Por um futuro melhor

Para Magda Nunes de Carvalho, managing partner da agência de comunicação MNC Consulting, ligada ao Lisbon Project, um grupo 100% nacional com escritórios nos Estados Unidos e em Moçambique, as marcas devem encontrar o seu propósito — sendo ativistas, ajudando o consumidor a ter pensamento crítico — para que este possa responder oferecendo-lhe a sua confiança.

Magda Nunes de Carvalho é managing partner da MNC Consulting, do grupo Lisbon Project.

Se há uma mensagem a reter destes tempos de pandemia é o poder da comunicação e a força das suas mensagens junto dos consumidores. É precisamente em momentos de incerteza, como o que atravessamos, que as marcas devem fazer jus ao seu propósito de representar confiança e de intervir junto da opinião pública, mostrando que têm um papel social a cumprir.

Nestes momentos, as marcas ganham ainda mais relevância e têm a sua oportunidade de brilhar de mostrar aos consumidores todo o seu apoio, numa fase menos positiva das suas vidas, mostrando-lhe que cumprem um propósito concreto, para que, assim, estes se revejam nos seus produtos e se sintam emocionalmente (e racionalmente) relacionados com as marcas.

Para garantir um “casamento para a vida” com os seus consumidores, a comunicação mais do que nunca, quere-se ágil, criativa e estratégica e, claro, próxima. É necessário conhecer as suas ambições, medos e expectativas, e apresentar soluções eficazes e adequadas que respondam as estas questões, com as melhores ideias, operacionalizadas nos canais mais eficazes.

Cabe às marcas o dever de estarem atentas aos novos hábitos de consumo para agirem em função da evolução e das necessidades dos consumidores. Para cumprirem o seu propósito de serem socialmente responsáveis, as mensagens têm de ser relevantes, caso contrário o consumidor, sensível e cansado, não perdoará mensagens descontextualizadas ou oportunistas.

Para garantir a genuinidade das suas intenções e a consistência com o seu propósito, as marcas devem garantir autenticidade entre o que oferecem e construir junto dos consumidores a sua proposta de valor, garantindo uma proximidade com a comunidade e a identificação com questões centrais como por exemplo, a associação aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, exemplificando de que forma contribuem para a mudança.

Para garantir a genuinidade das suas intenções e a consistência com o seu propósito, as marcas devem garantir autenticidade entre o que oferecem e construir junto dos consumidores a sua proposta de valor, garantindo uma proximidade com a comunidade e a identificação com questões centrais como por exemplo, a associação aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, exemplificando de que forma contribuem para a mudança.

Este caminho de simbiose, entre as marcas e o consumidor, pode e deve ser um caminho de descoberta, de novos produtos e serviços, que consigam atingir o potencial das marcas junto dos consumidores. Para tal, é necessário perceber quais as suas aspirações: o que procuram, o que rejeitam e o que gostariam de encontrar e o mercado (ainda) não apresenta.

Segundo um estudo da Edelman Trust Barometer Special – Report Brand Trust in 2020, as marcas estão a passar por uma reorganização estratégica e pela redefinição de prioridades: é esperado que as marcas se envolvam com os consumidores e que sejam socialmente ativas, contribuindo para a mudança. No mesmo estudo, 74% dos inquiridos expressam que o impacto de uma marca na sociedade é uma razão pela qual a confiança na marca se tornou mais importante.

As marcas devem encontrar o seu propósito — sendo ativistas, ajudando o consumidor a ter pensamento crítico — para que este possa responder oferecendo-lhe a sua confiança. A verdade é que ainda existe um longo caminho a percorrer, é um trabalho constante, mas o mais importante é saber, e provar com resultados, que o estamos a trilhar, por um futuro melhor.

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