Mariana Salgado é associate manager da área de Marketing & Communications da Accenture, onde é responsável global pela definição e implementação da estratégia de Talent Brand para a Europa, função que acumula com a área de Responsible Business para o mesmo continente.
Trabalha há 15 anos em marketing e comunicação, acumulando já uma considerável experiência na definição, desenvolvimento e implementação de estratégias em diversas áreas como talent brand, social media, digital marketing, comunicação interna, externa e media. Licenciada em Comunicação Social e Cultural, pela Universidade Católica Portuguesa, e pós-graduada em Marketing, pela Católica Lisbon, antes de ocupar a posição atual, liderou a área de recruitment marketing de Software & Platforms da Accenture em Portugal.
“O maior desafio da minha carreira surgiu no âmbito de um processo de profunda transformação da área de Marketing & Communications da Accenture a nível global, durante o ano de 2019.
Nessa altura, a empresa anunciou a implementação de um novo modelo operativo e uma nova estrutura organizacional, que iriam transformar profundamente o modo como passaríamos a trabalhar na área de Marketing & Communications.
Para além de novas metodologias de trabalho mais colaborativas, o processo de transformação promoveu simultaneamente a reestruturação das próprias equipas de Marketing & Communications de todos os países, para o que foram criadas cerca de 200 novas posições e colocadas à disposição dos profissionais da Accenture desta área em todo o mundo. Estando na equipa de Portugal há 8 anos, esta era uma excelente oportunidade de me candidatar a uma função global.
O processo de candidatura tinha uma particularidade, teria de colocar o meu lugar à disposição sem saber se seria selecionada para a nova função e, mais, correndo o risco de alguém se candidatar ao meu antigo lugar através do mesmo processo.
No entanto, o processo de candidatura tinha uma particularidade: para concorrer a uma nova função o primeiro passo seria declinar a posição atual. Ou seja, teria de colocar o meu lugar à disposição sem saber se seria selecionada para a nova função e, mais, correndo o risco de alguém se candidatar ao meu antigo lugar através do mesmo processo. Esta era no mínimo uma decisão arriscada, mas simultaneamente uma oportunidade única de evolução de carreira numa vertente internacional.
Não tinha como não arriscar, penso que se não o fizesse passaria o resto da vida a imaginar o que teria acontecido se me tivesse candidatado. Seguiu-se um período de enorme expectativa, com várias entrevistas, apresentações e business cases pelo meio, e cerca de dois meses depois chegava a notícia mais aguardada: a minha nomeação para Associate Manager na equipa global de Talent Brand da Accenture.
O desafio era enorme. Desde logo, Talent Brand é uma área decisiva para uma empresa de serviços como a Accenture e combina três componentes críticas – as pessoas, a cultura e o propósito. É aqui que se define a capacidade de atrair e reter o melhor talento, determinante na prestação de serviços de alta qualidade aos nossos clientes.
Hoje sou responsável pela definição da estratégia de Talent Brand para os mais de 30 países da Europa onde a Accenture está presente – acompanhando e validando diariamente o desenvolvimento e a implementação das campanhas locais de cada um destes países –, o que me permite ter uma visão de topo e um conhecimento alargado de todo o processo de definição estratégica ao mais alto nível.
Passei a trabalhar exclusivamente em regime de remote work, com todos os desafios que isso implica quando se integra uma equipa totalmente nova, quatro vezes maior do que a anterior e espalhada por todo o mundo, com colegas nos EUA, Índia, Irlanda, Reino Unido, Polónia e Singapura. Na verdade, a diversidade faz parte do DNA da Accenture e nas equipas globais isso é ainda mais visível. Trabalhar diariamente com pessoas de diferentes países, backgrounds e culturas tem sido uma experiência profundamente enriquecedora e tem contribuído decisivamente para o meu crescimento não só a nível profissional, como também numa perspetiva relacional – uma dimensão cada vez mais relevante no contexto atual em que vivemos – e que internamente entoamos como ‘Together, greater than ever.’
Este período de enorme desafio foi ainda marcado por várias alterações de modelos internos da empresa e também pelo lançamento do novo posicionamento da marca ‘Let There Be Change’, a par de algumas mudanças a nível pessoal e familiar, como uma licença de maternidade e dois períodos de confinamento pelo meio. Mas nada que, com uma gestão eficaz do tempo, alguma criatividade na resolução de problemas e uma valiosa rede de suporte familiar, não seja possível superar com sucesso!”
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