A relação de Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg esfriou?

A não perder na Executiva

Susana Coerver é diretora de marketing da Meal Solutions Jerónimo Martins.

Oops, she did it again! Susana Coerver deixou a Fuel, trocando novamente a publicidade pelo retalho. Desta vez, o desafio não é no retalho de moda, como foi a Parfois, mas no retalho alimentar, com a Meal Solutions Jerónimo Martins. A ler na sua Executiva.

 

A ler na Web

Desamigados?

A dream team do Facebook, do CEO Mark Zuckerberg e da COO Sheryl Sandberg, já não é tão de sonho como outrora. A executiva há muito que é considerada como o fiel da balança de Mark Zuckerberg — das poucas pessoas  capazes de influenciar as decisões do fundador e CEO do Facebook. A empresa que construíram é extremamente bem-sucedida. Mas, de acordo com o The New York Times e o livro sobre o Facebook que em breve será publicado, An Ugly Truth: Inside Facebook’s Battle for Domination,de Sheera Frenkel e Cecilia Kang, jornalistas que cobrem a área de tecnologia do jornal nova-iorquino, a parceria entre os dois não sobreviveu à era do ex-presidente norte-americano Donald Trump e a relação entre ambos já teve melhores dias. O poder da n.º 2 está a diminuir. “A visão de dentro dos escalões superiores da empresa era clara: parecia que o Facebook já não era liderado por um número 1 e número 2, mas por um número 1 e muitas outras pessoas”, relata o NYT.
A origem desta cisão foi a Administração Trump. O NYT diz que a habilidade política de Sheryl Sandberg foi uma das qualidades que a tornaram tão vital para o Facebook. Mas quando a presidência de Trump alterou as normas não escritas dos meandros políticos de Washington, ela mostrou-se menos competente a navegar nessas novas águas — desde o primeiro momento que ela não escondeu que não gostava do novo presidente – e Mark Zuckerberg terá assumido ele próprio esse papel. A executiva discordou de algumas políticas seguidas pelo seu chefe, nomeadamente não enfrentar ou ignorar a desinformação disseminada na plataforma, e optou por concentrar todas as suas atenções no negócio da publicidade.
O Facebook refuta que a relação entre os dois líderes tenha mudado e que o papel de Sheryl tenha diminuído. A verdade, conta o jornal, é que  parece que estamos a assistir a um declínio na influência das mulheres na empresa, que é uma das organizações mais poderosas do mundo. A saída de Fidji Simo, responsável pela estratégia da App do Facebook,  para CEO da Instacart é contada neste artigo da CNN.

 

Thrive de boa saúde

Arianna Huffington, co-fundadora do Huffington Post e ex-membro do conselho da Uber Technologies Inc., lançou a Thrive, uma empresa de consultoria de bem-estar para colaboradores, em 2016. Hoje, a empresa presta serviços a mais de 100 organizações em 40 países — incluindo a gigante do retalho Walmart e a consultora Accenture — ajudando os funcionários a desenvolver hábitos de bem-estar. A pandemia da Covid-19, e o consequente teletrabalho, acelerou a necessidade de os colaboradores encontrarem um novo equilíbrio. Passando mais tempo a trabalhar em casa, os clientes da Thrive têm acesso a uma App, que podem usar para se motivar a fazer pausas, alongamentos e combater a fadiga. Depois de um ano em que os empregadores ficaram preocupados com o burnout, a empresa prosperou, como afirmou à agência Bloomberg. A Thrive Global, sediada em Nova York, arrecadou 80 milhões de dólares adicionais numa ronda de financiamento, o que situa a sua avaliação em mais de 700 milhões de dólares.

 

Burns na Teneo

Ursula Burns, ex-Ceo da Xerox, é a nova presidente da consultora global Teneo, empresa de que era consultora sénior desde 2017 (e anteriormente sua cliente). Enquanto presidente do Conselho de Administração, trabalhando em estreita ligação com Paul Keary, co-fundador da empresa recém nomeado CEO, a executiva afirmou que a sua missão será a de aconselhar e aumentar a base de clientes da Teneo, bem como continuar a construir “uma cultura de empresa de classe mundial”. Burns foi presidente do Conselho de Administração da Xerox e CEO de 2009 a 2016, a primeira mulher afro-americana a atuar como líder de uma empresa da lista das 500 maiores da Fortune e tem defendido a contratação de mais executivos negros.

A nomeação ocorreu uma semana depois de o co-fundador da empresa, Declan Kelly, ter renunciado ao cargo de presidente e CEO, por aquilo que classificou como um “erro inadvertido, público e embaraçoso” numa festa, onde segundo o The Wall Street Journal  “se comportou de maneira inadequada” e “tocou em mulheres sem seu consentimento”.

 

Maria Leptin lidera o European Research Council

A geneticista de desenvolvimento alemã Maria Leptin vai liderar o ERC- European Research Council, o principal financiador de investigação e desenvolvimento  da Europa, anunciou a Comissão Europeia. Assumirá as rédeas da instituição em outubro e os cientistas esperam que este novo mandato traga estabilidade ao ERC. Vai suceder à controversa e breve gestão do antecessor Mauro Ferarri, que renunciou em abril do ano passado após apenas três meses na função, no meio de acusações da direcção da ERC de ter negligenciado responsabilidades importantes e ter dedicado demasiado tempo aos seus próprios projetos. Mauro Ferrari explicou que renunciou porque a ERC rejeitou a sua proposta de um programa especial para combater a pandemia COVID-19. A cientista afirma que uma das suas prioridades será persuadir a Comissão a aumentar o investimento na próxima ronda de financiamento e lançar campanhas de divulgação de base para transmitir o valor da pesquisa fundamental (não aplicada) na busca do conhecimento. Pretende deixar os seus laboratórios em Colónia, na Alemanha. “O meu trabalho será ser presidente do ERC e nada mais”, afirma. “Mas vou sentir muita falta de fazer investigação — essa é a única coisa dolorosa.” Este ano, a ERC distribuirá 1,9 mil  milhões de euros, mas Jean-Pierre Bourguignon afirma que esse montante não será suficiente para aumentar as baixas taxas de sucesso dos vários programas.

 

Diretora geral da Microsoft graças ao LinkedIn

Tânia Cosentino, tornou-se presidente da Microsoft no Brasil  graças a uma mensagem no LinkedIn. “Não foi uma coisa que aconteceu do dia para noite. Um dia fui contatada pela Microsoft pelo LinkedIn. E eu achei curioso. O que estão perguntando aqui? Mandando um ‘oi’ pelo LinkedIn para falar comigo? É assim que a Microsoft agora contrata executivos?”, conta a CEO no podcast“Como Cheguei Aqui”, da Exame Brasil.
A executiva partilha grandes lições para inspirar a sua carreira: 

  1. “A tecnologia hoje está inserida em todas as profissões. Todas as áreas de negócio e todas as empresas são de tecnologia. É importante que todas as profissões incorporem conhecimentos de tecnologia. O analfabeto do futuro é o analfabeto digital”.
  2. “Quando eu era jovenzinha, achava que bastava fazer a faculdade, e quando muito um MBA, e estava concluído e agora era só trabalhar. E fui percebendo que, com o avanço da tecnologia, eu tinha que me reinventar todos os dias. Sempre tive muita curiosidade e vontade de aprender, e acho que são duas competências extremamente necessárias em qualquer profissional”.
  3. “Precisamos reconhecer os nossos pontos fortes e as nossas áreas de desenvolvimento. Alguns dos meus pontos fortes são capacidade de adaptação, resiliência e foco nas pessoas. E, neste momento, são três competências altamente necessárias”.

 

Mais 40 mil milhões de euros para promover a igualdade de género

Na última semana de junho realizou-se em Paris o Generation Equality Forum, a continuação do encontro ocorrido em março deste ano no México. Meio século depois de Hillary Clinton ter dito na Conferência Mundial das Mulheres, em Pequim, que “os direitos das mulheres são direitos humanos” continuamos muito longe da igualdade. Segundo dados do ” Global Gender Gap Report” do Forum de Davos, devido à Covid-19  o atraso na igualdade de género agravou-se em uma geração. O “vírus antisocial e antifeminista”, como o definiu Emmanuel Macron, fez com que hoje sejam necessários mais quase 136 anos para atingir este objetivo, quando em 2019 a previsão era de “apenas” 99,5 anos. A diretora executiva da ONU-Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, frisou que as mulheres continuam a ser uma pequena quota em todos os organismos de decisão do planeta e reclamou que “uma quota não é suficiente, não é igualdade. Igualdade é a metade”.
Deste Fórum saiu o Plano de Aceleração Global para a Igualdade de Género, para o qual Estados e organizações internacionais se comprometeram a aplicar 40 mil milhões de euros para promover a igualdade entre mulheres e homens. “Houve um antes e um depois da Conferência de Pequim e haverá um antes e um depois deste fórum, porque não há outra alternativa”, prometeu o presidente francês.

 

A mãe por detrás de uma estrela do futebol

Não estamos a referir-nos a Dolores Aveiro, a mãe de Cristiano Ronaldo, mas sim à mãe de Jorginho, jogador do Chelsea e da seleção italiana que se sagrou campeã europeia no último domingo. A senhora, que foi jogadora amadora no Brasil, é que incutiu no filho o gosto e a técnica pelo futebol.Segundo contou o jogador ao El Pais, quando era pequeno treinavam juntos no jardim, na praia e até num quarto vazio, para não partir nada. E a mãe estava sempre a corrigi-lo quando cometia erros. Foi assim até que aos 13 anos saiu de casa para começar a voar sozinho. Como tantos outros jogadores, não lhe foi fácil chegar onde está hoje — aos 17 anos só não desistiu porque os pais conseguiram demovê-lo —, mas de certeza que no último domingo à noite, Jorginho, que vale hoje 40 milhões de euros, recordou-se destes primeiros anos determinantes para a sua carreira quando a seleção italiana levantou a taça em Wembley. E, provavelmente, recebeu um telefonema da mãe a corrigir o penalti que falhou.

 

Mulheres da Semana

As mulheres que viajaram com Richard Branson. Beth Moses e Sirisha Bandla são as primeiras mulheres a fazer um voo comercial ao espaço. São ambas colaboradoras da Virgin Galactic mas com funções diferentes. Beth Moses é a responsável pela formação de astronautas, depois de ter trabalhado na NASA. Formou-se em Engenharia Aeronáutica e Astronáutica, na Universidade de Purdue, instituição que se orgulha de ter formado o primeiro e o último homem que pisaram a Lua, Neil Amstrong e Eugene Cernan, e as duas primeiras mulheres a fazer um voo comercial ao espaço — Beth e Sirisha estudaram ambas em Purdue. Beth era a única pessoa da tripulação que já tinha visto a Terra de cima, pois fizera uma viagem de teste em 2019.

Sirisha Bandla é vice-presidente para os Assuntos Governamentais e Operações de Pesquisa da Virgin Galactic e desde pequena que tem um interesse especial pelas estrelas e pelo espaço, disse o seu avô à Reuters. Na India, país onde nasceu e viveu até que aos 5 anos se mudou para Houston, nos Estados Unidos, onde a proximidade com o Centro Espacial da NASA só fez aumentar a sua paixão, o seu feito foi felicitado. O vice-presidente indiano escreveu no Twitter que “a sua conquista vai motivar muitas mais meninas na Índia e no exterior a seguir carreiras desafiantes” e o bilionário indiano Anand Mahindra foi mais eloquente: “as mulheres indianas não estão apenas a quebrar tetos de vidro — elas estão, literalmente, a desmantelar TODOS os tetos do planeta e a disparar para o espaço”. As palavras são bonitas, mas ainda é mais fácil conquistar o espaço do que a igualdade de género, especialmente em países como a Índia.

 

Work hard, play hard!

LIVRO

Viagem à volta do mundo, em busca de uma vida boa

Agora que as férias estão à porta é a altura ideal para pôr a leitura em dia. E se não podemos viajar tanto quanto gostaríamos, a nossa sugestão é um livro inspirador lançado no ano passado pela Lonely Planet, que nos leva numa viagem à volta do mundo, em busca de uma vida boa. Cada canto do planeta tem a sua identidade e lições de sabedoria popular que o tornam único. Este Guide to life — Wisdom from the world culture’s é um atlas dos conhecimentos ancestrais de 86 países dignos de serem conhecido por toda a humanidade. Alguns exemplos: siesta espanhola, pura vida da Costa Rica, pachamama (a conexão com a Mãe Terra) do Peru, uitwaaien (caminhar com o vento, da Holanda), shinrin-yoku (banho de floresta do Japão), praia brasileira, sauna finlandesa, paixão dos romanos pelas abelhas, dugnad(trabalho comunitário voluntário dos noruegueses), zajal (poesia tradicional semi improvisada do Líbano), ou zwa (alegria de viver das Seychelles). Compre aqui.

 

EXPOSIÇÃO

Artistas Portuguesas de 1900 a 2020

Duas centenas de obras de 40 artistas portuguesas produzidas entre o início do século XX e os nossos dias reunidas numa grande exposição na Fundação Calouste Gulbenkian. A exposição integrou o Programa Cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, mas que pode ser vista até 23 de agosto.

Muitas mulheres de referência da Arte em Portugal estão representadas nesta mostra com pintura, escultura, desenho, objeto, livro, instalação, filme e vídeo. Uma oportunidade para rever as obras de Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Paula Rego, Ana Vieira, Salette Tavares, Helena Almeida, Joana Vasconcelos, Maria José Oliveira, Fernanda Fragateiro, Sónia Almeida e Grada Kilomba, entre outras. Saiba mais aqui.

Publicado a 19 Julho 2021

Partilhar Artigo

Parceiros Premium
Parceiros