Quase apetece dizer “soma e segue” mas isso parece um slogan e não é essa a intenção. Porém, o “soma e segue” resume bem as vantagens das empresas com mulheres em lugares de direção e administração, que apresentem performances e resultados reais que surpreendem por serem desconhecidos. Mas o mundo do trabalho continua a preferir tocar as mesmas teclas e insistir nos “telhados de vidro”: a maternidade, a conciliação pessoal e profissional, as gritantes desigualdades salariais.
Ditam as estatísticas que quanto maior é uma empresa menor é a probabilidade de ser dirigida por uma mulher. A nível mundial, 87% das empresas são lideradas por homens e 13% são comandadas por mulheres, salientam os números da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A realidade profissional é francamente desfavorável para as mulheres e os progressos alcançados continuam a ser insuficientes.
O caminho para o topo é “muito íngreme”
Os números mostram também que a presença das mulheres no mercado de trabalho “é cada vez mais significativa para o crescimento económico e para o desenvolvimento empresarial e nacional”. Só que o caminho é “muito íngreme” e poucas chegam ao topo da escada organizacional.
É preciso mostrar as vantagens do reconhecimento e do apoio ao talento das mulheres. De acordo com a revista Fortune as empresas com três ou mais mulheres na cúpula diretiva têm 50% mais lucros do que as empresas sem mulheres nessas funções. O estudo mostra ainda que a entrada de mulheres nos lugares de administração e direção traduz-se em benefícios reais para as empresas.
O QUE TRAZEM AS MULHERES AO MUNDO DO TRABALHO
- Maior orientação ao cliente e foco nos objetivos estratégicos definidos. As mulheres sabem desligar-se do secundário e ir ao que de facto interessa, ao que traz valor e a satisfação dos clientes.
- Mais eficiência na coordenação e na liderança emocional das equipas, que se traduz na direção de equipas de alto rendimento. A entrada da competência emocional feminina dá mais coordenação e diversidade às equipas e mais confiança e cooperação entre os elementos do grupo.
- Adequação ao desenvolvimento pessoal dos vários elementos. As mulheres são mais empáticas e permitem o desenvolvimento de um futuro profissional e a promoção dos elementos com alto potencial, o que dá confiança e trabalha para o sentimento de pertença ao grupo.
- Deixam fluir a criatividade e aplicam perspetivas diferentes na resolução dos assuntos. Isso não significa que as mulheres concorrem com o estilo masculino mas que têm uma linha própria de atuação que põem em destaque as suas caraterísticas pessoais.
- Sabem ouvir, estão dispostas a aprender, resolvem de forma rápida e sabem dizer “não” ao que não é importante. Alguém já disse que o século XXI tem uma nova linguagem em desenvolvimento. Chama-se “idioma Mulher”.
