Sara Aguiar e Mafalda Rebordão conheceram-se num trabalho na faculdade e rapidamente perceberam que vindo de áreas diferentes partilhavam as mesmas aspirações de carreira, as mesmas perguntas e a mesma vontade de mudar o mundo. Foi graças a este desejo e à enorme capacidade de multitasking que lançaram o Ponto Zero, que definem como “o ponto de partida para quem quer trabalhar nas suas próximas melhores versões profissionais – seja a 2.0 ou 11.0 – e otimizar o seu sucesso”. Depois de terem lançado a C-Level Mentorship Academy, vão realizar a 8 de março o evento We Can Do Better.
No seu site apresentam-se assim: Mafalda Rebordão é apaixonada por educação – foi professora assistente e faz parte do Executive Board da Nova SBE – e convicta que o seu percurso é produto de role models que a rodeiam. Viveu em 4 países diferentes e já trabalhou com empresas como a LʼOréal, Nestlé ou SONAE. Oradora em eventos de instituições como a Fundação Francisco Manuel dos Santos e participante em projetos pioneiros como a Singularity University. Atualmente em Dublin, na Google.
Sara Aguiar, embora licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais, motivada pelo impacto que sempre sonhou ter no mundo, viu a sua carreira moldada pelas suas diferentes experiências no ecossistema da inovação – em diferentes áreas e diferentes países – da Fábrica de Startups à Comissão Europeia, passando pela sua própria startup e pela experiência como professora assistente na Católica SBE e no ISEG. Atualmente em Madrid, na Amazon Web Services.
Ao longo desta entrevista vai perceber que estão muito além desta apresentação.
Como surgiu a ideia do Ponto Zero e quais os vossos objetivos com este projeto?
O Ponto Zero surge em consequência de uma relação de peer mentoring entre as duas. Quando nos conhecemos num trabalho de consultoria externa na faculdade percebemos que partilhávamos aspirações de carreira, metodologias de trabalho e o valor da mentoria. Percebemos ainda que podíamos aprender muito uma com a outra nas fases semelhantes de carreira em que nos encontrávamos. Por isso, já depois do Mestrado, decidimos agendar um bloco mensal nos nossos calendários para conversar sobre a nossa evolução, discutir desafios, e partilhar estratégias. Numa discussão sobre o tema da maternidade e como, enquanto mulheres, podemos conciliar a vida pessoal com a nossa carreira, pensámos que talvez outros jovens tivessem questões semelhantes. Nasceu assim o Ponto Zero, em formato de podcast, para democratizar sessões de mentoria como as que tínhamos juntas. Por tantas vezes citarmos as nossas mentoras e mentores, decidimos, nestas sessões de mentoria, trazê-los para a conversa, para que mais jovens pudessem aprender com as suas experiências e percursos. Ao desenharmos a primeira versão da lista de mentores que gostaríamos de convidar percebemos que, em muitas áreas e temáticas, as nossas referências mais imediatas eram masculinas. Por isso, decidimos reescrever a lista e incluir apenas mulheres. Para que mais jovens possam encontrar e criar referências mais diversas nas suas áreas.
Quanto aos nossos principais objetivos, estes são, por um lado, potenciar o talento das próximas gerações com base nas melhores práticas de empresas altamente competitivas e de profissionais de sucesso – tendo deste objetivo nascido o nosso programa de formação, que já chegou a mais de 400 jovens profissionais em Portugal. Por outro, criar oportunidades de exposição pública para as role models femininas do nosso país terem maior visibilidade, sobretudo junto dos mais jovens. Esperamos que, não só mais jovens possam perceber que é possível (relacionando-se com os diferentes “pontos zero” – pontos de inflexão na nossa vida – das mentoras), como que mais jovens tenham acesso de forma democrática, a ferramentas concretas para exponenciar a sua carreira e a viverem de forma o mais realizada possível.
Muitas vezes ser mulher ainda é um rótulo (não necessariamente positivo).
Quais os desafios que a vossa geração identifica como mais críticos para a progressão profissional dasmulheres?
Talvez tenhamos uma perspetiva muito pessoal sobre este tema e, com certeza, influenciada pelas nossas próprias experiências pessoais. Contudo, na nossa ótica, um dos maiores desafios para a progressão profissional das mulheres é precisamente a falta de referências e exemplos a seguir: o conceito “ver é acreditar”. Não porque não existam, mas porque não têm a visibilidade necessária para chegarem a outras mulheres que podiam inspirar. Mas há outros. Estereótipos relacionados com a auto-promoção ou com o networking, por exemplo, são limitativos para o desenvolvimento de qualquer carreira mas, em particular, a das mulheres. É discutível a origem destes estereótipos, mas a verdade é que muitas vezes ser mulher ainda é um rótulo (não necessariamente positivo).
Também a insuficiente disseminação, e consequente penetração, de conceitos como a mentoria, a produtividade ou o mindset de crescimento, no dia-a-dia, não joga a favor das mulheres. Acreditamos que é essencial criar estas referências não só de um ponto de vista social, mas porque a progressão profissional das mulheres tem impacto real na economia – a Accenture partilhou no seu estudo para a Diversidade e Inclusão que ter mais mulheres em boards aumenta cerca de 53% a performance destas empresas. É por isso importante “trazer” mais pessoas para esta conversa para que mais mulheres vejam e acreditem que é possível.
Trabalham ambas em empresas de tecnologia. Como veem a falta de atratividade da tecnologia para a maioria das mulheres, embora seja a área com mais futuro e uma das que melhor remunera?
Sabemos que existe um gap nas áreas de STEM. E sabemos também que muitas empresas têm (apesar de cada vez menos) dificuldade em recrutar mulheres para funções em tecnologia. Acreditamos que este tema começa pela educação, embora não se esgote aí. Facilitar o acesso a skills e expor mais mulheres a práticas de ciência e tecnologia (da programação a skills técnicas), é necessário, mas não suficiente. Acreditamos que deve também existir uma preocupação por parte das empresas de tecnologia para que o recrutamento represente de forma equitativa a sociedade e, por conseguinte, as mulheres. Contudo, se as paixões das mulheres não estiverem em áreas de STEM, é perfeitamente válido que sigam outras ambições e escolham percorrer o seu caminho noutras áreas. Indiscutível é o facto de precisarmos de mais diversidade em áreas de STEM, e é também por esse motivo que temos a obrigação de falar de todos estes temas para que outras jovens também se questionem e permitam que o seu leque de possibilidades aumente.
Mafalda Rebordão: “Nos maiores desafios temos a oportunidade de nos definirmos e conhecermos melhor.”
Mafalda Rebordão como foi o seu percurso até chegar à Google e o que a atraiu nessa empresa?
Sou formada em Economia pela Nova School of Business & Economics, a instituição que me proporcionou acesso a hard skills que considero serem essenciais para qualquer profissional em esferas corporativas e, acima de tudo, para desafiar o meu intelecto a pensar além do óbvio. Estudei também no Canadá e na Dinamarca em universidades do top do ranking do Financial Times (HEC Montréal e Copenhagen Business School), e em nenhuma destas encontrei a visão e exposição a um mercado de trabalho internacional, como em Portugal. Acabei por ser convidada para ser professora de Cálculo na Nova SBE e membro do Executive Board, do qual faço parte até hoje, levando o pelouro da expansão internacional da universidade.
À parte do meu percurso académico, procurei sempre (em part time ou em estágios), traçar, desde cedo, o meu percurso profissional. Comecei na Spark Agency onde interagi com uma grande porção das empresas com recrutamento de talento jovem em Portugal. Aprendi tudo o que sei sobre networking, e navegar projetos (desde gerir redes de embaixadores de empresas, como internacionalizar um programa para mais de 10 países). Passei pela L’Oréal em Marketing, a minha primeira experiência numa multinacional onde comecei a ganhar visão de como gerir negócios, e percebi que gestão internacional seria o caminho a seguir no meu mestrado. Por isso mesmo, decidi embarcar no programa de Double Degree CEMS, (uma aliança entre as melhores escolas de negócio de cada país). Como parte do meu mestrado, trabalhei na ABB, na Alemanha, em Estratégia, desenvolvendo o modelo de negócio de B2B para B2C e fui ainda consultora de Brand Management para a Nestlé.
Contudo, foi na Google que encontrei o sentimento de pertença no meu trabalho. Primeiro como estagiária, em Lisboa, a gerir um portfólio de clientes portugueses nos setores de Retalho, Startups, Turismo e Governo e trabalhando com as maiores empresas portuguesas nestes setores e com diversos C-level. E, mais tarde, em Dublin no mercado de Retalho Britânico. Finalmente, como Strategic Partnerships Manager, em Londres, onde me encontro neste momento. Escolhi trabalhar nesta empresa porque, ao final do dia, sou movida por impacto em escala – impactar o máximo de pessoas possível melhorando, da forma possível, a sua vida, de alguma forma. Procurei, por isso, uma empresa com dimensão que me oferecesse esta escala, e ainda uma cultura que me permitisse (como permite aos meus 25 anos), mobilizar stakeholders seniores, validar ideias e fazer acontecer. Sinto que este desafio e vontade de criar projetos inovadores tem de partir de nós, mas é necessária uma cultura que celebre a inovação, a falha e promova a “arte de questionar”. E sobretudo, escolhi uma empresa onde acredito nunca ser a pessoa mais inteligente na sala – o que me motiva a aprender mais e fazer melhor, todos os dias. O que me atrai numa empresa é um ecossistema de pessoas onde todos estes fatores são uma prioridadee essa será sempre a minha bússola de carreira.
O que foi mais importante no seu currículo para entrar na Google: a sua formação em Economia ou a experiência tão diversificada que já acumulou desde a licenciatura?
Acredito que a minha carreira é um produto das minhas experiências (desde que comecei a trabalhar aos 19 anos) e, acima de tudo, de role models com quem tive a oportunidade de aprender. E foi esta conjugação de variáveis que me fez receber uma oferta de estágio na Google, submetendo o meu CV entre milhares a nível mundial e sem uma referência interna. Foi a minha rede de networking e acima de tudo, mentoras e mentores, com quem conversei e validei os meus passos de carreira, que me fizeram perceber a relevância de “escrever” uma história profissional consistente e de construir um set de skills transversais (do ponto de vista académico, mas também do ponto de vista prático).
Na minha opinião, ter uma formação académica de excelência, não chega. O mercado de trabalho atual é extremamente competitivo, até porque, cada vez mais, competimos com pessoas em todo o mundo. Sendo esta parte um dado adquirido, precisamos de nos diferenciar. E a minha experiência diversificada foi um fator decisivo. Percebi que era essencial procurar experiências profissionais por dois motivos: 1) para me diferenciar enquanto ativo num mercado extremamente competitivo e global; 2) perceber o que gostava de fazer e com que cultura de empresa me identificava. Este último ponto também me proporcionouum crescimento do ponto de vista de inteligência emocional e uma exposição a stakeholders que nunca percepcionam a minha idade como um entrave a posições mais seniores. Continua a ser este fator que me faz chegar sempre ao próximo passo e continuar a crescer na minha carreira: nunca ter receio de um “não” e procurar sempre experienciar ao máximo a minha carreira (como procuro fazer na minha vida).
Qual o maior desafio da sua carreira e de que forma ele a impactou?
O maior desafio da minha carreira, foi também a minha oportunidade de descobrir duas verdades irrevogáveispara mim: 1) educação é uma das minhas maiores paixões, 2) um dos meus “super poderes” é a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Quando recebi a minha oferta para estagiar na Google, estava no primeiro ano de um mestrado a full time de dois anos. E percebi que teria de escolher: dizer sim a um estágio na Google, durante sete meses e full time, enquanto concluía o primeiro ano do meu mestrado, ou perder a oportunidade de experienciar a cultura da empresa com a qual acreditava identificar-me. Decidi conciliar ambos. Foi um dos maiores desafios, não só do ponto de vista intelectual, como do ponto de vista físico (visto que o tema da flexibilidade e trabalho remoto ainda não eram acessíveis). Percebi que tinha uma capacidade de conciliar e identificar prioridades que me permitiria dizer mais “sim” (apesar de ainda não a ter utilizado para criar um negócio bilionário como a Marie Kondo e de me encontrar no processo de aprender a dizer “não”, para dizer cada vez mais “sim”, a tudo o que considero estar alinhado com os meus objetivos). Este desafio provou-me que é possível. E foi por perceber que era possível que aceitei o convite para ser professora de Cálculo enquanto me encontrava no segundo ano do meu mestrado, tendo tido mais de duzentos alunos com quem tive oportunidade de partilhar esta aventura. Ainda tenho imenso para aprender e crescer, como todos temos. Mas nos maiores desafios temos a oportunidade de nos definirmos e conhecermos melhor. Não foi fácil e continuo a ter muitas áreas de melhoria neste processo de priorizar para nunca negligenciar a minha saúde física e mental, mas este desafio abriu portas às melhores oportunidades da minha vida, até hoje.
Sara Aguiar: “O passo mais arriscado da minha carreira foi abdicar de uma oportunidade que preenchia todos os meus requisitos e me oferecia mais segurança e estabilidade, porque do outro lado me esperava uma oportunidade rara e mais improvável de repetir-se tão cedo numa carreira.”
Sara Aguiar como foi o seu percurso até chegar à Amazon e o que a atraiu nessa empresa?
No final do secundário decidi licenciar-me em Ciência Política e Relações Internacionais movida por uma vontade insaciável de mudar o mundo. Desde muito jovem que sou muito vocal sobre as minhas ideias e sempre vivi entusiasmada com a ideia de procurar soluções para os problemas que ia encontrando à minha volta. Este parecia, por isso, um match perfeito. No entanto, assim que comecei a envolver-me de forma mais ativa na política, percebi que, ainda que o impacto fosse possível e essencial através do setor público, o setor privado permitia-me testemunhar mudanças mais rápidas e palpáveis a curto prazo. Percebi-o, sobretudo, através dos concursos de inovação em que participei (como o EDP University Challenge ou o Nova Idea Competition, por exemplo) e das experiências que tive durante o meu Erasmus em Haia e durante a Summer School que fiz em Copenhaga. Experiências essas que foram, também, o gatilho para direcionar a minha carreira para o mundo das startups.
Assim que terminei a minha licenciatura, comecei a trabalhar como Entrepreneur-in-Residence na Fábrica deStartups, e acabei por ser convidada para cofundar e liderar o marketing de uma startup que estava a nascer dentro da incubadora. Estas experiências permitiram-me conhecer a realidade de um empreendedor e o dia-a-dia de uma startup (Ready2Start), incluindo os desafios, os obstáculos e as prioridades. Acabei por querer complementá-las com conhecimento mais profundo sobre negócio através de um Mestrado em Gestão na Nova School of Business & Economics, mais tarde.
Até chegar à Amazon, passei ainda pela Católica Lisbon School of Business & Economics e pelo ISEG Lisbon School of Economics & Management como professora assistente de Empreendedorismo e Inovação de Modelos de Negócio e também pela Comissão Europeia (CE), onde a minha função era ajudar projetos financiados pela CE a transformarem-se em startups. A minha bagagem no ecossistema e a minha vontade de continuar a mudar o mundo foram, provavelmente, dois fatores fundamentais para chegar à posição que tenho hoje, a apoiar startups tecnológicas a desenhar a sua estratégia de cloud. E o que me atrai nesta empresa é, sem dúvida, a infinitude de oportunidades de aprendizagem com que me deparo todos os dias.São as pessoas fascinantes com que trabalho, com os percursos mais diversos e uma dedicação impressionante aos outros, a cultura que privilegia o desenvolvimento de novas skills e o foco incontestável na inovação.
Em que medida a sua formação em Ciência Política e Relações Internacionais a tem ajudado nestacarreira mais focada no mundo das startups?
Eu olho para o mundo das startups como um mundo que utiliza tecnologia para resolver problemas de certos agentes e setores da sociedade, à maior escala possível. Ter-me licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais permitiu-me vê-lo dessa forma, pelo menos. Ajudou-me a desenvolver uma visão macro da sociedade e dos seus desafios, tendo o pensamento à escala global como default. Adicionalmente, proporcionou-me oportunidades frequentes de comunicar, argumentar e debater ideias, com colegas que também ambicionavam mudar o mundo mas que, muitas vezes, o viam de forma diferente da minha. Por isso, deu-me, também, perspectiva, ao permitir-me contactar com visões e convicções divergentes. Tudo competências essenciais não apenas para fundar, mas também mentorar ou apoiar o crescimento de uma startup. No entanto, a verdade é que foi o mestrado Internacional em Gestão na Nova School of Business and Economics, mais tarde, que impactou de forma mais significativa a minha carreira nesta área.
Qual o passo mais arriscado que deu na sua carreira e o que a fez avançar?
No final da minha licenciatura, depois de algumas experiências académicas no mundo da inovação, mas sem nenhuma experiência profissional, decidi tentar encontrar um estágio no setor privado que me permitisse aprender sobre negócios e tecnologia. Este foi o primeiro passo arriscado que dei na minha carreira, e um exemplo claro da materialização do mote “primeiro diz que sim e depois aprende a fazer” (Richard Branson), que discutimos no episódio do podcast com a Marta Sousa Monteiro. Mas não o mais arriscado. Já durante o meu projeto enquanto Entrepreneur-in-Residence, que duraria apenas 3 meses, envolvi-me em vários processos de recrutamento e acabei por receber uma oferta para me juntar a uma grande tecnológica. Simultaneamente, surgiu também o convite para me juntar à equipa fundadora da Ready2Start. E, meio inesperadamente, tive de tomar uma das decisões mais difíceis da minha vida profissional até agora, que coincidiu, também, com o passo mais arriscado da minha carreira. Abdicar de uma oportunidade que preenchia todos os meus requisitos e me oferecia mais segurança e estabilidade; não foi um processo leviano. Contudo, fi-lo porque do outro lado me esperava uma oportunidade rara e mais improvável de repetir-se tão cedo numa carreira, cuja dimensão de aprendizagem era inestimável e que me desafiaria de formas que estagiar numa multinacional não seria capaz. E fi-lo, provavelmente, porque tinha uma noção menos real do risco, e porque se esta não era a altura para arriscar, quando seria?
Que mensagem deixam a jovens mulheres que estão a entrar no mercado de trabalho com ambições dechegar a funções de liderança?
A primeira mensagem que queremos deixar, porque é nela que acreditamos para nós próprias, também, é: é possível. E é tanto mais possível quanto mais intencionais formos na definição dos objetivos a que nos propomos, mais aprendermos com as experiências de outros que traçam percursos semelhantes, e mais oportunidades formos capazes de gerar para nós e para os outros. Assim, ter um(a) (ou mais) mentor(a) disponível para partilhar as suas aprendizagens é essencial. Procurem mentores. De acordo com a Forbes, apenas 37% das pessoas tem um mentor. Não tracem o caminho sozinhas. Seja ad hoc ou formais, estas pessoas são decisivas para abrirmos horizontes e encontrarmos várias alternativas para aproveitar a jornada de carreira.
Outras, não menos importantes, são: construam e mantenham ativa uma forte rede de networking. Encontrem sinergias, desenvolvam um mindset de crescimento e adotem ferramentas de trabalho que maximizem a produtividade e os resultados que entregam, por exemplo. O networking não é rocket science e pode e deve ser acessível a todos. E, finalmente, não tenham medo de se fazerem ouvir e propor mudança. As vossas opiniões são válidas, e nós podemos ser o principal agente da mudança que queremos ver. Foi por este motivo que lançámos a C-Level Mentorship Academy e desafiámos 30 C-Level em Portugal para mentorar mulheres em direção a lugares de liderança. Para empoderar mais mulheres a inverter os padrões atuais e apagar este tema das agendas, o mais rápido possível.
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