A conferência anual do Fórum Económico Mundial, em Davos, discutiu os desafios do mundo atual, contando com a participação de Cláudia Azevedo como oradora no painel “Atracting Talent”. A CEO da Sonae alertou para as alterações no mercado laboral, decorrentes dos novos modelos de trabalho e das prioridades das várias gerações no pós-pandemia, que transformaram a atração e retenção de talento a nível global.
Na sessão, ficou evidente que, hoje, atrair e reter os melhores talentos é mais do que apenas oferecer uma remuneração competitiva e outras regalias semelhantes. As pessoas que procuram construir uma carreira numa empresa desejam um propósito, oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, líderes empáticos, além de valores alinhados com os seus.
Segundo Cláudia Azevedo, “existe uma forte diferença [de desempenho] quando uma pessoa está comprometida, ou não, com um trabalho” ou organização. Por exemplo, o facto de a Sonae ser uma long living company, que atua de acordo com os seus valores, é uma vantagem reconhecida e valorizada interna e externamente. “Os valores têm de existir e ser autênticos. É algo que as pessoas valorizam no nosso caso”, realçou a CEO da Sonae.
A vivência dos valores, além de reforçar a atratividade como empregador, também facilita a tomada de decisões no dia a dia. “Quando existiram os confinamentos [devido à Covid-19], foi muito fácil decidir que não íamos colocar ninguém em layoff. Os valores que nos guiaram nos últimos 50 anos vão continuar lá nos próximos 50”, realça a CEO da Sonae.
No painel “Atracting Talent”, Cláudia Azevedo esteve acompanhada de Martin J. Walsh, secretário de Estado do Trabalho dos Estados Unidos, de Hisayuki Idekoba, CEO da multinacional de recursos humanos Recruit Holdings, de Jo Ann Jenkins, CEO da associação norte-americana AARP, e, ainda, da moderadora Linda Gratton, professora na London Business School.
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