Madalena Sutcliffe, que ocupa a função de diretora Jurídica e de Regulação na Vodafone Portugal desde 2016, faz parte dos juristas pre-seleccionados para os prémios europeus atribuídos pela ILO – International Law Office e pela Association of Corporate Counsel aos directores jurídicos e equipas de juristas de empresas na Europa. O seu nome está entre os quatro finalistas individuais na categoria de regulatório em serviços não financeiros deste prémio que será atribuído a 1 de março.
Licenciada em Direito pela Universidade de Lisboa e com um Masters do Colégio da Europa, com especialização em Direito da União Europeia, Madalena Sutcliffe iniciou o seu percurso profissional como advogada na Vieira de Almeida & Associados, com especialização nas áreas de Direito da União Europeia, Concorrência e Regulação, tendo depois trabalhado na Comissão Europeia, em Bruxelas, na Direção Geral da Concorrência e, de seguida, já em Portugal, na Presidência do Conselho de Ministros, enquanto consultora jurídica. Antes de integrar a Vodafone Portugal, foi ainda diretora da Área Jurídica e de Regulação da Cabovisão, cargo que acumulou, em 2013, na ONI, já enquanto membro da equipa executiva (2011-2016).
Já há algum tempo que exerce esta função em empresas de telecomunicações. Quais os desafios que tem enfrentado?
O setor das comunicações eletrónicas é muito dinâmico, a transformação acontece a um ritmo muito acelerado, o que faz com surjam sempre desafios totalmente novos e diferentes. Não há dois dias iguais e se isso, por um lado, é altamente motivante, por outro lado, requer que trabalhemos em ‘full speed’ e que tenhamos capacidade de adaptação, de inovação, e alguma criatividade. A Vodafone, onde trabalho agora, é uma empresa dotada de pessoas de enorme qualidade e uma boa equipa é fundamental para fazer face aos desafios diários que enfrentamos.
Quais as principais competências para ser uma boa profissional na sua função?
Para além do conhecimento técnico do setor e do mercado e de alguma visão estratégica, creio que há determinadas ‘soft skills’ que são essenciais, tais como a capacidade de organização e de priorização, a capacidade de comunicação (quer escrita, quer oral) e a capacidade de delegação (com responsabilidade). E quando se gosta do que se faz, tudo flui.
O que mais gosta no seu trabalho?
Em primeiro lugar, a minha equipa, as pessoas e a cultura da Vodafone Portugal e do Grupo Vodafone a nível global. Mas também os desafios diários que me chegam à secretária, a variedade dos problemas que se põem e a constante mutação deste setor que toca a vida das pessoas e que é tão importante para o crescimento do País.
O que significa para si ser a única portuguesa nomeada para este prémio?
É uma enorme honra ter sido a única portuguesa nomeada para este prémio, que distingue os melhores inhouse da Europa. Só estar na shortlist é uma vitória, e foi uma surpresa muito agradável. O reconhecimento é sempre gratificante, mas é importante sublinhar que quando alguém se destaca num cargo destes, isso só é possível graças ao trabalho de toda uma equipa que dá o máximo todos os dias e se pauta pela excelência. Noto também que é um enorme orgulho ver que a Vodafone é a única empresa com dois nomeados.