Desde que se lembra que sonhava em ser advogada. Gosta de tudo na sua profissão – “do contacto com os clientes, de conseguir arranjar-lhes soluções e de ir a tribunal” – e assume que é um privilégio trabalhar diariamente com gosto. Especialista em Direito do Trabalho, nos dias mais longos gosta de se mimar com uma massagem ou deixar-se ficar frente ao rio a desfrutar da vista e do silêncio. Para estar em forma faz aulas de Body Pump, GAP e Localizada, duas a três vezes por semana. Para manter o equilíbrio nunca se esquece que tem uma vida fora do escritório, da qual fazem parte os dois filhos – um rapaz a seguir as suas pisadas em Direito e uma rapariga que já vai a meio do curso de Medicina Dentária. Em entrevista à Executiva, a sócia da Abreu Advogados que foi a primeira managing partner de uma sociedade de advogados em Portugal, revela como é possível ser fiel ao seu estilo numa profissão em que o fato é o principal protagonista.
Como define o seu estilo no dia-a-dia?
Normalmente é um estilo casual chic, combinando peças mais e menos formais, fugindo na medida do possível ao óbvio, tal como o tradicional fato, e não seguindo as tendências da moda “só porque sim”. Os sapatos e os acessórios em geral ajudam-me a fazer a diferença e a torná-lo mais ou menos formal.
De que forma a imagem é importante na sua vida profissional?
É muito importante. Num primeiro contacto a imagem transmitida aos clientes pode fazer a diferença, e na minha profissão a confiança e a sobriedade são muito importantes.
É fácil manter um estilo próprio quando se trabalha numa sociedade de advogados?
Diria que sim, pelo menos faço por isso, inovando nas escolhas. A mesma roupa com sapatos ou adereços diferentes, por exemplo, pode resultar num look completamente diferente.
Numa reunião importante garantidamente não opto por sapatos rasos.
O que veste quando tem uma reunião importante?
Sou muito fiel ao meu estilo, não vai fazer grande diferença do meu dia-a-dia de trabalho. Posso usar tons (ainda) mais monocromáticos, e quase garantidamente não opto por sapatos rasos.
A que recorre naqueles dias em que não sabe o que vestir?
A umas calças pretas, ou a um preto total com sapatos que contrastem. Se quiser cortar um pouco, opto por um blusão de pele.
Quais as peças-chave do seu guarda-roupa?
Calças pretas e beijes, túnicas/tops brancos, boas camisolas para o inverno, sapatos, echarpes e cintos.
Mais do que as marcas, valorizo a qualidade e a originalidade das peças.
O que a faz perder a cabeça?
Sapatos, em sentido amplo, casacos e blusões e acessórios em geral.
Quais as suas marcas preferidos?
Se tivesse que escolher uma seria a Gucci. Mas há muitas outras começando na Zara, passando pela Massimo Dutti, Max Mara, Hoss, Zadig & Voltaire e tantas outras. Mais do que as marcas, valorizo a qualidade e a originalidade e tenho a sorte de conseguir encontrar peças muito interessantes para combinar com outras mais ou menos conhecidas.
Qual a peça mais especial que tem no seu armário?
Não consigo dizer, tirando as básicas quase todas acabam por ser especiais. É por isso que tenho muitas peças com muitos anos e das quais não me consigo desfazer.
Onde faz as suas melhores compras?
Em Portugal ou no estrangeiro, tentando sempre aproveitar boas oportunidades. Hoje temos tudo em Portugal e para todos as carteiras.
Não seguir o meu instinto quando vou às compras é o meu pior faux pas.
Tem o hábito de comprar moda online ou continua a preferir as lojas?
Continuo a preferir as lojas, gosto de ver ao vivo e a cores, de sentir o que estou a comprar
Qual o seu pior faux pas em termos de moda?
Não seguir o meu instinto quanto a comprar ou não comprar alguma coisa.
Que conselho deixaria a uma jovem estagiária para não errar na forma de se apresentar no primeiro dia numa sociedade de advogados?
Nunca se esquecer que está num ambiente de trabalho, adequando o seu estilo ao dress code que encontrar.