2ª Grande Conferência Liderança Feminina: Carla Baltazar

Licenciada em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico, Carla Baltazar chegou à Accenture em 2001 para se dedicar, inicialmente, ao desenho detalhado, implementação e apoio pós-produtivo de soluções SAP (sigla para “Sistemas, aplicações e produtos”). A sua experiência nesta área levou-a a trabalhar com clientes em Portugal, Espanha, Holanda e Angola. Assumiu depois a gestão de outsourcing de processos de negócio de clientes do setor Utilities. Hoje é senior manager na área de Operations – Business Process Services da Accenture Portugal.

Na 2ª Conferência de Liderança Feminina, Carla Baltazar será uma das oradoras na mesa redonda “Liderança 4.0 – O mindset do novo líder”, que refletirá sobre as transformações tecnológicas que já se impõem às empresas e ao mundo laboral, e os desafios que colocam à nova geração de líderes.

Estão os novos líderes preparados para lidar com as rápidas mudanças que a evolução tecnológica imprime hoje às empresas e à vida dos colaboradores?
Os líderes de hoje têm consciência que necessitam de ter uma perspetiva contínua de autoaprendizagem para lidar com a realidade laboral. A liderança e o seu estilo de coordenação têm de estar em constante evolução e, para tal, os líderes têm vindo a desenvolver os seus próprios skills de um ponto de vista holístico. Esta vertente inclui componentes relacionais para desafios, a motivação das novas gerações, a constante atualização de conhecimento em novas tecnologias, ou como os vários negócios têm de se (re)inventar para continuarem sustentáveis.

Quais as estratégias que as empresas devem acionar para promover o talento jovem com potencial de liderança?
À semelhança dos projetos de implementação de sistemas que deixaram de ser compostos por longos meses/anos e, atualmente, têm um período mais curto até à sua disponibilização, também o desenvolvimento de capital humano tem de passar a ser constituído por ciclos mais curtos de aprendizagem e evolução. As empresas têm de ter claro que a sociedade e as pessoas esperam tudo a uma velocidade mais rápida e essa consciência tem de moldar a forma como as empresas podem obter o melhor rendimento e motivação dos jovens talentos. Às novas gerações devem ser dados, desde cedo nas suas carreiras, desafios de menor dimensão, curta duração e com maior autonomia. Com esta estratégia, qualquer erro devido à falta de preparação terá impacto controlado e os casos de sucesso trarão um benefício de grande impacto por se conseguir obter abordagens mais disruptivas associadas à liberdade criativa e sucessivos sentimentos de realização com estímulos a futuras conquistas. Com a criação de ciclos contínuos de crescente responsabilidade, o desempenho dos jovens talentos tornará a sua performance exponencialmente melhor, bem como os resultados obtidos globalmente pelas suas empresas.