Em 2022, a diferença global entre géneros foi reduzida em 68,1%. No ritmo atual de progresso, levará 132 anos para atingirmos a paridade total. Isso representa uma ligeira melhoria de quatro anos em comparação com a estimativa de 2021 (136 anos até a paridade). No entanto, não compensará perda que ocorreu entre 2020 e 2021: de acordo com as tendências até 2020, a paridade deveria ser atingida em 100 anos. Estes são dados revelados pelo Fórum Económico Mundial no seu 16.º Relatório Anual sobre a Disparidade Global de Género, publicado este mês.
O relatório do Fórum Económico Mundial indexa o progresso de 146 países em direção à paridade nos domínios da participação económica e das oportunidades, dos resultados da educação, da saúde e sobrevivência, e do empoderamento político. Este ano, a nível mundial, a diferença de género na saúde e sobrevivência situou-se em 95,8%, os resultados educativos em 94,4%, a participação e oportunidade económica em 60,3%, e o empoderamento político em 22%.
Embora nenhum país tenha ainda alcançado a paridade total, este relatório do Fórum Económico Mundial mostra que as 10 economias mais poderosas do mundo resolveram pelo menos 80% das disparidades. A Islândia, com 90,8% de paridade, lidera o rankingpelo 13.º ano consecutivo e continua a ser o único país a ter resolvido mais de 90% das disparidades de género. Portugal surge na 29.ª posição, tendo conseguido resolver apenas 76,6%.
Leia outros artigos sobre igualdade de género aqui.