Quer tenha uma entrevista de emprego marcada quer esteja a pensar em mudar de posição dentro da empresa onde trabalha, nada lhe garante que não seja questionada acerca dos seus pontos fracos. Apesar de ser uma pergunta trivial durante entrevistas de recrutamento, responder à questão “Qual é a sua maior fraqueza?” continua a desconcertar e a confundir os candidatos.
Então, por que razão os recrutadores colocam esta pergunta? “O principal objetivo é perceber se o candidato tem um bom conhecimento de si próprio e dos seus pontos de melhoria”, revela Nuno Gonçalo Simões, Human Capital Coordinator da PwC para Portugal, Cabo Verde e Angola. Caso essa auto-consciência exista, o resultado será positivo, uma vez que, dependendo da resposta, “permite que o recrutador conheça um pouco mais o candidato, a sua forma de pensar, as suas eventuais limitações para a função e até as iniciativas que tem tido para corrigir esses aspectos”.
O que deve responder
A resposta deve ser sincera e será uma mais-valia se for previamente preparada, para evitar que a sua eliminação do processo de recrutamento. “Um bom método será, por exemplo, fazer previamente uma reflexão acerca dos pontos que consideramos ter a melhorar e dessa lista de pontos cruzar com os aspectos essenciais da função a que nos estamos a candidatar”, sugere Nuno Gonçalo Simões. Evite mencionar aspetos que sejam passíveis de condicionar a sua escolha, mas, caso o faça, reforce a ideia de que está a tentar corrigi-los, dando exemplos. “É igualmente importante evitar os chavões comuns como a teimosia, perfecionismo, que por norma são utilizados pela maioria dos candidatos”, aconselha.
O que não deve responder
Apesar da importância de dar uma resposta sincera e honesta durante a entrevista, o responsável pelos Recursos Humanos da PwC alerta para a importância de o candidato ter consciência de que está a ser avaliado e entender que as suas respostas podem condicionar o acesso à vaga a que se candidata. “É fundamental que, independentemente da resposta dada, existam exemplos concretos do que estamos a fazer para melhorar esses pontos, garantindo que os mesmos não irão ser decisivos nem impeditivos de uma boa performance para a vaga em questão”, recomenda Nuno Gonçalo Simões.