Graça Borges: O meu maior desafio

A diretora de de Comunicação, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Super Bock Group afirma-se movida a desafios profissionais, mas elege como o maior aquele que teve impacto na sua vida pessoal.

Graça Borges é diretora de Comunicação, Relações Institucionais e Sustentabilidade Super Bock Group.

Diretora de Comunicação, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Super Bock Group, Graça Borges é licenciada em Relações Internacionais Político Económicas, pela Universidade do Minho, e tem uma experiência profissional com mais de 30 anos, sempre ligada a empresas do setor agroalimentar, o que lhe permitiu abraçar vários desafios em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente na Holanda.

Iniciou o seu percurso no Super Bock Group (ex-Unicer) em 1990, onde foi responsável pela gestão da marca de cervejas Super Bock, e foi a esta empresa que regressou em 2015, com o convite para assumir a Direção Comercial do Mercado Europeu. Transitou, posteriormente, para a Direção Comercial dos Mercados Desenvolvidos (Europa, África e vários outros países no mundo), tendo liderado esta área até assumir a atual função.

 

“Desafios? Sempre os procurei! Desafios são uma das energias que me move diariamente. Sou movida a desafios!

Mas se tiver de pensar no maior desafio da carreira até hoje, diria seguramente que foi aquele que, fruto do meu percurso profissional, teve um impacto brutal na vida da família. Trabalhar fora de Portugal com as necessárias repercussões na vida da família. Reporto-me ao período em que, além da gestão da minha equipa e função em Portugal, estive alocada a um projeto em Itália que exigia passar mais de uma semana por mês fora de casa. A este período, seguiu-se um outro que me obrigava semanal a viajar para a Holanda e, mais uma vez a estar longe da família, com especial destaque para a minha filha que tinha na altura 6 anos.

A expatriação, foi o passo seguinte. Mudar também a família para a Holanda (Roterdão) com todas as implicações inerentes — marido despede-se para acompanhar, filha ingressa numa nova escola e num novo sistema de ensino. Foi um período de muita gestão de emoções e preocupação ao mesmo tempo que agarrava os desafios profissionais. Este foi provavelmente até hoje o maior desafio que vivi.

Mais uma vez, a energia dos desafios profissionais esteve presente e teve o suporte da equipa global de que fiz parte, bem como das minhas chefias diretas — duas grandes mulheres que reconheciam, apoiavam e valorizam não só a performance como também o work-life-balance. Foi com este enquadramento multicultural, diverso e desafiante que consegui não só fazer uma transição e adaptação suave com a família num novo país (nova cultura, nova escola, novos métodos, etc.) como, também, desenvolver competências de gestão e desenvolvimento de projetos globais, regionais e locais.

Hoje concluo que conciliar os desafios da vida pessoal/familiar com os desafios da carreira e função foram claramente os de maior transformação tanto pessoal, familiar como profissional. Entender que por trás dos projetos, marcas, empresas estão pessoas e que potenciar a diversidade e inclusão das mesmas é talvez das maiores forças que podemos cuidar e estimular. Entender que é crucial ser resiliente e usar todos os desafios como forma de crescer. Entender que toda a mudança e todos os desafios têm um propósito – transformar e desenvolver.

Desafios sempre os aceitei, mesmo quando expus a minha família a eles. Sou movida a desafios!”

Parceiros Premium
Parceiros