Rute Ablum é administradora da PHC Software, onde desempenha funções de chief management officer, tendo sob a sua responsabilidade o controlo de gestão, o desenvolvimento da experiência de trabalho na empresa e a liderança da equipa de aconselhamento estratégico. É uma defensora da inteligência coletiva como vantagem competitiva das organizações, sendo uma das arquitetas do desenvolvimento da experiência de trabalho na PHC. Neste depoimento, partilha qual foi o maior desafio da sua carreira que começou como assistente pessoal no Barclays e depois como assistente executiva do CEO nos hotéis Sana e PHC, onde passou para chief of staff, até chegar à posição que hoje ocupa.
“O maior desafio foi (e continua a ser) a reestruturação de algumas áreas estratégicas da gestão da PHC Software, primeiro como chief of staff e mais recentemente enquanto administradora da empresa. A PHC sempre foi uma empresa muito bem gerida, com boas práticas de gestão a todos os níveis, mas, como em tudo na vida, existe sempre espaço para continuarmos a evoluir e a melhorar. Como o fazer? Tem sido o maior desafio de carreira que tenho tido.
Neste enorme desafio, já tive de reorganizar a área financeira da empresa. Embora não sendo uma financeira, passei a ter essa unidade da empresa a reportar-me após a saída do diretor financeiro. Um desafio enorme, com uma equipa reduzida e uma grande responsabilidade em cima dos ombros. Foi necessário repensar todo o ciclo estratégico, objetivos, KPI, recrutar e integrar o novo diretor financeiro. Algo que me deu um gozo enorme por conseguir que tudo funcionasse e hoje temos um departamento financeiro de alto rendimento.
Mas também o repensar do papel das assistentes de unidade dentro da empresa. Eu, que já fui assistente, sabia que a função pode e deve ser mais do que uma mera secretária administrativa, e foi necessário criar essa cultura dentro da empresa. Foi assim que ajudei a criar o conceito de “Ninjas” para ajudar as assistentes da PHC a serem reconhecidas como uma verdadeira máquina de produtividade interna da empresa, que permite a todos os outros estarem focados no seu trabalho.
Ou, por exemplo, a criação de uma equipa de advisory à administração, composta por especialistas de topo em várias áreas, desde a área financeira, controlo de gestão, comunicação estratégica e gestão de projetos. Algo que pode parecer um luxo numa PME, mas que tem sido um contributo enorme na tomada de decisão estratégica da organização.
Por fim, o maior e mais estruturante projeto da empresa, a decorrer neste momento, com a construção de raiz de novas instalações e da criação da melhor experiência para trabalhar em Portugal, que implica um portfólio de 12 projetos em seis meses, para reestruturar toda a “experiência de empresa”, desde o onboarding dos colaboradores até à nossa política de responsabilidade social.
Estes são alguns exemplos do maior desafio de carreira, que é a reestruturação da gestão de uma empresa já bem gerida, mas elevando-a a patamares ainda maiores de alto desempenho, sempre com um foco: podemos e queremos fazer melhor.”
