Uma interação pacífica entre colegas é extremamente benéfica para a manutenção de um bom ambiente no local de trabalho. Mas quando se passa grande parte do dia com as mesmas pessoas, é natural que surjam alguns atritos. Independentemente da divergência com que se depara, é importante que esteja preparada para lidar com ela. Siga as sugestões de Aida Chamiça, executive and team coach, para lidar com conflitos no trabalho.
Faça uma pausa
Sente que está prestes a explodir durante uma reunião ou com o incumprimento de um prazo por parte de um colega? Então faça uma pausa antes de tomar qualquer tipo de posição. Lembre-se de que muitos conflitos podem ser evitados ao não se pronunciar. Se um colega a perturbar, mantenha a calma e seja franca. Aida Chamiça aconselha a técnica da Comunicação Não-Violenta, descrita em detalhe no livro Comunicação Não-Violenta, Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais de Marshall B. Rosenberg. Esta técnica permite aperfeiçoar os relacionamentos interpessoais através da aplicação de abordagens específicas, levando à pacificação do conflito.
Seja discreta
Evite falar dos conflitos com os colegas porque muito provavelmente a pessoa que mencionou ficará a saber o que foi dito. É preferível dirigir-se-lhe pessoalmente e tentar uma conversa apaziguadora do que desbobinar com colegas. Por outro lado, afaste-se das típicas “conversas de corredor”, especialmente se estas incidirem sobre si.
Questione o seu papel
“A tendência é que ambas as partes se sintam com razão e não tenham interesse genuíno em ouvir e considerar os argumentos do outro”, alerta Aida Chamiça. Se uma das partes adotar uma postura de maior abertura, com interesse genuíno em escutar o outro, a tensão tende a minimizar-se e “podem ser criadas condições para um diálogo centrado na clarificação de necessidades e objetivos que conduzam à construção conjunta e saudável de uma solução”, explica.
Peça ajuda
É preferível manter o conflito privado, mas se o diálogo já não for possível, o melhor é recorrer a outra pessoa, “seja por não existirem condições emocionais para tal, seja por se ter chegado a um empate que bloqueia a resolução do conflito”, refere a coach. Pedir a opinião de alguém que não está diretamente envolvido no conflito pode fornecer-lhe a perspetiva de que necessita para resolver a situação.
Ceda
O mais provável é que nem sempre consiga levar a sua avante. Por isso, não insista na teimosia pois não a levará a atingir os seus objetivos. Ao ceder está a pôr um ponto final no conflito. Faça-o “quando o tema não é relevante, quando a preservação da relação é mais importante do que o resultado ou a partir do momento em que toma consciência de que o outro tem igual ou mais razão do que você”, diz Aida Chamiça.
Evite constrangimentos
Despersonalize ao “separar a pessoa do problema ou tensão que deu origem ao conflito”, aconselha a coach. Aceite o facto de o ambiente de trabalho gerar dinâmicas colidentes. “Quanto mais cedo aprender a gerir estas situações, sem se desgastar excessivamente e sem entrar em conflitos pessoais, melhores os resultados que irá alcançar”, conclui.