Se está finalmente preparada para procurar alternativas que podem rentabilizar significativamente o seu capital e garantir a sua independência e bem-estar financeiros, tenha algumas diretrizes importantes em mente e evite alguns dos maiores erros que os investidores principiantes podem por vezes cometer.
Defina o seu plano financeiro e guie-se pelos seguintes conceitos:
- Objetivos: o que quer atingir;
- Retorno e risco: quanto pretende atingir e até que limite está disposta a ir para poder atingir esse retorno?;
- Alocação de ativos: qual a ponderação das classes de ativos no seu portfólio,
- Diversificação: aposte na variedade também dentro de cada classe de ativos (e não só).
Conheça as 10 principais linhas orientadoras pelas quais se deve reger para uma saudável gestão do seu património financeiro:
1. Não confunda investir com apostar
Fazer um investimento não é a mesma coisa que apostar ou especular. Se escolheu um título ou uma classe de ativos às cegas ou com base num hot topic do momento, então não está realmente a investir. Investir significa tomar decisões financeiras com as quais se sente confortável e que deve estar preparada para manter durante algum tempo.
2. Explore com algum detalhe os investimentos que pretende fazer
Fazer algum trabalho de campo para ajudar a compreender o instrumento ou a solução que está em vias de subscrever é fundamental para compreender as implicações da decisão financeira que está prestes a tomar.
3. Tenha um horizonte temporal em mente
Como em qualquer plano pessoal, é crucial também atribuir um horizonte temporal ao seu plano financeiro. A estratégia a adotar depende sempre dos seus objetivos: se pretende acumular dinheiro para garantir a entrada na compra de uma habitação a estratégia financeira será mais orientada para o médio prazo; se o foco é investir na educação dos seus filhos, a perspetiva será mais a longo prazo. Em todo o caso, qualquer que seja o objetivo que sustenta o seu investimento deve ter sempre uma janela temporal em atenção.
4. Não se esqueça do binómio risco/retorno
A rentabilidade está diretamente ligada ao risco. Se um investimento oferece um retorno muito atrativo tem de ter algum risco associado. Por outro lado, ter o dinheiro “parado” e enfrentar a inflação também é um risco: é o tipo de risco que vai consumindo gradualmente a totalidade da sua poupança. Acima de tudo, e decidindo investir, tenha em atenção o seu perfil de risco e nunca invista mais do que aquilo que pode realmente perder.
5. Respeite o seu perfil enquanto investidor e a sua tolerância ao risco
Nunca perca de vista a sua tolerância ao risco. Investir não é apenas assumir risco, é garantir que está sempre em controlo total do grau de risco que quer assumir. Também pode atenuar o risco de diferentes formas, seja optando pela diversificação do portfólio ou escolhendo em determinada solução de investimento um perfil conservador.
6. Não deixe a diversificação para último plano
Não coloque todos os ovos no mesmo cesto. Estude as diferentes classes de ativos e compreenda que oferecem riscos e, naturalmente, retornos diferentes. Diversifique o seu portefólio para evitar sobreexposição a um só instrumento financeiro – escolha ativos que não estejam diretamente correlacionados – e proteja-se contra a volatilidade e movimentos de preço extremos num só investimento.
7. Pense na alocação dos seus ativos
Não há uma fórmula ideal para alocar ativos. A diversificação do portefólio vai depender sempre do seu perfil enquanto investidora. Qual é a percentagem do total do seu portefólio que vai alocar a ações, a obrigações, a fundos, a ETF, etc? A sua alocação de ativos deverá permitir a concretização dos seus objetivos financeiros, tendo também em conta os níveis de risco assumidos.
8. Reavalie a sua carteira periodicamente
Ao longo do tempo, as classes de ativos da sua carteira de investimentos vão sofrer variações e originarão mudanças na participação de cada ativo na mesma. Para recuperar as características de risco-retorno originais e alinhar a sua alocação de ativos com o plano de investimentos original o seu portefolio deve ser periodicamente revisto e reequilibrado.
9. Saiba que não tem que “saber tudo” antes de começar a investir
Investir já não tem que ser difícil ou só para alguns. Tanto pode optar por falar gratuitamente com um especialista financeiro (que a acompanha na definição e evolução da sua carteira), como aceder a inúmeras ferramentas gratuitas que estão disponíveis online que a ajudam consolidar o seu conhecimento nesta área. Esperar por “saber tudo” pode tornar-se, a longo prazo, demasiado caro para as suas poupanças.
10. Não se esqueça do principal: é você o ativo mais importante de todos
Não se acomode nem delegue a gestão das suas finanças. Defina os seus objetivos e invista neles. Um objetivo que não é ativamente planeado é apenas um ideal. Colocar por escrito o seu plano é o primeiro passo para aumentar a probabilidade de o alcançar: sistematize as suas ideias, coloque um montante de capital de parte, reforce periodicamente e invista nessa direção.
As orientações escritas refletidas no seu plano ajudá-la-ão a manter uma perspetiva financeira de longo prazo, tão essencial ao sucesso no mundo dos investimentos. Investir de forma bem-sucedida não é uma questão de QI, dinheiro ou timing de mercado. É, muitas vezes, uma questão de atitude e de tempo.
Dito isto, ainda acha que não tem o que é preciso para cuidar do seu capital?