No ano passado, o Fórum Económico Mundial previa que seriam precisos 118 anos para que se atingisse a igualdade de género em termos económicos, no entanto, de 2015 para 2016 o fosso entre homens e mulheres aumentou e estima-se agora que sejam necessários 170 anos. Este é o dado mais relevante do relatório anual deste Fórum, divulgado esta madrugada, que analisa fatores como: educação, saúde e sobrevivência, oportunidades económicas e participação política.
Confirma-se assim mais uma vez, que apesar de trabalharem mais, as mulheres ganham, em média, pouco mais de metade do que os homens. Para além disto, embora 95 dos países analisados tenham atualmente tantas mulheres como homens com formação universitária, o número de mulheres em postos de responsabilidade também se manteve baixo – apenas quatro países em todo o mundo têm o mesmo número de homens e mulheres a exercerem as funções de deputados, funcionários em altos cargos e diretores.
A educação foi a área em que houve mais progresso, já o setor em que a diferença de género é mais pronunciada é o político.
A lista das 144 nações analisadas é encabeçada pela Islândia, Finlândia, Noruega, Suécia e, ao contrário do expectável o Ruanda. Portugal ficou em 31.º lugar, mas desceu de posição nos índices de participação e oportunidade económica, formação académica, saúde e sobrevivência e empoderamento político.
As regiões com maior igualdade de género são a Europa, a América do Norte e a América Latina. os piores resultados pertencem ao Médio Oriente e ao Norte de África.