7 dicas para evitar o investimento emocional

É fácil deixar-se levar pelas emoções, especialmente, quando o mercado bolsista está em baixa, mas as consequências negativas na sua carteira de investimento podem ser grandes. Neste artigo, deixamos algumas estratégias para investir deixando os sentimentos de lado.

Pense bem antes de tomar decisões precipitadas que lhe podem sair muito caro.

Euforia, pânico, raiva, esperança, ansiedade e otimismo são apenas algumas das emoções que podem afetar as decisões de investimento, particularmente em períodos de descida do ciclo bolsista (os chamados bear markets), caracterizados por forte volatilidade e preços cada vez mais baixos.

As reações emocionais às flutuações de curto prazo do mercado podem dificultar o foco e o alcance dos objetivos financeiros de longo prazo, fazendo alguns investidores entrarem numa verdadeira montanha-russa em que se subestimam riscos e oportunidades.

Eis algumas estratégias para investir deixando os sentimentos de lado.

Não ceda ao medo nem à ganância

Geralmente, quando o mercado está a subir, há a tentação de querer ganhar sempre mais. Muitos investidores subestimam, desta forma, o risco de descida, bem como as consequentes perdas, e deixam de avaliar devidamente os movimentos do mercado.

Por outro lado, o medo gerado perante desvalorizações persistentes pode levar a outro erro: o de vender títulos ao desbarato e por um preço injusto face ao valor fundamental.

Adote uma atitude realista

O excesso de confiança conduz os investidores a valorizarem excessivamente a qualidade dos seus julgamentos ou informações. Esta atitude faz com que negociem com maior frequência, de modo a ajustarem as suas posições às condições do mercado. No entanto, os custos da negociação frequente podem corroer esses retornos. E os ganhos podem não ser suficientes para compensar a diferença.

Tenha uma resposta para enfrentar perdas

Um enviesamento emocional comum é a aversão à perda. Os investidores preferem evitar perdas do que colher recompensas, o que faz com que mantenham as suas posições em instrumentos financeiros por mais tempo quando estão a desvalorizar na esperança de que voltem a subir. É preferível assumir perdas frequentes mas pequenas a perdas esporádicas mas grandes que comprometam gravemente a recuperação da carteira.

É importante saber lidar com o mercado quando este está a descer. Por exemplo, impondo limites para as perdas e acionando stop losses para vender títulos quando atinjam um determinado preço.

Resista ao “efeito rebanho”

Embora possa parecer lógico ter a mesma atitude do que a maioria das pessoas, a verdade é que não é a atitude mais racional vender ativos quando eles estão em baixa e comprar quando estão em alta. É uma estratégia que pode implicar perda de ganhos significativos a longo prazo. Afinal, se o investidor vender quando o preço do título está baixo, já não conseguirá garantidamente recuperar o que perdeu.

Em vez de seguir o comportamento da maioria à medida que o mercado sobe ou desce, é mais sensato avaliar periodicamente o retorno da sua carteira de investimentos e reequilibrá-la. Pode também aproveitar para a reforçar, comprando títulos mais baratos.

Proteja-se através da diversificação

Não sendo expectável que todos os mercados se movam no mesmo sentido, procure repartir o seu investimento em ativos, setores ou geografias diferentes para reduzir a resposta emocional à volatilidade do mercado. A diversificação serve para se proteger, pois as perdas em alguns investimentos são compensadas por ganhos em outros. Como afirmou Harry Markowitz, laureado com o prémio Nobel da Economia em 1952, a diversificação é o único almoço grátis das finanças: um investidor com uma carteira diversificada recebe um benefício (menos risco) sem abdicar de retorno a longo prazo.

Esteja consciente do propósito do seu investimento

Quais são os seus objetivos com o investimento a longo prazo? Que risco está disposta a correr? Saber quais são as suas metas e estar ciente da sua tolerância ao risco ajuda a tomar decisões coerentes e equilibradas perante as imprevisíveis oscilações do mercado. E a evitar preocupações.

Procure o conselho de especialistas

Um consultor de investimento também pode ser um bom aliado para evitar decisões emocionais. Ao conhecer o seu grau de tolerância ao risco e os seus objetivos, este especialista fará uma análise imparcial do mercado e ajudá-la-á a compor uma carteira mais robusta para enfrentar condições adversas. Contar com uma nova perspetiva e com uma opinião especializada pode afastar as consequências de decisões precipitadas.

 

 

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