Um estágio académico no setor da banca durante a licenciatura em Controlo de Gestão, no ISCAC, ditou a ligação de Marta Bento à Caixa Geral de Depósitos, uma relação que já dura há mais de 26 anos, metade dos quais a desempenhar o cargo de gerente de sucursal, na região de Coimbra. Tem um MBA em Gestão da Felicidade e do Capital Emocional nas Organizações, e tem focado a sua liderança em dois pilares: o desenvolvimento dos colaboradores e a felicidade no trabalho.
O gosto e curiosidade em experimentar novos desafios, aliado à vontade constante de evoluir, crescer e aperfeiçoar as capacidades de liderança, levaram-na a fazer o programa One Step Ahead – Líderes no Feminino. Não tem dúvidas de que esta formação executiva, uma parceria entre a Executiva e a AESE, teve um forte impacto na sua vida. Ter conhecido outras executivas inspiradoras disponíveis para partilhar o seu conhecimento foi a cereja no topo do bolo.
Formou-se em Controlo de Gestão e desde o início que dirigiu a sua carreira para o setor da banca. O que a atraiu nesta área?
A minha entrada no setor bancário foi impulsionada pela forte presença da Caixa Geral de Depósitos no meio académico. Inicialmente, estagiei através de um protocolo escolar e, ao aproveitar essa oportunidade, acabei por construir a minha carreira no setor.
Tem a particularidade de estar há 26 anos na mesma empresa. Qual o segredo da longevidade da sua relação com a Caixa Geral Depósitos?
O segredo para uma relação duradoura com a Caixa Geral de Depósitos reside na minha abordagem flexível à função. Ao longo de 26 anos, explorei diversas áreas dentro da instituição, sempre encarando cada função como uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento de competências. Um dos meus lemas é: a função é aquilo que fizermos dela.
Quem não está nos grandes centros tem menos oportunidades de progressão na carreira. O desafio é redescobrir como causar mais impacto, como inovar e criar novas funções no local onde estamos, para contribuir para a rentabilidade da empresa.
Quais os principais desafios que enfrenta atualmente na sua função?
A banca tem sofrido enormes transformações ao longo do tempo fruto da evolução tecnológica e da necessidade de termos processos que tornem o banco mais rentável. Quem não está nos grandes centros, designadamente na capital onde se reúnem os serviços centrais, tem menos oportunidades de progressão na carreira e de evolução. O desafio passa por redescobrir como causar mais impacto, como inovar e criar novas funções no local onde estamos, de forma a contribuir para a rentabilidade da empresa.
Porque decidiu fazer o programa One Step Ahead – Líderes no Feminino?
O programa OSA tem uma estrutura extremamente bem conseguida que nos permite explorar temas centrais do mundo executivo e tópicos de relevância atual. Para além disso, oferece acesso a pessoas notáveis, com trajetórias inspiradoras, que nos desafiam a refletir sobre o nosso percurso, adquirir ferramentas para reposicionarmos a nossa trajetória e expandir o nosso conhecimento do mundo empresarial. É um programa muito atrativo! Estou neste momento a terminar o Executive MBA na AESE, e o OSA surgiu com um posicionamento na área da liderança feminina, o que para mim fez sentido e complementa a minha formação.
Participar ativamente neste tipo de programas é um meio de me conhecer melhor, de compreender melhor as minhas capacidades, de que forma me posiciono no mercado e refletir sobre o meu percurso.
Qual foi o impacto deste programa na sua vida?
Participar ativamente neste tipo de programas é um meio de me conhecer melhor, de compreender melhor as minhas capacidades, de que forma me posiciono no mercado e refletir sobre o meu percurso. No OSA conheci pessoas inspiradoras e disponíveis para partilhar o seu conhecimento.
Onde ambiciona estar daqui a cinco anos?
Aprecio profundamente a vivência de novas experiências, sendo imperativo para mim experimentar um constante processo de crescimento, evolução e aprendizagem. Estou segura de que o investimento em formação de topo como o OSA e o Executive MBA, na AESE, apoiado pela CGD, será estrategicamente impulsionado pela instituição para catalisar o crescimento interno da organização. Acredito que o investimento neste tipo de conhecimento não apenas enriquece os profissionais envolvidos, mas também contribuirá significativamente para fortalecer e promover o talento interno, alavancando assim o progresso e a expansão da CGD. Estou grata à CGD e completamente disponível para retribuir à instituição a aposta que fizeram em mim.
Também faço parte do Central Brain Trust, um clube privado de executivos, fundado há mais de cinco anos pelo meu companheiro de vida, e é também nesse espaço que vou tendo oportunidade de estar em contacto com os melhores CEO de Portugal (de empresas portuguesas e das multinacionais presentes no país) que de uma forma gentil e despretensiosa partilham o que de melhor sabem e fazem.
Que conselho deixaria a uma jovem executiva que queira fazer carreira na sua área?
Uma jovem executiva deve explorar diversas áreas corporativas para identificar aquelas que melhor se alinham às suas competências naturais. É essencial que invista em formação para aprimorar capacidades técnicas e comportamentais, fundamentais para impulsionar a sua carreira. A formação contínua e a confiança no seu desempenho profissional são determinantes.
Além disso, é aconselhável procurar mentores experientes para orientação e desenvolvimento, e investir em networking premium para melhor se posicionar no meio corporativo. Acima de tudo, é crucial estabelecer metas ambiciosas, sonhar grande, visando conquistar progressivamente novos desafios e expandir a sua influência no seu percurso profissional.
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