De CEO para CEO: As políticas de diversidade resultam?

O desafio já está lançado nos corredores de muitas empresas. As diferenças podem trazer soluções mais completas e enriquecedoras. Dar as mesmas oportunidades às mulheres não só é justo, ético, como incrementa a captação de talento.

O conceito de diversidade incluiu uma série de características individuais e culturais que cada vez mais circula no discurso das empresas, e começa a ser ponto assente que estas políticas incrementam a competitividade e permitem às empresas tirar partido de um enorme potencial resultante das diferenças entre os colaboradores.

O tema esteve em debate na última mesa redonda promovida pela L’ Óreal e pela Executiva. As CEO Teresa Cardoso de Menezes (Informa D&B), Inês Caldeira (L’Oréal), Sofia Tenreiro (Cisco), e Ana Cláudia Ruiz (Diageo) foram unânimes em afirmar que o respeito pelas políticas de diversidade e a representatividade de géneros nas organizações são fatores de enriquecimento, de valorização, e de reconhecimento mútuos.

Hoje tenho em casa todas as ferramentas de gestão como se estivesse no escritório.

Veja as ideias apontadas nesta mesa redonda sobre um tema de enorme importâncias para as organizações e para as suas lideranças.

O facto de algumas empresas permitirem um horário de trabalho flexível, como acontece com a Cisco, refere a CEO Sofia Tenreiro, permite que os colaboradores tenham mais autonomia no trabalho mas também muita responsabilidade, o que faz com que o dia a dia seja gerido de uma forma mais individualizada mas sempre baseado na confiança. “As ferramentas informáticas de colaboração permitem trabalhar de forma mais eficiente e mais remota também. Hoje tenho em casa todas as ferramentas de gestão como se estivesse no escritório”.

O equilíbrio entre as diferentes gerações é fundamental para a equidade. “Nunca no mercado houve uma convivência tão grande de diferentes gerações”, refere Inês Caldeira. Como a idade da reforma está cada vez mais distante é preciso que as empresas garantam que não têm colaboradores info excluídos. “A tecnologia deve promover a equidade nas mulheres e a inclusão não pode esquecer a comunidade estrangeira e as pessoas com limitações”.

As empresas têm de saber aconchegar as pessoas em cada fase da vida.

O grande desafio nas empresas está também nas idades: mais avançadas, porque se trabalha cada vez até mais tarde, e nos mais jovens que adiam cada vez mais a maternidade. “É preciso saber-se que para cada fase da vida as empresas têm de aconchegar as pessoas”, lembra Teresa Cardoso de Menezes, da Informa D&B.

Gerir a família e a carreira continua a ser uma questão fulcral mas os critérios de diversidade também têm de olhar para outras diferenças que vão além do género. Diferenças individuais como a idade, a cultura, a religião, a experiência, a etnia, a nacionalidade, também devem estar contempladas.

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