A menina moçambicana tornou-se conhecida quando, em 2013, perguntou a Ban Ki-moon como poderia uma menina como ela ocupar um dia o lugar dele. A pergunta da jovem defensora dos direitos de jovens, na altura com apenas 17 anos, levou o então secretário-geral da organização a incentivar as mulheres a serem mais ambiciosas nos seus sonhos – ao fim de sete décadas de organização era tempo de a ONU ter uma liderança feminina.
E Raquelina Langa agarrou-se ao seu sonho. Em 2014, durante uma visita à sede da ONU em Nova Iorque, admitiu que iria esforçar-se para o concretizar: “Se eu lutar, creio que sim, não fica só num sonho”. Mas acabou por não o conseguir. A notícia da sua morte foi conhecida no final da semana passada. Morreu de doença prolongada. Não chegou à liderança da ONU mas de certeza que a sua determinação vai inspirar outras jovens a chegar lá.