Catarina Tomaz nasceu no Zimbabué, num dia de verão, em novembro. Apaixonada pelo que faz, é uma workaholic assumida. Começou a trabalhar cedo e rapidamente percebeu que precisava de desafiar permanentemente os seus limites. Tinha 23 anos quando iniciou a sua carreira na multinacional Renault, primeiro na filial portuguesa e depois na sede, em Paris. Pelo caminho foi acumulando funções de docente e, de regresso a Portugal, abraçou o ensino, assumindo a direção de marketing e comunicação da Escola de Tecnologias Inovação e Criação (ETIC). Em Maio de 2008, aceitou o desafio de integrar a Direção de Marketing do centro Freeport. É atualmente Portugal Marketing Director da VIA Outlets, onde dirige as operações de marketing, comunicação e turismo dos dois ativos nacionais do grupo, os centros Freeport Lisboa Fashion Outlet e Vila do Conde Porto Fashion Outlet, que juntos, receberam quase 8 milhões de visitas em 2018.
6h45
As minhas rotinas matinais variam. Enquanto responsável pela comunicação de dois centros, acabo por estar dividida entre Lisboa e Porto, o que tem impacto no meu dia-a-dia. Mas, esteja onde estiver, gosto sempre de acordar cedo e aproveitar as manhãs da melhor forma. Quando estou em Lisboa, durante a época mais quente e com bom tempo, costumo fazer uma caminhada com o meu marido e aproveitar os primeiros raios de sol do dia.
7h15
O início do dia é tempo de organização. Gosto de aproveitar a calma da manhã para fazer algumas tarefas domésticas e dedicar tempo para cuidar de mim – é o meu momento.
8h00
O pequeno almoço é a refeição mais importante do meu dia. Costumo tomá-lo em casa e aproveito sempre para pôr a leitura em dia. Na minha profissão é obrigatório estar a par das últimas notícias e confesso que, ainda hoje, prefiro lê-las em papel. Gosto muito de partilhar o que estou a ler com a minha família, ou com amigos através das redes sociais, e sou especialmente sensível às questões de cidadania, nomeadamente de ética, justiça e liberdade.
9h00
Para não perder tempo no trânsito saio de casa pelas 09h e, antes das 10h já estou a trabalhar. Há muito tempo que o conceito de escritório fixo não faz parte da minha vida – tenho a sorte de trabalhar numa organização que me dá as ferramentas necessárias e facilita o trabalho à distância. Por isso, e como adoro guiar, prefiro fazer as viagens de carro para uma maior mobilidade e, dessa forma, consigo organizar melhor o meu tempo e aproveitar a viagem para ir fazendo reuniões telefónicas. Gosto muito do percurso matinal que percorro de carro até aos centros; temos a sorte de ambos os espaços estarem inseridos em ambientes de natureza, relaxados e muito harmoniosos.
9h15/ 10h00
É durante a manhã que faço, sempre que possível, as reuniões com parceiros, sobretudo se forem em Lisboa, para melhor organizar o meu tempo. Trabalhamos com várias agências, e temos várias equipas nos dois centros, o que exige uma grande capacidade de organização e gestão do nosso lado. Os dois centros são muito diferentes, com identidades diversas, mas que têm de estar alinhadas com a estratégia e posicionamento do grupo a nível global. Por essa razão, temos regularmente reuniões de direção de país, com a equipa Via Portugal, e reuniões internacionais, de ponto de situação e alinhamento de estratégia. Felizmente, grande parte destas reuniões são feitas por via telefónica ou Skype, o que nos permite uma maior flexibilidade espacial.
13h00
Quando não tenho almoços de trabalho ou de networking, aproveito para fazer visitas aos centros, conversar com as equipas e estar mais perto dos nossos visitantes. Chamo-lhes pausas funcionais. Com uma equipa de 23 pessoas em áreas muito distintas, embora complementares, é necessário um acompanhamento próximo e diferenciado. Embora a minha função seja mais estratégica e de inovação, o trabalho no terreno é fundamental para sentirmos os resultados práticos e para podermos fazer o shift de feedback para feedforward. Havendo oportunidade, gosto muito de desfrutar do espaço dos centros. Inaugurámos recentemente uma escultura cinética do artista Patrick Shearn, no centro Freeport Lisboa, e gosto de experienciar a forma como este adicional impacta a experiência de quem nos visita e, por outro lado, tentar perceber de que forma é recebido.
13h00/ 20h00
Os meus dias são longos e muito agitados. É raro terminarem antes das 20h. É normalmente na parte da tarde que faço um trabalho mais individual, focado em análise, estratégia e desenvolvimento de novos projetos. Quando não me é possível fazer durante o almoço, tento deixar a parte de relacional e de networking para o final de tarde.
21h00
O jantar é em casa, sempre que possível, numa refeição em família com o meu marido e os meus dois filhos – um de 20 e outro de 17 anos. Felizmente, o meu marido tornou-se num grande Chef e ao jantar temos sempre uma refeição com muita qualidade e amor. Aproveitamos estes pequenos momentos para falar sobre os nossos dias e para partilhar ideias. Os nossos filhos já são grandes e é bom vê-los crescer connosco.
22h00
Sempre que tenho tempo gosto de ver algumas séries. Black Mirror é o género de conteúdos que me prendem. E não consigo adormecer sem ler algumas páginas de um bom romance.