5 mitos que afastam as mulheres do investimento financeiro

Para aplicar bem o seu património não precisa de ser especialista em investimento financeiro. Este artigo descontrói alguns mitos que ainda mantêm as mulheres afastadas da gestão das suas poupanças.

Encare a gestão do seu património financeiro com mais confiança.

Se a imagem que tem de alguém que investe o seu dinheiro ainda é a de um executivo que negoceia em bolsa e troca ideias de investimento de forma assoberbada e aparentemente ininteligíveis (para os demais) com o seu corretor de bolsa, temos uma novidade para si. Homens e mulheres, de faixas etárias e backgrounds distintos são os investidores de hoje.

O mundo dos mercados e dos produtos financeiros acomoda-se a praticamente todos os perfis de risco e estilos de investimento – desde o investidor passivo que privilegia uma estratégia de investimento em modo “piloto automático” e delega a gestão do seu património a especialistas financeiros, até ao investidor ativo que consome várias notícias da actualidade financeira e decide ele próprio onde aplicar o seu capital para manter o controlo total da situação.

Este artigo, dirige-se a estes investidores, mas sobretudo aquele outro tipo de investidor, em que a maioria das mulheres geralmente se inclui, que acredita que o mundo do investimento financeiro é apenas para especialistas e para quem tem muito dinheiro.

Explore connosco alguns dos mitos que a podem estar a impedir de aplicar e gerir melhor o seu património financeiro.

Mito 1: Os homens investem melhor que as mulheres

Não é o caso. Há estudos internacionais da área financeira que demonstram o contrário: nos últimos anos as mulheres tiveram, em termos médios, melhores resultados nos seus investimentos do que os homens. Esta performance justifica-se, entre outros factores, pelo facto de as mulheres terem uma visão mais de longo prazo e cumprirem normalmente o plano de investimentos que para tal se definiu. Geralmente, o seu perfil é mais conservador, traduzindo-se mais numa perspectiva de “buy and hold” ao invés do “buy and sell”, o que de acordo com alguns gurus do investimento, como Warren Buffett e Jack Bogle, poderá ser uma das premissas-chave para o sucesso das estratégias financeiras.

Mito 2: As mulheres são demasiado conservadoras para investir

Poderá até ser uma virtude. As mulheres são normalmente mais conscientes do risco que estão dispostas a correr e privilegiam a manutenção da estabilidade financeira, procurando perfis conservadores ou equilibrados nas várias soluções de investimento disponíveis. Por outro lado, enquanto investidoras poderão ter menor predisposição para fazer alterações constantes ao plano estratégico dos seus investimentos, o que elimina alguns custos de negociação que podem existir e oferece a longo prazo um melhor retorno sobre o investimento.

Mito 3: As mulheres precisam de mais educação financeira para investir

Na realidade, ambos os géneros precisam. Por um lado, o jargão financeiro complexificou bastante o mundo do investimento para a generalidade das pessoas, com efeitos práticos no seu afastamento do universo financeiro e do conhecimento que é essencial terem para tomarem decisões financeiras acertadas para o seu futuro. Mas, por outro lado, questionar o fundamento da estratégia de investimento recomendada e tentar perceber a sua adequabilidade aos seus objectivos financeiros é uma boa prática que todos os investidores deveriam procurar seguir.

Mito 4: As mulheres só se sentem confortáveis a investir acompanhadas

Não é necessariamente verdade, mas… e se for o caso? Já existem muitas investidoras que preferem a experiência de investimento online, procurando de forma autónoma ferramentas de investimento automatizadas e portfólios inteligentes. Por outro lado, outras mulheres preferem debater presencialmente questões desta importância com um aliado estratégico no planeamento financeiro, trocando ideias de investimento, conhecendo todas as alternativas disponíveis e procurando adequá-las, em conjunto, aos seus objectivos financeiros pessoais. Em todo o caso, será sempre mais uma questão de estilo de investimento do que propriamente de género.

Mito 5: É a diferença salarial que impede as mulheres de investir

O gap salarial existe, é um facto, mas não tem impedido as mulheres de serem até (em média) melhores aforradoras do que os homens, dizem os estudos. A disciplina e rigor da poupança estão presentes e essa consistência pode ser muito importante. Além disso, há atualmente soluções de investimento adequadas a todos os níveis de património, perfis de risco e objectivos.

Agora que ajudámos a esclarecer alguns dos mitos mais comuns do investimento financeiro, acreditamos que se sente mais confiante para tomar as rédeas dos seus investimentos. Mantenha os seus objetivos claros, esclareça todas as dúvidas que surjam, aconselhe-se com quem sabe e, lembre-se, a decisão final é sua.

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