Gigi Hadid, Miranda Kerr, Blake Lively – todas usam Madame LA LA, a marca de autobronzeadores criada pela cantora, compositora e, agora, empresária Nicole Dash Jones. A marca capta e capitaliza com o estilo de vida de Los Angeles: muitas celebridades de Hollywood sob o mesmo céu de Malibu beach. Numa altura em que os produtos chegam a Portugal através do site de vendas online Glam Secret, a fundadora de Madame LA LA, em entrevista respondida por e-mail à EXECUTIVA, defende que o universo da música e dos negócios têm muito em comum.
Como é que uma artista musical se torna também uma empreendedora na área da beleza?
Penso que existe uma grande sinergia entre as artes e os negócios. A indústria musical é um negócio, portanto é preciso aprender a perceber como navegar dentro desse negócio. É exatamente o mesmo quando ponho a minha energia e criatividade em algo que adoro e isso sempre foi beleza e música. Eu sempre soube que, em alguma altura da minha vida, iria ter uma empresa: criar algo para a qual há uma audiência que acredita no que faço e adere à minha visão, ao mesmo tempo que forneço um produto realmente bom, algo com que essa audiência se possa relacionar visual e emocionalmente. Em última análise, é exatamente a mesma coisa quando se trata de criar música: constrói-se uma audiência, cria-se uma ligação através do som, visão e branding. Para mim, os dois [universos] unem-se de uma maneira única, que eu sempre considerei excitante, e a empresa continua a crescer.
Quais é que são os principais desafios de ser uma mulher de negócios?
Existem imensos desafios nos negócios. Todos os dias é preciso resolver um problema e surgir com novas ideias. Ser-se um fundador criativo da tua própria empresa é algo que se vai aprendendo à medida que se percorre o caminho – ninguém nasce empreendedor. Para mim, tem que se ter poder de encaixe, aprender a dizer não, ter a energia e a resistência para prosseguir nas melhores e nas piores alturas, criar algo que seja o melhor possível e nunca ser complacente. Trata-se de trabalho de equipa e de se manter sempre a par de tudo, aprendendo a aceitar a crítica, porque a perfeição não existe. Se lhe escapa algo importante a empresa perde, a marca perde e os clientes perdem também.
Como é que consegue conjugar ambas as atividades?
Muita gente pensará que é complicado ser-se criativo e ao mesmo tempo gerir uma empresa, mas a verdade é que são ambas atividades criativas e as mulheres são naturalmente excelentes em multitasking! Se tiver um espírito criativo e se se permitir uma forma de manter espaço na tua cabeça em modo auto-piloto, pode encontrar um equilíbrio muito bom e tirar o máximo daquilo que tem para oferecer. O equilíbrio é a chave de tudo – saúde, estado de espírito, dieta e exercício é, para mim, onde tudo começa. Sendo criativa como sou, tenho imensas escapes criativos e os negócios são apenas um deles. Quais é que são as principais características dos produtos da Madame La La que os diferenciam de outros produtos?
A principal diferença é que a Madame La La é inspirada em Los Angeles, onde cresci. Apanhei muitas das minhas influências em Hollywood, Malibu e na indústria da beleza em LA, que está cheia de truques e esquemas. Transferi isso para a marca: como as celebridades ficam lindas na passadeira vermelha, oferecendo ingredientes de alta tecnologia para o cuidado da pele dentro do autobronzeador – da água de coco às vitaminas A, C e E – fazendo com que o consumidor se sinta muito bem enquanto o usa. Também dispomos de uma gama completa de produtos totalmente vegans e produzidos sem crueldade animal. Sendo vegetariana e amante de animais, nunca, desde que começámos em 2014, permiti que ingredientes de origem animal fizessem parte das fórmulas. Quis que a Madame La La a fizesse sentir saudável, tivesse um fantástico aroma a praia e que o cliente, ao usar a marca, se sentisse no seu melhor e a entrar no estilo de vida de LA, desde do início até às embalagens despojadas, algo que as pessoas se orgulhem de ter na prateleira da casa de banho e na sua pele!