Para assinalar o Dia da Igualdade da Mulher, celebrado a 26 de agosto, 29 grandes empresas norte-americanas assinaram o Pacto pela Igualdade Salarial, lançado por Barack Obama na cimeira United States of Women, há pouco mais de dois meses. Engrossando o rol de 55 empresas que já subscreveram este manifesto, colossos do setor privado como a Apple, o Facebook, a Microsoft, a IBM, a Coca-Cola, a Nike e a General Motors comprometem-se assim a pagar salários iguais a homens e mulheres que desempenhem as mesmas funções.
Além de envidar todos os esforços para pôr fim à discriminação remuneratória consoante o género nas suas próprias fileiras, fazendo da igualdade salarial um pilar corporativo, os signatários deste documento prometem rever os processos de contratação e promoção de trabalhadores, de modo a eliminar quaisquer barreiras que prejudiquem as mulheres na evolução das suas carreiras.
Nos Estados Unidos, uma mulher ganha, em média, 79 cêntimos por cada dólar ganho por um homem.
Integrando uma iniciativa de fundo do governo norte-americano, que já mobilizou 50 milhões de dólares, com vista a expandir as oportunidades e melhorar as condições de vida das mulheres e raparigas nos Estados Unidos, este pacto procura contribuir para pôr termo ao fosso que continua a colocar o sexo feminino em desvantagem em matéria salarial, um pouco por todo o país. Segundo dados divulgados pela Casa Branca, em 2016, uma mulher ganha, em média, 79 cêntimos por cada dólar ganho por um homem. Uma cifra que baixa para os 64 e 54 cêntimos, respetivamente, no caso das mulheres afro-americanas ou latinas.
Para Barack Obama, o compromisso destas empresas com a paridade salarial entre homens e mulheres deve ser aplaudido, mas também servir de exemplo a outros empregadores. “Devemos encorajar outras companhias a juntarem-se a elas”, defende. Uma opinião partilhada por Valerie Jarrett, assessora do presidente norte-americano, que considera que esta medida trará benefícios estruturais para o país. “Acreditamos que a promoção da igualdade salarial e de políticas de trabalho mais justas impulsionará não só as empresas individualmente, mas a economia como um todo.”