Mulheres são 1% da oferta global de marítimos em navios

Um relatório da OIT apresentado no início deste mês, refere que a oferta global de marítimos disponíveis para serviços em navios que operam internacionalmente é de 1,6 milhões, representando as mulheres apenas 1% deste total.

Igualdade de género, segurança no local de trabalho e o incentivo à divulgação de informação sobre assédio foram alguns dos temas debatidos na reunião em que a DGRM esteve presente.

Na Reunião Setorial sobre o Recrutamento de Marítimos e a Promoção de Oportunidades para as Mulheres Marítimas, realizada na sede da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, no início deste mês, foi apresentado um relatório realizado pela OIT que refere que a oferta global de marítimos disponíveis para serviços em navios que operam internacionalmente é de 1,6 milhões de pessoas, representando os marítimos do sexo feminino apenas 1% deste total.

Esta reunião, na qual participou a DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, contou com a discussão de vários temas relacionados com o setor, e teve como objetivo potenciar o recrutamento de marítimos devidamente habilitados e assegurar a manutenção dos mais experientes e qualificados, nos quais se incluem as mulheres marítimas. Um dos aspetos debatidos a este propósito foi o da realização de testes de gravidez obrigatórios na fase de recrutamento que, de acordo com a OIT, não devem ser utilizados para discriminar as mulheres.

A reunião contou com a participação dos Representantes dos Estados com assento na OIT, assim como Representantes dos Marítimos e dos Armadores. Portugal fez parte, em representação da União Europeia, de um dos grupos de trabalho constituídos no decurso da reunião para preparação da documentação final. No final da reunião, o plenário aprovou várias recomendações relacionadas com a promoção da igualdade de oportunidades para as mulheres marítimas, o incentivo à divulgação de informação sobre assédio e bullying no local de trabalho, a promoção e a contratação de mulheres não só para serviço de mar, mas também em terra, assim como a avaliação da saúde dos marítimos, incluindo a saúde mental.

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