Andreia Martins apresenta a Codepoint

A empresa de desenvolvimento de software nasceu durante a pandemia, mas conquistou clientes. Com uma equipa de 10 pessoas, aposta na internacionalização. A empreendedora Andreia Martins explica como aqui chegou e o que sonha para o futuro da Codepoint.

Andreia Martins é fundadora e CEO da Codepoint.

Andreia Martins licenciou-se em Comunicação Social com especialização em Comunicação Empresarial, em 2009, no Instituto Politécnico de Setúbal, formação a que somou duas pós-graduações na Universidade do Minho em Marketing e Gestão Estratégica e Negócios Internacionais. Estagiou no departamento de assessoria de imprensa da Moda Lisboa, foi assistente e posteriormente representante para o mercado moçambicano numa empresa de exportações e diretora de marketing de uma marca de jóias.

Em 2015, tornou-se comercial numa empresa de desenvolvimento de software, de Braga, e dessa forma ingressou na área tecnológica. “Receei que o facto de não ter um background tecnológico pudesse ser um handicap. Mais tarde, percebi que esse era, afinal, um fator que me distinguia, pois conseguia estabelecer uma comunicação mais próxima com os clientes, evitando o jargão da área de tecnologia que é, invariavelmente, uma prática comum. Gradualmente, fui aprofundando os meus conhecimentos na área, o que me permitiu ter um papel ainda mais ativo nos projetos, não só no aconselhamento aos clientes, como na discussão de estratégias de abordagem com a equipa”, analisa.

Em 2020, acabaria por fundar a Codepoint, empresa de desenvolvimento de software de que é CEO. Neste pitch de empreendedora, explica como chegou aqui, o que alcançou e quais os sonhos para o futuro.

Como surgiu a ideia?

Em 2020, surgiu a oportunidade de criarmos a Codepoint, com o desafio de passar a assumir a direção da empresa. Confesso que não consigo identificar um momento que me tenha trazido até aqui, senão o conjunto de todas as coisas que aconteceram. Não sonhava em trabalhar nesta área, mas hoje não me vejo a fazer outra coisa. Adoro conhecer pessoas, aprender sobre os seus negócios, pensar em produtos tecnológicos que podem potenciar o revenue das empresas, e que as ajudem a produzir melhor, melhorar processos ou simplesmente a comunicar melhor. Como equipa, partilhamos esta paixão por produto. Fazemos questão de produzir valor para o cliente/utilizador, o que se reflete no resultado final. Considero ser esse o nosso elemento diferenciador.

Na equipa da Codepoint há uma forte presença feminina, invulgar em empresas da área tecnológica.

Como montou o negócio?

Arrancamos com alguns clientes com quem já tínhamos trabalhado e rapidamente começamos a entrar em novos mercados. O crescimento da empresa deveu-se essencialmente aos produtos que fomos lançando, o que fez com que outras empresas nos procurassem. Trabalhamos com grandes marcas e PME que apostam na inovação, como a CIN, o grupo Primavera, a Quinta Lago dos Cisnes e o Solar da Levada.

Com a CIN desenvolvemos uma aplicação móvel, através da qual os utilizadores conseguem simular a pintura de paredes, com qualquer cor do catálogo de cores da marca. Para a Quinta Lago dos Cisnes e o Solar da Levada desenvolvemos um software que permite a gestão de todos os aspetos relacionados com a organização de eventos, especialmente casamentos, desde a seleção das várias opções pelos noivos, orçamento em real-time consoante as escolhas realizadas, exportação dos processos para validação e gestão integrada de encomendas.

O nosso crescimento passa inevitavelmente pela internacionalização e, neste momento, temos clientes nos Países Baixos, na Suíça e na Suécia. Hoje, a equipa é composta por dez pessoas, distribuídas pelas áreas de programação, design, gestão de projeto e marketing.

Quando escolhemos trabalhar em tecnologia temos de querer ser disruptivos e estar preparados para a velocidade da mudança, temos de dar passos muitas vezes sem saber o caminho que vamos encontrar à nossa frente. A pandemia ainda veio exacerbar mais a necessidade e procura tecnológica das empresas. Tudo muda a uma velocidade alucinante e as oportunidades surgem de um momento para o outro, para as agarrar temos de arriscar.

Pessoalmente, sou ponderada e dou privilégio à organização, acho que esses traços são evidentes nos nossos processos. Conciliar duas coisas inconciliáveis foi um desafio, na prática considero que uma coisa levou à outra. A organização e os processos permitiram-nos crescer sem comprometer a qualidade dos resultados.

Quais os sonhos para o futuro?

O sonho é continuar neste percurso, traduzindo tecnologia em valor para os nossos clientes, e conquistar mais projetos que nos encham de orgulho e permitam crescer profissional e pessoalmente.

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