Se escolheu escrever no cabeçalho do seu perfil de LinkedIn “à procura de trabalho”, não foi uma boa ideia. Ao contrário do que pensa, isso não a vai favorecer aos olhos dos recrutadores que sondam esta rede social à procura de talentos disponíveis.
É a opinião partilhada na Forbes por Robert Hellman, coach para a área da carreira e presidente da consultora Hellman Career Consulting. “Alguns recrutadores muitas vezes dão, de forma algo injusta, preferência àquilo a que chamam candidatos ‘passivos’, ou seja, aqueles que não estão ativamente à procura de novo emprego. Esta preferência resulta, em parte, da psicologia em torno da ideia de se ‘fazer difícil’, e em parte devido ao preconceito contra aqueles que estão desempregados.” Hellman dá mesmo como exemplo um estudo da UCLA (University of California – Los Angeles) de dezembro de 2011, onde se conclui que existe, de facto, discriminação de candidatos que se encontrem desempregados.
E nem vale a pena contornar a situação com frases alternativas, como “disponível para novas oportunidades de trabalho” ou “à procura de novos desafios”. Todos sabem o que elas querem realmente dizer e, em certas culturas empresariais, são entendida como mensagens de desespero, diz Bruce Kasanoff, autor e influencer do LinkedIn. “Os empregadores não recrutam gente desesperada. Vão ficar a pensar por que parece tão desesperado e mesmo que pareça um candidato forte, vão achar que lhes está a escapar alguma coisa.”
AUMENTE AS HIPÓTESES DE CONTRATAÇÃO
Segundo estes profissionais, há formas de tornar o seu perfil mais atrativo aos olhos dos recrutadores, mesmo quando lhe parece que não tem nada de especial para dizer.
. Apresente-se no cabeçalho com a sua área de experiência a seguir ao nome. Por exemplo: ‘Ana C.: relações públicas para a área da hotelaria’ é muito mais apelativo do que Ana C.: presentemente à procura de emprego’. “Não destaque as suas fraquezas, destaque os seus pontos fortes. Lembre-se que é uma coleção de competências e experiência. Tem talentos únicos. Só lhe compete a si combiná-los numa ‘embalagem’ interessante e atrativa”, aconselha Bruce Kasanoff.
Use o LinkedIn para apostar no networking e assim promover a marcação de entrevistas e apresentações a pessoas de interesse. “Marcar entrevistas usando estes canais faz toda a diferença; é a forma como grande parte dos meus clientes conseguem emprego atualmente”, revela Robert Hellman.