A edição inglesa de novembro da revista Elle dedicou-se ao tema Feminismo e avançou com uma campanha para abrir o debate sobre a igualdade de géneros. Com o vídeo More Women a revista quer mudar a narrativa instalada na sociedade de que as mulheres de sucesso são sempre “individualistas ferozes preocupadas com o seu próprio sucesso” e não se apoiam entre si.
A Elle quer gerar uma conversa mais positiva, refletir sobre o papel feminino a nível global e chamar a atenção para as lacunas na representação feminina em muitos lugares de topo.
É um facto que as mulheres estão ausentes, ou são minoria, em muitas áreas importantes da vida pública. Para o realçar, a publicação não está de modas e puxa pelo photoshop. Mas agora aplica a técnica aos homens, não às gordurinhas e rugas instaladas, mas sim aos lugares de liderança onde eles maioritariamente estão instalados.
Tirar os homens de cena
Assim, os homens foram retirados de cena para evidenciar o desiquilíbrio em diversas áreas do poder mundial e mostrar que são poucas as mulheres em posições de liderança.
No vídeo são apresentados vários encontros políticos nas Nações Unidas, nos parlamentos, no Palácio de Buckingham, reuniões e programas televisivos onde, por intermédio daquela técnica, os homens desaparecem e ficam, poucas e desoladamente solitárias, imagens como a de Angela Merkel, Hillary Clinton ou Emma Watson.
Paralelamente, a Elle também convida as leitoras a passar a palavra e a publicar fotos de mulheres todas juntas para acabar com a ideia de rivalidade feminina e mostrar que elas estão preparadas para assumir cargos de liderança. O desafio é feito nas páginas do Facebook, Twitter e Instagram com a legenda: “One woman’s success makes EVERY WOMAN STRONGER. More women for #morewomen#ELLEFeminism”.