O Prémio Executivas do Ano é o único em Portugal que reconhece a capacidade de gestão, de liderança e de empreendedorismo feminino, distinguindo as quatro mulheres de negócios que mais se destacaram, este ano, nas seguintes categorias: Gestora, Empresária, Empreendedora e Revelação.
As premiadas são escolhidas por um júri, composto pelos membros do Conselho Editorial da Executiva, que pela sua experiência e funções, conhecem bem o tecido empresarial português.
As vencedoras foram:
Gestora: Clara Raposo, vice-Governadora do Banco de Portugal
Empresária: Isabel Furtado, CEO da TMG Automotive e administradora do Grupo TMG
Empreendedora: Daniela Braga, fundadora e CEO da Defined.ai
Revelação: Juliana Oliveira, cofundadora e CEO da Olimec
“Esta é uma iniciativa de grande significado para a Executiva porque sentíamos que para toda a comunidade de mulheres de negócios portuguesas fazia falta um prémio que a cada ano enaltecesse e desse visibilidade à sua boa prestação. Assim, é a primeira edição daquele que esperamos se venha a tornar um grande momento anual de celebração da capacidade de gestão, de liderança e de empreendedorismo das mulheres portuguesas”, anunciaram Isabel Canha e Maria Serina, as fundadoras do site Executiva, na cerimónia de entrega do prémio que decorreu no ISEG a 23 de novembro de 2023.
Clara Raposo, vice-Governadora do Banco de Portugal, destacou que “enquanto houver caminho a fazer, prémios como este ajudam a demonstrar que há mulheres que desempenham, com igual desembaraço e sucesso, funções que eram anteriormente ‘masculinizadas’. Elimina-se um estereótipo sem sentido, e mais mulheres pensam ‘porque não eu também?’ e mais homens e mulheres dizem ‘claro!’.”
A empresária Isabel Furtado, CEO da TMG Automotive e administradora do Grupo TMG, salientou que “o prémio da Executiva, sendo atribuído apenas a mulheres, tem um sentido especial, não propriamente por eu ser a primeira a recebê-lo, mas sim porque finalmente surge este Prémio, que reconhece e honra as muitas mulheres que dedicam as suas vidas, profissionais e pessoais, às organizações que lideram.”
A empreendedora Daniela Braga, fundadora e CEO da Defende.ai, não esteve presente, mas agradeceu o prémio através de uma mensagem que chegou em vídeo: “A Executiva faz uma excelente promoção de carreiras menos comuns, carreiras em empreendedorismo, em STEM, e nas várias áreas de negócio em que as mulheres são menos representadas. Que sirva de modelo de inspiração para outras que estão a começar ou a continuar os seus negócios, que encontram desafios e dificuldades ao longo do seu percurso, e que nunca desistam.”
O prémio Revelação foi atribuído a Juliana Oliveira, cofundadora e CEO da Olimec, que se mostrou especialmente feliz em receber este prémio que “é o reconhecimento de algo de bom que fizemos, porque mostra aos outros que se o recebemos, é porque somos dignos dele e porque prova que o lugar das mulheres é onde elas quiserem seja de saltos seja de botas de biqueira de aço”.
O Prémio Executivas do Ano 2023 contou com o apoio da Samsung, ISEG e Clarins, que tiveram os seus respeitantes presentes para entregarem os troféus às vencedoras.
Ana Oliveira, diretora de marketing e Retail da Divisão Mobile da Samsung Electronics, destacou que “para a Samsung é muito importante esta associação, porque na verdade somos inovadores, a inovação está no nosso ADN, e estas quatro mulheres fazem isto todos os dias ao longos destes anos, dando o exemplo a tantas outras e outros à nossa volta. Para nós é importante destacar estes prémios e dar-lhes visibilidade”.
Na sua intervenção, João Duque, presidente do ISEG, justificou a razão porque esta instituição centenária se associou a este Prémio: “No ISEG padecemos de ser uma escola muito antiga e que tem o enviesamento de ser muito masculina. Temos 61% do quadro permanente de docentes de carreira composto por homens, só 39% são mulheres. Esta escola chegou a ter a primeira aluna de economia de Portugal, mas o nome dela, quando fizeram o arrolamento dos alunos foi mudado, de Catarina para Catarino, porque o amanuense que fez a lista achou que era um erro e que não fazia sentido haver uma senhora a estudar economia. Esta escola teve a primeira professora de Economia, que sofreu pelo facto de um antigo diretor dizer que não se deveria contratar mulheres para professores, porque os alunos nunca respeitariam uma mulher professora. Esta escola tem este passado, mas hoje estamos perfeitamente empenhados em modificar este padrão. Esta iniciativa é profundamente merecedora do nosso aplauso, porque é inspiradora para que mais mulheres tenham a coragem de se afirmar e para fazer lembrar aos homens que devem dar espaço às mulheres que, muitas vezes, estão sobrecarregadas com tarefas que, por motivos culturais, os homens não fazem. É preciso que eles percebam que se não o fazem, se isso atrasa as carreiras das mulheres, é fundamental que deem espaço para as mulheres ocuparem os lugares que merecem, porque elas não erram tanto quanto os homens.”
“Este Prémio é importante para valorizar e reconhecer a qualidade do trabalho destas executivas, com quem podemos inspirar-nos nas suas conquistas, podemos aprender com as suas boas práticas”, salientou Cristina Saiago, diretora geral da Clarins, “este projeto pretende promover uma cultura de liderança positiva e estas lideranças positivas servem as equipas e servem as comunidades”, salientou.
O Prémio Executivas do Ano será atribuído, anualmente, às executivas de nacionalidade portuguesa ou que desenvolvam a sua atividade profissional em Portugal, que durante o ano em análise se tenham distinguido pela sua relevância económica, inovação ou performance.
Leia as entrevistas com as vencedoras do Prémio Executivas do Ano 2023.
