papel, a magia acontece.