Mary Barra, CEO da GM, entra no clube do bolinha

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“Women driving change” é o tema da 6.ª Grande Conferência Liderança Feminina, o grande evento anual da comunidade executiva. Não perca! A lotação do Auditório Cardeal Medeiros, da Universidade Católica Portuguesa, já está esgotada, mas pode assistir online. Pode ver o programa aqui e comprar o seu bilhete aqui.

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Mary Barra entra no clube do bolinha

A CEO da GM foi eleita presidente do Business Roundtable, o exclusivo e influente grupo de executivos das maiores empresas dos Estados Unidos. Mary Barra, que vai suceder a Doug McMillon, da Wallmart, é uma líder carismática, muito envolvida na promoção da educação em STEM (acrónimo em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) para meninas e na ascensão de mais mulheres a cargos de liderança — tem um programa interno para ajudar as mulheres mais jovens a conectarem-se com executivas em posições seniores. Mas não é uma “mãezinha”, de tal forma que quando as empresas começaram a ter de decidir se os funcionários voltavam ao escritório ou continuavam a trabalhar em casa, com o abrandamento da pandemia, a mensagem da CEO da GM para os seus colaboradores foi: “Trabalhem apropriadamente”, mostrando que confia que eles são capazes de tomar decisões inteligentes para atingir os objetivos da empresa.

 

Encontrou o marido no Tinder e agora é a CEO

Quando conheceu o marido no Tinder Renate Nyborg já tinha um percurso sólido em empresas tecnológicas, mas talvez estivesse longe de pensar que mais tarde se tornaria CEO da empresa. É o que acaba de acontecer. Renate chegou ao Tinder em 2020 como responsável pelos mercados da Europa, Médio Oriente e África e, desde esta semana, é a sua CEO. Antes de aqui chegar passou pela app de meditação Headspace — onde desenvolveu o primeiro produto internacional —, e já tinha trabalhado durante quatro anos na Apple, onde liderou o negócio de assinaturas da App Store na Europa. A sua carreira tem sido toda feita em empresas de tecnologia e foi mesmo fundadora de um estúdio de design e desenvolvimento de apps, o Pleo.

 

Europa com mais mulheres nos boards do que Estados Unidos

Um estudo da Bloomberg mostra que as mulheres ocupam quase 37% dos assentos nos Conselhos de Administração das empresas da Stoxx Europe 600. Nos EUA, apenas 30% dos cargos das empresas do índice S&P 500 são desempenhados por mulheres. A Europa fez mais progressos ao trazer mais mulheres para os Conselhos de Administração do que os EUA, com as quotas a desempenhar um papel importante. De acordo com o Instituto Europeu para a Igualdade de Género, os países que impõem quotas tendem a ser melhores no empoderamento das mulheres. E apesar dos esforços da União Europeia para aprovar uma diretiva para toda a região terem saído frustrados até agora, alguns dos maiores estados-membros — incluindo França, Alemanha e Itália — impõem quotas para os seus Conselhos de Administração.
No entanto, os avanços continuam a ser lentos. O número de administradoras na Europa permaneceu inalterado: em média, quatro mulheres para Conselhos de 11 membros. E as mulheres ainda estão muito atrás dos homens no que diz respeito à remuneração, com o último relatório do Eurostat a evidenciar que elas ganharam 14,1% menos em 2019. Na Alemanha e na França, a diferença foi ainda maior do que a média da UE, sendo de 10,6% em Portugal.

 

Abriu em Chicago o primeiro banco de e para mulheres

Chama-se, claro está, First Women’s Bank e abriu as portas em Chicago, mas tem pretensões de servir todos os Estados Unidos. O First Women’s Bank é o único banco comercial fundado por mulheres, detido por mulheres e dirigido por mulheres com um foco estratégico na economia feminina. Os clientes serão empreendedoras, inovadoras e líderes — mães, filhas e cuidadoras.
Parece ser uma boa aposta, pois, como se lê no website do banco, “os negócios pertencentes a mulheres estão a crescer duas vezes mais rapidamente do que a média nacional, mas recebem apenas 16% de todos os empréstimos comerciais convencionais”. Os financiadores do novo banco incluem a antiga campeã de ténis Billie Jean King e o Bank of America. “Os proprietários de pequenas empresas sustentam as suas famílias, funcionários e comunidades — formamos o First Women’s Bank para os apoiar”, afirmou Marianne Markowitz, presidente e CEO, em comunicado.

 

Sessão inaugural da AG da ONU com poucas mulheres

A abertura da Assembleia Geral (AG) das Nações Unidas, no dia 21 de setembro, em Nova Iorque, teve a participação de mais de 30 líderes mundiais. Mas apenas um dos discursos foi feito por uma mulher: a presidente da Eslováquia, Zuzana Caputova, foi a única voz feminina no hemiciclo, com uma intervenção pré-gravada e transmitida após os discursos presenciais de sete homens, incluindo os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e do Brasil, Jair Bolsonaro. “Não podemos salvar o nosso planeta, se deixarmos de fora os vulneráveis ​​— as mulheres, as meninas, as minorias”, afirmou.

No seu discurso, António Guterres, secretário-geral da ONU, destacou a desigualdade de género como uma das seis grandes “lacunas” que o mundo precisa de colmatar o mais rapidamente possível. Mas a paridade de género no mais proeminente fórum de líderes do mundo ainda parece estar longe de ser vista. Apenas cinco mulheres falaram nos primeiros três dias da AG.
Na composição deste órgão das Nações Unidas, as líderes femininas representam uma presença pequena, apesar de crescente. Existem mais três mulheres chefes de estado ou chefes de governo — 24 — do que em 2020.

 

Aufwiedersehen, frau Merkel

Estivemos com as atenções viradas para as eleições autárquicas em Portugal, e com um olho nas eleições na Alemanha que marcam o adeus a Angela Merkel, uma líder política ímpar. Foi durante mais de uma década a líder mundial feminina mais visível e poderosa do planeta. Nos seus 16 anos enquanto chanceler da Alemanha, enfrentou uma série de crises, desde económicas até pandémicas. “As suas capacidades conciliadoras serviram bem o seu país e a Europa”, como escreveu o The Economist que analisa como será a Alemanha pós-Merkel.

Ns últimas semanas antes das eleições, a imprensa mundial foi unânime ao reconhecer a sua influência e dedicou muitas páginas a fazer o balanço do seu governo e o legado que deixa ao país e à Europa. A Fortune, por exemplo, concluiu que fez pouco pelas mulheres que pretendem ter uma carreira. O The Guardian fez uma matéria em que avalia a sua actuação durante a crise dos refugiados. Leia ainda a interessante reportagem da Sunday Times Magazine (na foto).

 

Work hard, play hard!

FILME

James Bond e os Broccoli

Na semana em que estreou o mais recente James Bond, ficamos a saber que quem decide verdadeiramente as próximas missões do famoso agente secreto britânico são dois irmãos, Barbara Brocolli e Michael G. Wilson. Mesmo depois da compra da MGM pela Amazon, os irmãos Brocolli continuam a ter uma palavra a dizer sobre os realizadores e atores que ficarão na história da saga, tal como fazem há seis décadas. Eles detêm metade dos direitos da saga. Conheça a sua história no El País e depois não perca a atuação de Daniel Craig em No Time To Die. Veja o trailer aqui.

 

LIVRO

Tradicional e saudável

Cozinhando o saber científico na área da nutrição com as melhores técnicas de confecção de alimentos, este livro recria as principais receitas tradicionais portuguesas, conferindo-lhes maior valor nutritivo, sem perderem o sabor. O objetivo do nutricionista João Rodrigues e dos Chefes Rui Paula e Catarina Correia em Tradicional e Saudável — Receitas com todo o sabor e mais saúde foi dar um cunho mais atual a pratos que fazem parte da vida dos portugueses, para que possamos continuar a deliciar-nos com a nossa melhor gastronomia (não faltam os enchidos e as sobremesas), mas com menos culpa. Compre aqui.

 

 

Publicado a 03 Outubro 2021

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