Margarida Oliveira: “Investir em formação é decisivo na carreira”

Margarida Oliveira, agency development manager na Google, fez duas apostas fortes na sua carreira: trabalhar no estrangeiro e o MBA no ISEG. Desde cedo percebeu que só a aprendizagem contínua lhe permitirá alcançar os objetivos que traçou.

Margarida Oliveira é agency development manager na Google.

Licenciou-se em Publicidade e Marketing e começou por trabalhar na Caixa Geral de Depósitos. A crise instalada em Portugal no início da década de 2010 levou-a a procurar uma oportunidade no programa Inov Contacto e foi assim que trabalhou no Brasil, Noruega e Irlanda. Neste último mercado, entrou no mundo do Marketing Digital de onde não voltou a sair. No regresso a Portugal, Margarida Oliveira trabalhou na Nova Expressão e, em 2019, decidiu fazer um MBA “para alargar horizontes e expandir conhecimento”. Este ano fica marcado pela conclusão desta formação no ISEG e pela sua mudança para a Google, com a função de agency development manager.

 

Como foi o seu percurso profissional até à posição que hoje ocupa?

Fiz a minha formação académica em Publicidade e Marketing. No ano em que terminei [2009], o país atravessava uma crise económica o que imediatamente me fez crer que o caminho nāo era cá dentro. Estive seis meses em São Paulo, a trabalhar numa importadora de vinhos brasileira. No início de 2013, rumei até Dublin para trabalhar na área de Marketing de Performance. E foi aí que entrei no Marketing Digital. No regresso a Portugal, passei por uma consultora de investimentos brasileira, antes de integrar a maior agência de meios portuguesa. Atualmente, estou na Google, como agency development manager, apoiando o ecossistema de agências digitais e de meios em Portugal.

Que competências, hábitos e atitudes a ajudaram a chegar à posição que hoje ocupa?

Muita curiosidade e uma grande vontade de aprender. Depois disso, muito método e disciplina. Passei grande parte da minha vida a estudar porque sabia, desde muito cedo, que seria dessa forma que conseguiria alcançar tudo o que ambicionava. Em resumo, a força impulsionadora de tudo o que aqui descrevo deve-se a um desejo maior de me melhorar enquanto pessoa e ao ecossistema que me rodeia.

O que a levou a fazer o MBA e qual o impacto que esta formação teve na sua carreira e no seu desempenho profissional?

Aprender. Colocar um MBA na minha lista de desejos foi um dos grandes desafios que me propus para 2021. Precisava de alargar horizontes, expandir o meu conhecimento e conhecer pessoas com objetivos mais alinhados com os meus. O resultado desta decisão foi a consciência de que nada é impossível e que o conhecimento é libertador. E há outro aspecto muito importante a salientar neste MBA, que foi o papel das pessoas – corpo docente e não docente e colegas. Sem elas não teria sido possível este desfecho e estar a dar esta entrevista hoje. É um programa desenhado para trabalhar muito as hard skills, mas as pessoas com quem interagi foram absolutamente decisivas para ter terminado com sucesso.

Qual foi, até hoje, o maior desafio profissional com que teve de lidar?

A mudança para outros países é um dos grandes desafios que destacaria. Embarcar numa das maiores empresas do mundo como a Google, outro.

Já trabalhou no Brasil, Irlanda e Noruega. O que mais a marcou, em termos profissionais, em cada um desses três mercados?

No Brasil, a facilidade na relação interpessoal e, por consequência, nos negócios. Na Irlanda,o foco e propósito, e na Noruega, o rigor e a exigência.

O que mudou no marketing digital com a crise pandémica e que tendências já é possível ver no horizonte?

Algumas marcas começaram a priorizar o digital nas suas estratégias durante a pandemia. O grande desafio neste cenário é como é que as marcas devem continuar a conversar com os seus clientes de forma eficaz num ecossistema tão diversificado (de meios) e de touchpoints. E, pelo caminho, alavancar a sua transformação digital.

Que conselho dá a uma jovem executiva que queira fazer carreira na sua área?

Ter bons mentores é um dos fatores que considero mais importantes. Precisa de ser alguém que inspire, mas também que nos ajude a criar o nosso plano, logo, ter um plano, é outra das coisas fundamentais. Podemos não saber com clareza para onde vamos, mas precisamos ter com clareza algumas perguntas respondidas: O que mais gosto de fazer? Em que indústrias faz mais sentido estar e que permitem maior crescimento? A seguir a isto, aprender muito. Como disse anteriormente, investi bastante em formação ao longo do meu percurso e acredito que essa escolha é, e vai continuar a ser, decisiva na minha construção profissional. O conhecimento, na minha opinião, é profundamente diferenciador.

 

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