Como a mentoria ajuda as mulheres a superar a síndrome do impostor

A maioria das mulheres já experimentou aquela falta de autoconfiança incapacitante, que afeta profundamente o seu desempenho. Um estudo recente da KPMG, revela que 75% das executivas de topo já sofreu da síndrome do impostor durante a sua carreira.

As mulheres são mais afetadas pela síndrome do impostor.

“Não estou à altura do cargo e vou falhar.” A maioria das mulheres já sentiu esta falta de autoconfiança incapacitante, um gatilho que afeta profundamente o seu desempenho profissional. Um estudo da KPMG, do ano passado, revelou que 75% das mulheres executivas de elevado desempenho, que estão a um ou dois passos de distância de cargos de topo, afirmam ter sofrido da síndrome do impostor durante a carreira.

Os resultados mostram ainda que 56% relata ter tido medo de não corresponder às expectativas ou de que as pessoas à sua volta não acreditassem que eram tão capazes como elas. “É o medo de não sermos suficientes, de termos chegado onde chegámos por sorte e não por competência, de não haver lugar na sala para nós ou de não merecermos um lugar”, explica ao bizwomen Leena Rinne, diretora de coaching na empresa de executive search Skillsoft. O estudo revelou que 81% das inquiridas sentem que exigem mais de si próprias para não falharem do que os homens. Por outro lado, 54% das executivas consideram que quanto mais bem-sucedidas se tornam, mais solitárias ficam quando entram em novos grupos de pares.

Quando se viram confrontadas com uma situação em que duvidavam da sua capacidade, 72% das executivas afirmaram ter procurado um mentor. Para Leena Rinne, a mentoria tem duas funções principais para uma organização: “o mentor orienta e ajuda as mentees a desenvolver competências e, ao mesmo tempo, oferece apoio, o que permite a quem esteja a sofrer da síndrome do impostor encontrar conforto e um espaço seguro para falar sobre as suas vulnerabilidades.” Enquanto os homens se sentem à vontade para assumir o crédito pelas suas conquistas, as mulheres atribuem o seu sucesso à sorte, às circunstâncias ou às pessoas que as rodeiam. Mas “os mentores conseguem ver qualidades que não vemos em nós próprias”, diz a coach, “e podem ajudar as suas mentees a ultrapassar a propensão de subestimarem o seu valor, reforçando a sua autoconfiança.”

 

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