Clara Raposo: “É nas circunstâncias mais complexas que nos revelamos e fazemos a diferença”

“Nem sempre a discreta melhor aluna, que segue uma carreira académica, é vista como potencial executiva com funções de liderança. Talvez eu tenha quebrado essa barreira”, diz Clara Raposo, vice-governadora do Banco de Portugal. A gestora foi uma das vencedoras do Prémio Executivas do Ano 2023.

Clara Raposo é vice-governadora do Banco de Portugal.

Clara Raposo fez grande parte da sua carreira na investigação teórica e o ensino universitário e chegou à gestão prática há poucos anos. Mas a verdade, como refere, é que a área de Finanças “era a área do curso de Economia que mais se aproximava de uma componente de gestão”. Hoje é vice-governadora do Banco de Portugal e quando o governador do Banco de Portugal não está no Conselho do BCE é Clara Raposo quem representa o país.

Clara Raposo vê na atribuição do Prémio de Executiva do Ano pela Executiva sinal de que “nem sempre a discreta ‘melhor aluna’, que segue uma carreira académica, é vista como potencial executiva com funções de liderança. Talvez eu tenha quebrado essa barreira”. Considera-o como “um reconhecimento da versatilidade demonstrada em funções diferentes, uma valorização da espontaneidade e do empenho que costumo trazer ao meu trabalho em funções de gestão”.

Antes de chegar a vice-governadora do Banco de Portugal, Clara Raposo foi presidente do ISEG, entre 2018 e 2022, e chairwoman da Greenvolt, administradora não executiva da NOS, membro da direção do IPCG – Instituto Português de Corporate Governance e chegou a ser indigitada para a administração do Millennium BCP.

A executiva nasceu em 11 de Janeiro de 1971 em Lisboa e licenciou-se em Economia pela Nova School of Business & Economics (1992), fez o mestrado em Economia pelo Queen Mary & Westfield College (1994) e o doutoramento em Finanças pela London Business School (1998).  Foi professora associada no ISCTE e professora catedrática do ISEG. Clara Raposo é uma das Mulheres Mais Influentes de Portugal, segundo a Executiva, e uma das Mulheres Mais Poderosas nos Negócios, segundo a Forbes Portugal.

 

O início da carreira universitária

Por que é que escolheu Economia e a Nova SBE? Foi o único curso que sempre desejou? Foi uma influência familiar?

No secundário hesitei muito na escolha de área porque não achava que tivesse uma vocação marcada. Gostava talvez mais de letras como a língua portuguesa, a filosofia, o inglês, mas também era boa aluna a matemática e não gostava de ciências. Pensei em Direito, mas desisti da ideia. Portanto, Economia foi a escolha certa: uma ciência social, que tem uma componente quantitativa importante e que pressupõe acompanhar a realidade e a evolução das sociedades. Foi uma boa solução de compromisso.

A família também influenciou esta decisão. Disseram-me sempre para escolher o que bem entendesse, mas também deram opinião com base nas suas experiências pessoais e observação da vida à nossa volta. A minha mãe era professora de português e aconselhou-me a aproveitar o skill quantitativo, por causa de saídas profissionais futuras, mas essencialmente por achar que num curso de letras por vezes se procura tanto “quantificar” e “objetivar”, como algo científico, que me dececionaria. E o meu pai era economista e gestor, pelo que tinha uma ideia da natureza do trabalho e pareceu-me exequível.

A minha irmã estava em Economia e fui para a mesma faculdade. Ela tinha escolhido a Nova por ser uma faculdade na altura verdadeiramente a começar e porque um antigo colega do meu pai, que era professor nessa faculdade, ter aconselhado  nesse sentido.

Foi a melhor aluna do curso e foi convidada para assistente na Nova SBE. Já tinha escolhido a área de Finanças, de onde lhe vem esta vocação/paixão? Por que é que fez essa escolha da carreira universitária?

Não tenho paixão nem considero que tenha propriamente uma vocação para a área de Finanças. Simplesmente, ao logo do curso fui sempre tentando escolher as áreas que, à partida, me pareciam mais difíceis, com o objetivo de me desafiar e de ver até onde conseguia aprender. Para além de que o meu pai era um financeiro e também a minha irmã se inclinou mais para essa área.

Por outro lado, Finanças era a área do curso de Economia que mais se aproximava de uma componente de gestão. Havia uma utilidade prática mais imediata, caso optasse por uma profissão que não fosse exatamente de economista num departamento de estudos ou algo assim.

A carreira universitária não foi  resultado de uma escolha consciente. Foi simplesmente acontecendo. Como tive a melhor média do curso foi simples ficar na faculdade. Gostei muito da experiência de dar aulas de macroeconomia e estatística ao 1.º e ao 2.º ano.

Em 1993 tem a sua “melhor resolução” e vai estudar para Londres com uma bolsa, primeiro da FCT e depois da Gulbenkian. Por que é toma esta decisão? Quais eram os seus sonhos?

Foi uma boa ideia ir fazer o doutoramento para fora. Continuei a estudar por dois motivos. Primeiro, por não me sentir motivada por ir trabalhar para nenhuma empresa ou instituição em especial; não senti essa vocação e tinha até uma certa timidez e inibição em circular nesses meios. O segundo motivo foi ter uma boa média de curso e achar que não perdia nada em tentar estudar mais e ganhar tempo para pensar depois na vida profissional.

Fui para Londres sem qualquer vínculo a uma universidade em Portugal, apenas com bolsas da FCT e da Gulbenkian. Não tinha um sonho, mas sabia que precisava de ganhar tempo para decidir mais tarde. Investi numa opção, de certa forma. E estudar na London Business School acrescentou o valor dessa marca ao meu CV, para além de acrescentar valor ao meu capital humano profissional.

 

A vida em Londres

Em Londres fez o mestrado e o doutoramento. O que é recorda desses tempos e que recordações lhe deixaram? Como eram as escolas e o ensino?

Recordo que estudei muito e que, como muitas vezes acontece nos doutoramentos, tive momentos de crise e dúvida. Mas fui sempre persistindo. Foi um desafio grande para mim. Apreciei muito – quer na universidade quer na cidade – o anonimato, a sensação de viver num ambiente multicultural, verdadeiramente internacional e cosmopolita.

Na universidade senti-me sempre muito respeitada, que a minha opinião era tida em conta, que era ouvida. O ensino, ou melhor, a formação foi exigente. Tive também a particularidade de o meu orientador se mudar para Florença a meio do doutoramento e de o ir visitar regularmente, o que aumentou o charme da experiência.

Foram anos de muita introspeção, de muitos silêncios, de muito autoconhecimento. Isto não quer dizer que não tivesse amigos e uma vida social com alguma graça, mas foi, essencialmente, o período em que deixei de viver com os meus pais e me tornei independente. Aquilo que mais recordo hoje é a vida do dia a dia, andar nas ruas de Londres, entrar e sair das lojas, percorrer a Marylebone High Street e o Regent’s Park, as quatro estações num só dia…

Mais tarde, em 1998, inicia a docência na Universidade de Oxford. O que é que lecionava e como era a sua relação com os alunos? e as condições para fazer investigação?

Quando acabei o doutoramento, Oxford foi o meu primeiro emprego. Tudo único, naquela universidade! Foi como ser personagem de um filme. Os contratos na Universidade de Oxford implicam duas funções. Era professora de Finanças na recém-criada Said Business School, onde lecionei no MBA e onde tinha os colegas das outras áreas de Gestão e de Finanças. E era, simultaneamente, Tutorial Fellow de Gestão num college, o St. Edmund Hall, carinhosamente conhecido como Teddy Hall.

Nos colleges reúnem-se colegas de todas as áreas científicas, um de cada. É um ambiente multidisciplinar único. Era aqui que tinha a minha vida “Harry Potter dos crescidos”, com os almoços na Senior Common Room com os meus fellows médicos, filósofoso (etc)  e os jantares na High Table.

No college era tutora dos alunos de Economics & Management, que era um curso novo em Oxford. Não lhes dava aulas, mas sim sessões privadas de tutoria. Tinham aulas de anfiteatro (poucas) para todos os alunos da universidade e, semanalmente, reuniam-se comigo para acompanhar os seus progressos. Deixavam-me os seus “essays” no meu cacifo na receção do college e eu dava-lhes feedback e fazia planos de trabalho individuais ou em pequenos grupos.

Eram apenas uma meia dúzia que eu acompanhava no college e, curiosamente todos rapazes. Dei muito apoio psicológico também a alguns daqueles alunos, precisavam de alguém que os ouvisse e ajudasse a enfrentar as dificuldades da vida adulta fora de casa. Ainda hoje mantenho contacto com alguns destes ex-alunos. É muito gratificante.

O contrato que me ofereceram em Oxford, que nem sequer negociei muito, era generoso por comparação com o padrão da universidade. Tinha poucas horas de aulas propriamente ditas, mas os tutoriais eram numa cadeira com um bocadinho de tudo o que há na Gestão, o que implicou estudar muito! Era um contrato privilegiado. Dava tempo para investigar e o meu trabalho de investigação nessa altura era puramente teórico, só escrita e matemática, pelo que me bastava papel, uma caneta, um computador e excelente acesso a biblioteca. Para além de um bom orçamento para viagens de trabalho e a interação com colegas com imensa qualidade académica, com quem ainda hoje mantenho contacto regular.

 

O regresso a Portugal

Em 2000 deixou Londres e Oxford. O que é que a levou a tomar essa decisão? O que é que ficou deste período em Londres ?

Decidi voltar a Portugal no fim do ano 2000 porque senti saudades de casa. A um ponto em que não dava mais para continuar a viver aquele sonho de Oxford. Era como se tivesse acordado e concluído eu estava a viver a vida de outra pessoa. Queria viver em Portugal, custasse o que custasse. O meu país. Queria casar-me e ter filhos portugueses e viver perto dos meus pais e da minha irmã. Vim e fiquei.

Foi um corte salarial significativo; mas tinha um emprego e um salário que me manteria à tona. Tratei de procurar casa em Lisboa nesse verão, obtive um empréstimo bancário e mudei-me. Fiz o que o meu coração determinou. De Londres ficou o amadurecimento, o CV com pedigree para a vida, amigos que ainda hoje são um referencial para quase tudo (mesmo quando quase não os vejo). E, de certa forma, creio que me tornei mais autoconfiante.

Como foi a sua entrada no ISCTE? Tinha outras opções? Esteve dez anos nesta escola. Que balanço faz desta sua passagem em termos docente e de investigação?

Quando regressei a Portugal, a decisão foi tomada de impulso, no dia em que senti que queria voltar. Nessa altura não procurei mais. Quando ainda estava nos primeiros anos do doutoramento, deu-se a coincidência de um assistente do ISCTE ir a uma sessão de apresentação do programa de doutoramento da London Business School e de eu ser a estudante escolhida para apresentar o programa; no final conversámos e no verão seguinte visitei o ISCTE e passei a colaborar com eles com umas aulas que dava nas férias, no lançamento das pós-graduações e do mestrado em finanças.

Quando quis vir para Portugal, sabia que me queriam receber. Estive dez anos muito bem no ISCTE, na área de Finanças, num período em que a escola fez muitas coisas novas: a licenciatura em Finanças e Contabilidade, o mestrado em Finanças, as pós-graduações, o mestrado em matemática financeira, os primeiros seminários internacionais, o investimento nas bases de dados, muita coisa. O meu balanço é muito positivo. Também acho, modéstia à parte, que contribuí com valor acrescentado.

Em termos de investigação, nunca fui produtora em massa, mas consegui sempre ir tendo algum projeto a andar com alguma ambição. Estes foram também os anos em que me casei e fui mãe por duas vezes, o que implicou dedicar tempo para cuidar das minhas filhas.

Mesmo assim, algumas coisas que fiz tiveram muito reconhecimento. Acho que foi um marco no ISCTE, pelo menos na nossa área, quando publiquei, no final de 2005, um artigo no Journal of Finance, a revista científica de topo mundial. Essa barreira quebrada inspirou-nos a todos muito. E foi a minha arma diferenciadora para conseguir ser promovida a professora associada.

 

O percurso no ISEG 

A sua carreira passou pelo ISEG a partir de 2010. Por que é fez essa mudança?

A mudança para o ISEG foi feita por seis motivos. No ISCTE viviam-se tempos que levaram a mudanças de governance e à saída de diversos professores e à alteração do ambiente de trabalho. Por outro lado, o ISEG abriu um concurso  para professor catedrático e isso significaria uma promoção e atingir o topo da carreira ainda antes dos 40. Claro que a minha expectativa de sucesso era baixa, porque não conhecia bem o ISEG e pensei que a vaga estivesse destinada a alguém. Mas enganei-me e fui surpreendida com essa notícia no início de 2010!

O terceiro motivo que me fez mudar foi a proximidade do ISEG de minha casa e da escola das minhas filhas. Achei que poderia ter uma vida mais calma e equilibrada quase sem andar no trânsito. Outro motivo acaba por ser os meus pais. Económicas é a escola onde o meu pai se formou e foi assistente durante dez anos; havia esse referencial. E a minha mãe, lembrava-me de a ouvir contar que quando era miúda, o seu sonho era vir a ter um/a filho/a que fosse professor/a catedrático/a. E porque não fazer-lhe a vontade?!

A ida para o ISEG tem também a ver com o facto de ser uma escola com mais história, menos formatada e com mais diversidade, uma escola plural, que me recordava a interdisciplinaridade de Oxford. Gosto dessa liberdade. Hoje é muito moderno e aspiracional, para grandes escolas internacionais, procurar ter as caraterísticas do ISEG. Finalmente, mudei porque gosto de mudar, de ter um novo desafio.

Foi no ISEG que ganhou mais protagonismo académico e mediático. Que balanço faz da sua passagem por esta escola?

Protagonismo académico, dentro das instituições onde estive, sinto que tive sempre. No ISEG a diferença prendeu-se com o facto de entrar no topo da carreira, vinda de fora e de ter de me afirmar perante um corpo docente que não me conhecia. E o mesmo junto dos estudantes. Quem me viu chegar no verão de 2010, seguramente não apostaria de que viria a ser presidente anos depois.

O protagonismo mediático, que não é assim tanto, veio mais tarde com a eleição para presidente do ISEG. Ser a primeira mulher a candidatar-se e ser eleita por professores, estudantes e funcionários não docentes, ter vindo de outras faculdades, e com um programa ambicioso para a escola, foi notado. A ligação à sociedade fora de portas da escola passou a ser mais visível, as acreditações e rankings internacionais também. Espero ter conseguido divulgar bem a qualidade dos nossos estudantes e da sua formação exigente, e a forma muito humana como olhamos para eles. Até nas nossas festas e celebrações tentei que funcionassem como catalisadores da modernização da imagem do ISEG e da confiança dos nossos estudantes. O meu balanço da minha vida no ISEG é muito positivo, de evolução. É uma segunda casa.

 

No topo do Banco de Portugal

É vice-governadora do Banco de Portugal desde 1 de Dezembro de 2022. Pouco antes tinha sido anunciada que integraria como administradora independente o Millennium bcp. Como é surgiu e como é que recebeu este convite para o Banco de Portugal?

No momento em que surgiu, o convite para o Banco de Portugal foi totalmente inesperado. Foi uma decisão muito difícil. Troquei muita coisa que estava prestes a assumir por este desafio tão diferente.

Hesitei muito. Mas houve um momento de impulso em que respondi OK. Talvez por ser uma função executiva diferente, nova, que para mim constitui um enorme desafio, que me pareceu difícil. Na altura também achei que seria uma vida mais sossegada – mas enganei-me!

Há um aspeto a valorizar: é serviço de interesse público. Em particular, num momento complicado, em que a inflação estava a subir, os bancos centrais a alterarem políticas, o contexto geopolítico em ebulição. Conheço as minhas limitações, mas considero-me uma pessoa responsável e independente. Sei que o cargo assim o exige. E aqui estou!

Que balanço faz deste seu desempenho? Quais têm sido os principais desafios e por que é que 2022 foi o ano mais difícil da sua vida? O que é que mudou no seu olhar sobre o sistema financeiro português?

Estes quase doze meses no Banco de Portugal têm sido tudo menos rotineiros. Diria que é um ano de mudança, adaptação e aprendizagem. Estranhei o ambiente ao início, mas o ambiente, entretanto, deve ter mudado, porque já não noto nada disso. Tenho muitos antigos alunas e alunoss no Banco e isso fez-me sentir bem recebida. Para além de pessoas com quem me fui cruzando profissionalmente ao longo da vida e com quem agora trabalho.

O Banco é uma instituição muito importante. Tem pessoas qualificadas ao máximo e muito ocupadas. Fora, não se imagina o trabalho que ali está. Nas minhas áreas temos feito um bom trabalho – opinião talvez enviesada, mas creio que não. Temos repensado muitas atividades e todos nos desafiamos. Sei que há mudanças a fazer para a frente. Mas isso é uma coisa boa. O Banco tem uma população muito jovem que tem de evoluir e ser valorizada – o potencial é enorme.

Tenho sempre muitas viagens e não consigo estar presente a toda a hora, o que é uma limitação para a gestão interna. Além disso, com os “meus” departamentos espalhados por edifícios diferentes. Mas é nestas circunstâncias mais complexas que nós nos revelamos e fazemos a diferença.

Creio que tinha uma boa visão global sobre o sistema financeiro português ainda antes de me juntar ao Banco de Portugal, enquanto professora de finanças, presidente do ISEG e economista atenta. Agora, claro, sei mais detalhes e acompanho componentes regulatórias com outra atenção. Estamos sempre “em cima”.

 

Uma mulher num mundo de homens

Durante a sua vida e, sobretudo, a sua carreira, sentiu que o facto de ser mulher lhe dava as mesmas oportunidades profissionais e nas mesmas condições?

Quase sempre senti igualdade no tratamento. Como estudante não me recordo de sentir discriminação. Na vida profissional, por vezes senti-me uma “extraterrestre” em certos ambientes em que ninguém parecia saber “o que fazer comigo”. Ainda hoje me sinto uma espécie de intrusa em muitas situações. Tento quebrar o gelo e tomo muitas vezes a iniciativa de dar o primeiro passo, de me apresentar, de apelar ao meu sentido de humor e desbloquear o acanhamento dos outros. Também já senti alguma hostilidade disfarçada aqui e ali. O meu trabalho de muitas horas e a imaginação acabam por ser meus aliados e tento acrescentar valor ao que os outros trazem para cima da mesa.

Qual é a relevância que este tipo de prémios pode ter para a carreira e o empoderamento das mulheres?

Quando olhamos para as qualificações de homens e mulheres e comparamos com a evolução das carreiras de uns e de outras, concluímos que há uma assimetria importante.

Muitas vezes em situações de recrutamento para funções diretivas, quando se pede uma lista de colegas que poderiam ocupar os cargos, quase todos nos lembramos de “n” homens e de muito poucas mulheres. Porque não associamos essas funções a mulheres, não temos esse histórico.

Portanto, há um caminho a fazer para que mulheres e homens sejam tratados, de facto, de forma igual em funções que ambos os sexos podem desempenhar. Enquanto houver caminho a fazer, prémios como este ajudam a demonstrar que há mulheres que desempenham, com igual desembaraço e sucesso, funções que eram anteriormente “masculinizadas”. Elimina-se um estereótipo sem sentido, e mais mulheres pensam “porque não eu também?” e mais homens e mulheres dizem “claro!”.

 

 

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