Liliane Bettencourt morreu na noite de quarta para quinta-feira, 21 de setembro, segundo comunicado da filha, Françoise Bettencourt Meyers.
Filha do homem que fundou a L’Oréal em 1907, a mulher mais rica do mundo, segundo a Forbes — e a 14º pessoa mais abastada do planeta — tinha uma fortuna avaliada em 37,4 mil milhões de euros e completaria 95 anos a 21 de outubro. “A minha mãe partiu em paz”, escreve a filha, citada pelo jornal Le Figaro. “Neste momento doloroso para nós quero lembrar, em nome da nossa família, a nossa completa ligação e fidelidade à L’Oréal e renovar a minha inteira confiança no seu presidente, Jean-Paul Agon, bem como nas suas equipas espalhadas pelo mundo.”
Liliane Henriette Charlotte Schueller, nascida na capital francesa em 1922, herdou o império L’Oréal em 1957, depois da morte do pai, Eugène Schueller. Sete anos antes tinha casado com o político francês André Bettencourt, de quem teve uma filha, Françoise. Patrona da investigação médica e de causas humanitárias, em 1987 criou, com o marido, a Fundação Bettencourt Schueller, dedicada ao financiamento e promoção destas áreas.
A sua vida não foi, porém, isenta de polémicas. Em 2010 foi protagonista de um escândalo político e financeiro de fuga aos impostos, envolvendo também Eric Woerth, ministro do trabalho do executivo de Sarkozy, que alegadamente terá deixado passar em branco as fraudes fiscais.
Bettencourt sofria de demência e estava afastada dos negócios da família desde 2012, quando foi substituída pelo neto no conselho de administração do grupo do qual a família é a principal acionista, com 33% do capital.