Seis preconceitos que as mulheres (ainda) enfrentam no local de trabalho

A paridade de género nas empresas ainda está longe de ser uma realidade. Um estudo apresentado pela Michael Page destaca seis preconceitos que as mulheres continuam a enfrentar no local de trabalho.

As mulheres continuam a ser alvo de discriminação de género no local de trabalho.

Um novo estudo da Michael Page destaca a importância da promoção da diversidade de género nas empresas porque, como provam os seus resultados, ainda há muitos preconceitos.. Os dados revelam que as mulheres estão expostas à discriminação de género no local de trabalho três vezes mais frequentemente do que os homens, enquanto 18% dos profissionais masculinos afirmam não se preocupar com a igualdade de género. A falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional faz com que 25% das mulheres abandonem carreiras tecnológicas. O estudo Insights sobre Sustentabilidade mostra ainda que 23% das mulheres executivas sofrem discriminação de género, todos os anos, enquanto 31% das executivas C-level, referem ser discriminadas, pelo menos uma vez no ano.

A Michael Page destaca que há ainda preconceitos “abertos e ocultos, mais comuns” que as mulheres enfrentam no local de trabalho e aponta para a “necessidade de serem contornados”.

. Preconceito de simpatia.  Ao contrário dos homens, as mulheres costumam ser consideradas como mais ‘duras’ quando são assertivas. Estas críticas tendenciosas são subjetivas e vagas, e devem ser reformuladas e desafiadas.

. Preconceito de desempenho. O desempenho das mulheres é, muitas vezes, subestimado, enquanto o dos homens é sobrestimado. Por isso, as mulheres podem recusar oportunidades que lhes são favoráveis, pelo que se deve contrariar esta tendência e incentivar e apoiar o desenvolvimento das carreiras.

. Preconceito da maternidade. Pressupõe que as mulheres são menos orientadas para a carreira do que os homens, uma avalição  tendenciosa que não é baseada em evidências.

. Preconceito de atribuição. As mulheres recebem menos créditos e são mais culpabilizadas do que os homens pelas suas ações. Destacar as conquistas das mulheres e o seu contributo para o sucesso das equipas, assim como utilizar as redes sociais para apoiar o seu desempenho, é uma forma de reconhecimento.

. Preconceito de afinidade. Favorecer pessoas com as quais nos identificamos e excluir aquelas que são diferentes é um preconceito de proximidade. Desafiar esse preconceito, destacando que a palavra ‘diferente’ pode oferecer diversidade e uma nova perspetiva para a equipa, é uma abordagem positiva e inclusiva.

. Preconceito de intersecionalidade. As mulheres enfrentam diferentes tipos de discriminação baseados na raça, orientação sexual, deficiência e outros aspetos da sua identidade, que se sobrepõem à sua experiência. Afirmar que estas mulheres recebem “tratamento especial”, não é aceitável.

Sílvia Nunes, senior director na Michael Page, refere: “Devemos aprender a reconhecer e desafiar noções pré-concebidas e estereótipos em nós próprios e nos outros e continuar a aumentar a notoriedade sobre o problema da discriminação. Trabalhamos de forma contínua com as organizações para tornar a sua cultura mais inclusiva, diversa e equitativa e eliminar os preconceitos que impedem o seu desenvolvimento. O Dia Internacional da Mulher é uma data relevante para nos debruçarmos sobre os obstáculos que afetam as competências das mulheres e os apoios que precisam para as capacitar, para que possam acelerar as suas carreiras, desempenhar cargos de liderança e ter oportunidades mais justas. Mas, todos os dias são importantes para cultivar uma cultura que celebre a diversidade, valorize diversos estilos de liderança, inspire a inclusão e incentive a autoestima”.

Realizado entre maio e junho de 2022, o estudo Insights sobre Sustentabilidade da Michael Page inquiriu 4755 trabalhadores e candidatos a emprego em toda a Europa Continental.

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