Sónia Calado: Os temas que estão no topo da minha agenda para 2023

Sónia Calado, administradora do Grupo DRT, assume que 2023 é o ano de todas as incertezas.

Sónia Calado é co-fundadora e administradora da DRT Moldes.

Sónia Calado cofundou a DRT Moldes, em 1994, com o marido quando tinha apenas 23 anos e ainda estava no último ano de Gestão. Na entrevista que nos deu para o livro O Sucesso Não Cai do Céu confessou que nunca pensou que a empresa ganhasse a dimensão que tem hoje, mas os dois jovens começaram com a fasquia bem alta, a trabalhar para marcas como a Porsche, a Rolls Royce e a Volkswagen. Hoje, a DRT de Sónia Calado e do marido é um grupo de empresas que é já uma referência na produção de moldes de injeção de plásticos até 25 toneladas e uma peça fundamental no tecido empresarial e social da zona de Leiria. 

 

“2023 afigura-se como um dos anos mais desafiantes que teremos de enfrentar. Há uma enorme carga de incertezas que não nos permite fazer planos em relação ao futuro. A única certeza é que vai ser um ano de incertezas.

Para as empresas do setor dos moldes para plásticos será mais um ano de prova da nossa capacidade de resistência e resiliência. O setor, no qual a esmagadora maioria das empresas tem como principal mercado a indústria automóvel, sente enormes constrangimentos, desde 2018, momento em que começou a indefinição sobre a mobilidade do futuro. A isso, somamos os efeitos da pandemia de Covid-19 e, mais recentemente, toda a instabilidade resultante da guerra na Ucrânia. No seu conjunto, este cenário agudizou a situação financeira de muitas empresas.

Sabendo que 2023 será o ano em que termina o período de carência dos financiamentos criados no âmbito da pandemia, e que, para muitos, será também o momento de reembolsar grande parte dos apoios do PT2020, as empresas preparam-se para o que será, possivelmente, um dos momentos mais angustiantes da sua história. Para fazer face aos custos de fabrico, continuar a fornecer as melhores soluções aos seus clientes e apostar na necessária mão-de-obra intensiva e especializada, as empresas necessitam de robustez financeira. Contudo, a nossa indústria sobrevive numa bolha de isolamento, sendo imperativo que governantes e entidades se assumam como parceiros das empresas, para encontrar a desejável solução para um setor que tem dado a conhecer ao mundo Portugal como um país tecnológico de topo.

O grupo que administro – Grupo DRT – investiu em plena pandemia cerca de 15 milhões de euros numa nova unidade industrial, de forma a preparar-se, como sempre fez, para um futuro de crescimento, que garanta mais emprego e, consequentemente, mais riqueza para o País. É esta a nossa forma de responder aos desafios: investir continuamente na antecipação do futuro.”

 

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