Rosa Monforte: O Meu Maior Desafio

Rosa Monforte, diretora-geral da ERP Portugal, partilha o desafio que elege como o mais exigente na sua carreira. Nada no seu percurso profissional a tinha preparado para a gestão de resíduos, mas aprendeu a gostar e apaixonou-se pelo que faz, há mais de duas décadas.

Rosa Monforte é diretora geral da ERP Portugal.

Sempre que abraçou um novo projeto profissional, Rosa Monforte, diretora geral da ERP Portugal, entidade gestora de reciclagem de equipamentos elétricos, eletrónicos, pilhas e acumuladores, fê-lo com paixão, empenho e profissionalismo, dando sempre o melhor de si. Licenciada em Marketing e Publicidade, pelo IADE, começou o seu percurso profissional como gestora de serviços de apoio ao cliente, num contact center e no espaço de três anos passou por duas multinacionais, tendo depois disso embarcado num projeto, em regime de outsourcing, de gestão de recursos humanos, em Angola e Moçambique, que lhe proporcionou sair da sua zona de conforto. De regresso a Portugal, Rosa Monforte ‘tropeçou’, sem querer, num novo desafio, o mais exigente da sua carreira, que lhe dava a oportunidade de gerir o centro de operações ibéricas da ERP Portugal. Sem ter conhecimento da área ou ambicionado trabalhar em gestão de resíduos, ‘escalou a grande muralha’, e um ano e meio depois é nomeada para o cargo de Business Development Manager. Ao assumir a direção geral da ERP Portugal, em 2016, Rosa Monforte espera continuar a ter a força e a motivação para transformar desafios em oportunidades.

“O meu maior desafio surge em 2011, quando aceito o convite para gerir um Centro de Operações Ibérico de uma Entidade Gestora de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos e pilhas e acumuladores, a ERP Portugal.

Vinda de uma experiência exigente e gratificante de trabalhar em países como Moçambique e Angola, mas na área de Recursos Humanos e gestão de serviços em outsourcing, confesso que, na altura, nem tinha uma ideia formada do que era, nem o que fazia uma entidade gestora de resíduos. Sabia que nada tinha a ver com a minha formação académica e isso, por si só, era já um estímulo extra. E todos me diziam que os resíduos eram o futuro, o que tornava tudo ainda mais desafiante.

Nada no meu percurso profissional me tinha preparado para a gestão de resíduos, mas mais tarde percebi que não há nenhuma licenciatura ou mestrado que o faça, só mesmo trabalhando numa entidade gestora se aprende.

A gestão de uma entidade gestora, que não tem fins lucrativos e que tem uma licença do Estado Português para exercer a sua atividade, é complexa e altamente regulada e isso obrigou a que me aplicasse e que, por várias vezes, trocasse o livro de leitura de cabeceira por decretos-lei e regulamentos, o que na realidade, ainda hoje, acontece muitas vezes.

É preciso conhecer muita legislação para cumprir com as obrigações legais e este é um setor muito dinâmico e central na atualidade, uma vez que economia circular e sustentabilidade passaram a fazer parte do léxico comum. E cuidar do ambiente, atualmente, mais do que um tema urgente, tornou-se uma emergência, pois, se nada fizermos, o futuro do nosso planeta e da humanidade pode estar comprometido. E já não estamos a falar de possibilidades, as evidências estão aos olhos de todos.

A acrescer a tudo isto, o âmbito territorial não se limitava a Portugal, a gestão do centro nevrálgico das operações de recolha de resíduos estendia-se também a Espanha, por isso, era preciso gerir os pedidos de recolha e os envios a tratamento dos resíduos, em ambos os países. Duas línguas distintas e duas legislações distintas, ainda que similares, pois as legislações nacionais são fruto da transposição de diretivas comunitárias, com objetivos definidos e comuns a todos os estados-membros.

Os anos foram passando, bem como as funções que ocupei na empresa se foram sucedendo, até ter sido convidada a assumir a Direção Geral, em 2016. Daí para cá, os desafios aumentaram, as responsabilidades também e apesar de um quadro regulatório que continua em permanente alteração, o que acresce complexidade à nossa gestão diária, a verdade é que me sinto muito realizada e orgulhosa do trabalho que desenvolvemos diariamente em prol do que acreditamos ser o nosso contributo para um mundo melhor.

Grata a quem viu em mim o potencial e que me ajudou a crescer e a superar-me e à minha equipa, excelentes profissionais que me têm ajudado a mim e a centenas de aderentes dos nossos sistemas integrados, empresas, comerciantes, distribuidores e outras entidades, a contribuir para um futuro mais sustentável.”

 

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