Em 2012, a jurista Maria da Glória Garcia foi escolhida como reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP), sucedendo a Manuel Braga da Cruz, que nesse ano terminou o seu terceiro mandato. Apesar de fazer história como a primeira reitora da instituição, para Maria da Glória Garcia essa não representou a principal vitória da sua carreira. Colocar o ponto final na tese de doutoramento foi o momento mais significativo de todo o seu percurso. “Mais importante do que a prova pública de doutoramento, do que chegar ao fim da carreira com a agregação e, depois, ser catedrática, foi aquele momento em que, sozinha, em casa, coloquei um ponto nal na tese de doutoramento, que me encheu as medidas. Tinha conseguido o que queria: arrancar de dentro de mim um texto científico com sentido e novidade”, explica.
Nunca desejou os cargos pelo poder ou o status que lhes estão associados, mas as suas qualidades não passaram despercebidas e os convites vieram bater-lhe à porta. Antiga diretora da Faculdade de Direito e vice-reitora da UCP (2000-2004), o anúncio da sua escolha não surpreendeu ninguém. A impressão que a professora deixa é a de aliar o elevado perfil intelectual à inteligência emocional e às capacidades humanas. A sua capacidade de mobilização das outras pessoas já era também conhecida. Só a nomeada ficou surpreendida com a indigitação.
Licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1976, com a nota máxima de 18 valores nos dois últimos anos, a mesma que alcançaria no mestrado, em 1988, e no doutoramento, em 1994, provas que prestou na Faculdade de Direito da UCP.
Iniciou a carreira académica como assistente da Faculdade de Coimbra, onde permaneceu até 1978, altura em que se mudou para Lisboa. Foi assistente (1978-1994), professora auxiliar (1994-1999), professora associada (1999-2009) e professora catedrática (desde 2009) da Faculdade de Direito da UCP. Foi ainda professora auxiliar (1995-1999) e professora associada da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1999-2009). Foi jurista do Centro de Estudos Fiscais do Ministério das Finanças (1978-1982) e fez parte de várias comissões de elaboração ou revisão de leis, nomeadamente, da Lei da Nacionalidade, do Projeto de Lei da Reforma Administrativa, Código do Procedimento Administrativo, e do Projeto de Código do Consumidor.
Detém o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, concedido pelo Presidente da República, Mário Soares, em 1995, às mulheres doutoradas em Direito em Portugal. Colaborou na Enciclopédia Verbo, Enciclopédia Polis, Dicionário Jurídico de Administração Pública e na International Encyclopaedia of Laws – Kluwer Law International. É membro fundador da Societas Iuris Publici Europaei (SIPE), associação constituída em Frankfurt (Alemanha), em 2004, dedicada ao direito público europeu, membro do Groupe Européen de Droit Public, com sede em Atenas, e foi consultora do Center for Civic Education, com sede em Los Angeles. É ainda académica correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Internacional da Cultura Portuguesa.
GARANTA O SEU LUGAR
Maria da Glória Garcia vai integrar a mesa redonda ‘Como a liderança feminina está a mudar as empresas’, em que também participarão Isabel Vaz, CEO da Luz Saúde, Madalena Tomé, CEO da SIBS, Teresa Carvalho, diretora do Gabinete Jurídico & Compliance da Liberty Seguros, e Maria João Ricou, diretora-geral da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira, numa conversa conduzida por Alexandre Real, managing partner da Sfori. António Ramalho, CEO do Novo Banco e um defensor da igualdade de género e da ascensão das mulheres nas empresas, será o key note speaker da conferência.
Garanta já a sua presença neste evento, que vai realizar-se no dia 24 de novembro, no Auditório Cardeal de Medeiros, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. Os lugares são limitados.
Esta conferência conta com o patrocínio da Liberty Seguros, Novo Banco, Transearch e o apoio da Universidade Católica Portuguesa.