Louise Richardson,
uma mulher à frente de Oxford

Com oito séculos de história, Oxford vai ser comandada pela primeira vez por uma mulher. A irlandesa Louise Richardson, que já está habituada a desbravar caminhos, confessa que este era o sonho de uma vida.

Louise Richardson espera que a sua nomeação inspire outras mulheres

Hoje os jornais dão eco de um momento histórico para a Universidade de Oxford e para os seus 800 anos de história: pela primeira vez uma mulher vai liderar o destino desta prestigiada instituição e a homepage da universidade destaca a biografia de Louise Richardson, que entrará em funções a partir do próximo ano. Com aparente simplicidade, a nomeada afirma: “Oxford é uma das universidades mais prestigiadas do mundo. Sinto-me extremamente privilegiada por ter a oportunidade de liderar esta notável instituição”.

Para esta professora irlandesa, formada em História no Trinity College de Dublin, a importância do cargo não será novidade. Ela foi a primeira mulher a liderar uma universidade escocesa, em St Andrews, e foi ela que coordenou as celebrações dos 600 anos da fundação desta secular instituição, onde exerceu um mandato com grande enfoque na missão académica, levando a St Andrews a uma elevada posição nos rankings das universidades e a ser alvo de grande interesse por parte dos estudantes.

Especialista em segurança e terrorismo, Louise Richardson deixa a sua marca por onde passa

É especialista em terrorismo e segurança e já aconselhou vários governos nesta área. Os movimentos terroristas são uma das suas áreas de estudo e já desempenhou funções como professora associada no departamento de governo da Universidade de Harvard, onde deu cursos nas áreas de terrorismo, segurança internacional, política externa americana e comparativa.

Pouco antes de ser nomeada para Oxford, Louise Richardson esteve como Executive Dean no Radcliffe Institute for Advanced Study, em Harvard, que já foi uma escola feminina e que ela transformou em centro interdisciplinar para promover o “estudantismo”.

Em St Andrews, os investimentos em tecnologia de informação, no desenvolvimento da biblioteca, na inauguração da faculdade de medicina e do departamento de ciências biomédicas, foram algumas das suas marcas pessoais.

Sobre o que a levou a candidatar-se ao cargo, Louise Richardson assume que era a ambição de uma vida e que espera com esta nomeação inspirar outras mulheres. A partir de janeiro de 2016 vai ser seguramente um role model para muitas.

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