Já trabalhou contas nacionais e internacionais em quase todos os setores de atividade, dos automóveis ao papel higiénico, dos bancos às ONGs, conta esta publicitária que é diretora criativa executiva da Young & Rubicam (Y&R) Portugal e já recebeu prémios nos mais importantes festivais de criatividade.
Judita Mota “nasceu em Santarém mas nunca se sentiu ribatejana. Estudou dança no Conservatório mas nunca se tornou bailarina. Tem uma licenciatura em Comunicação Social e nunca foi jornalista”. Foi num estágio que realizou na agência de publicidade DDB, onde entrou com uma “total ignorância do que era a comunicação comercial”, que descobriu o que queria fazer na vida e a partir daí nunca mais deixou os departamentos criativos. Aprecia a informalidade do meio e o facto de ele lhe permitir um estilo mais pessoal. Os sapatos e as luvas de pele em cores alegres são as suas perdições.
Gosto de estar confortável e só tenho uma regra: não ser demasiado boring e não vestir nada de gosto duvidoso.
Como descreve o seu estilo?
Minimalista com um toque de rebeldia. Casual. Descontraído. Bem comportado. Depende dos dias, das ocasiões, da inspiração, da disposição. Sendo diretora criativa numa agência de publicidade não se espera demasiada formalidade o que me assenta que nem uma luva porque gosto de estar confortável e como me dá na gana em determinado dia.
Acho que sou contemporânea sem ceder demasiado às tendências do momento. Basta uma subtileza para mostrar que estou atenta ao que se passa.
De que forma a imagem é importante na sua vida profissional?
Tem uma importância relativa. Espera-se que os “criativos” tenham um estilo descontraído. Ao meu nível algumas ocasiões exigem um pouco mais de formalidade. De resto só tenho uma regra: não ser demasiado boring e não vestir nada de gosto duvidoso.
Quando tenho uma reunião importante aumento uns centímetros nos saltos.
O que veste quando tem uma reunião importante?
Engraçado, não é tanto o que visto, mas o que calço. Minimalista com um toque de rebeldia é o meu estilo de eleição para reuniões importantes e o que faço de realmente diferente é aumentar uns centímetros nos saltos que uso nesses dias.
A que recorre naqueles dias em que não sabe o que vestir?
A minha farda de eleição é skinny jeans pretas e t-shirt de riscas ou jeans e uma camisa branca. Biker jacket em qualquer dos casos. Junto alguns acessórios interessantes ou uns sapatos ou ténis que encham o olho.
Quais as peças-chave do seu guarda-roupa?
Calças de todas as formas e feitios e casacos ou blusões de cabedal. Sapatos, sapatos, sapatos.
Gosto de comprar em locais inesperados one posso encontrar o que não verei nos corredores das Amoreiras.
O que a faz perder a cabeça?
Sapatos, sapatos, sapatos. (não, não é copy/paste) Luvas de pele em cores alegres no Inverno.
Quais as suas marcas preferidas?
Aquelas a que aspiro: miu-miu, Marni, Alexander Wang, Proenza Schouler, Céline. Aquelas que constituem o grosso do meu guarda roupa: COS, hoss, Bimba y Lola, Zara e uns toques de Zadig et Voltaire.
Onde faz as suas melhores compras?
Em lojas que não são de cadeia, em lugares inesperados onde posso encontrar coisas que não verei nos corredores das Amoreiras.
Qual o seu pior faux pas em termos de moda?
Lembro-me de alguns casamentos no inicio dos anos 90 dos quais preferia que não existissem provas fotográficas. E uma espécie de ondulação no cabelo que não correu particularmente bem…
Que conselho deixaria a uma jovem para não errar na forma de se apresentar no local de trabalho?
O mesmo que daria a qualquer outra pessoa: conhecer o seu corpo, não sucumbir às fashion trends a todo o custo, respeitar o que é ou não adequado a cada situação e ter uma dose elevada de auto-confiança. Se juntarem a isso um sorriso bem disposto, nunca erram.