Women in Business

O número de mulheres em cargos de liderança é ainda muito baixo face ao número de mulheres nos quadros das empresas. A formação Women in Business pode dar uma ajuda à sua carreira. A terceira edição começa já a 13 de novembro.

Há aceleradores que podem levar a sua carreira a um patamar superior

O curso Women in Business, da Católica-Lisbon, propõe-se a ser um impulsionador do potencial de mulheres com talento em cargos de gestão. Destina-se a mulheres com experiência de liderança de, pelo menos, três anos, com potencial e motivação para evoluírem nas carreiras de gestão, ou que estejam em lugares de direção e que pretendam refletir acerca do seu percurso e fortalecer o seu perfil de liderança, ajudando-as a compreender e a utilizar as competências de comunicação para persuadir e inspirar os outros. A terceira edição está prevista para novembro (candidaturas a decorrer).

Contributo para a igualdade de género

A (ainda) reduzida presença de mulheres em cargos de liderança nas empresas, apesar da elevada percentagem de quadros femininos, esteve na base da criação deste programa, cuja ideia nasceu numa instituição bancária. Segundo Catarina Paiva, manager dos programas de inscrição aberta da formação de executivos da CATÓLICA-LISBON, a origem deste curso remonta a 2013, “quando o Banco Santander Totta decidiu desenvolver a nível internacional um programa que designou de Women’s Executive Program (WEP) tendo escolhido a CATÓLICA – LISBON como o parceiro para esta valiosa iniciativa. O tema da diversidade de género e da gestão da carreira das mulheres passou a estar incluído na agenda do banco e na oferta formativa da formação de executivos da Católica-Lisbon”.

Para além do WEP para o Santander, a Católica-Lisbon “decidiu lançar o mesmo curso em regime de inscrição aberta por considerar que este é um tema que neste momento está na agenda de várias empresas e que corresponde a uma necessidade muito concreta e atual da sociedade”, revela Catarina Paiva.

Catarina Paiva

Catarina Paiva, manager das inscrições do programa Women in Business. No final, as executivas saem com um plano de comprometimento pessoal.

O programa tem contado desde o início com uma parceria da LIDE Mulher e da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), que têm tido uma importante intervenção na sensibilização para o tema da Igualdade de Género nos negócios e nas empresas. “Esta é, aliás, uma tendência internacional”, revela a manager.

“Muito recentemente, a McKinsey publicou um estudo que tem vindo a realizar sobre o impacto da diversidade de género das organizações nas empresas e na economia e de como podem as empresas alcançar igualdade a vários níveis, que potencie o crescimento do negócio. Este estudo mapeou 15 indicadores distintos de igualdade de género em 95 países diferentes. Concluiu que em 40 destes 95 países existe um nível muito elevado de desigualdade de género em praticamente todos os indicadores (que têm em conta, não só questões relacionadas com a igualdade de género nas empresas, mas também questões sociais, políticas e até legais)”, acrescenta Catarina Paiva, mencionando que as mulheres representam cerca de metade da população ativa e que a igualdade de género não é, como está à vista, apenas uma questão moral ou social, mas antes um enorme desafio económico para as sociedades. Daí, a “pertinência deste programa”.

Perfis diversificados

As edições anteriores contaram com cerca de 30 executivas (diretoras gerais e administradoras, mas também diretoras de áreas de negócio, coordenadoras e managers) “com backgrounds académicos muito distintos e com experiência em setores muito diversificados”, afirma Catarina Paiva. Frequentaram o curso executivas seniores de consultoras, empresas de telecomunicações, da indústria farmacêutica, do setor energético, da saúde e também empreendedoras. A média da faixa etária neste grupo ronda os 42 anos.

Segundo Catarina Paiva, “o programa está desenhado para mulheres que estão atualmente em processos de ascensão de carreira e que estejam identificadas nas suas organizações como ativos de elevado potencial e, como tal, apontadas para assumir funções de liderança. Está ainda preparado para mulheres que já se encontrem em lugares de direção e administração e que procurem uma formação em liderança que lhes permita fortalecer o seu perfil de líderes”. Os resultados têm sido muito positivos: “Neste grupo de executivas já tivemos casos de mulheres que, após a conclusão do programa, tiveram alterações nas suas carreiras em termos de progressão, o que nos deixa satisfeitos por sentirmos que o programa de alguma forma contribuiu para este resultado”, revela.

Oportunidade de reflexão

Todo o programa foi concebido para permitir uma reflexão, individual e em grupo, acerca da carreira, das oportunidades de progressão, da preparação e do potencial de cada participante. Muitas das candidatas referiram no momento em que se candidataram que “uma das expectativas que tinham era de que o programa, para além das ferramentas que se propunha oferecer, as pudesse ajudar a compreender quem eram, em que momento das suas carreiras estavam e a delinear ações concretas sobre como chegar onde pretendiam”, revela Catarina Paiva.

Neste sentido, o Women in Business proporciona no início uma análise do potencial, para conhecer a situação concreta de cada participante, e no final uma sessão individual sobre o Personal Commitment Plan, “que mais não é do que a definição de metas/objetivos de carreira e de ações concretas que cada uma terá que tomar para alcançar esses objetivo”, acrescenta Catarina Paiva.

Segundo a manager, outra das motivações que muitas das participantes mencionam é, dado que consideram que o contexto empresarial e social não é propício ao exercício do poder de liderança no feminino, ”a necessidade que têm de aprender a exercer o poder nas organizações e encontrar formas de o fazer. Compreender como podem influenciar e exercer o poder nas organizações é algo que consideram fundamental”.

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