O objetivo de quem coloca vinhos no mercado é, obviamente, vender. Os primeiros atractivos de uma garrafa de vinho são o seu design os seus rótulos. Para além da imagem, que deve ser agradável, a informação incluída nestes últimos compreende muitos elementos que podem conduzir à escolha do vinho.
O conteúdo dos rótulos está legislado, obedecendo, portanto, a regras. Tem de conter informações sobre a marca, o tipo de vinho (branco, tinto, etc.), a percentagem de álcool em volume e a quantidade de líquido contido. Só que nem sempre toda esta informação se encontra no rótulo principal. Também existem elementos como a proveniência regional ou a denominação de origem. Para o contra-rótulo ficam dados sobre a empresa, de prova do vinho, castas e outras informações que o produtor e/ou distribuidor considerem necessárias, para além do código de barras e selo da comissão vitivinícola regional respectiva, no caso dos vinhos com designação de origem.
Para melhor transmitirem aquilo que realmente querem difundir, muitos produtores e/ou distribuidores optaram por transfigurar o contra-rótulo, comunicando a mensagem mais aliciante para os consumidores de cada referência, sejam eles a marca, a região, a casta, o ano de colheita, ou outros dados mais específicos. Nestes casos, o comprador encontra o verdadeiro rótulo no outro lado da garrafa, com toda a informação obrigatória por lei, muitas vezes complementada por outros dados.
Toda esta informação nem é suficiente. Por isso, e principalmente quando estou fora de Portugal, se puder, prefiro provar o vinho antes de tomar a decisão de compra. Várias desilusões tornaram-me mais prudente. Nos restaurantes, principalmente em países como Espanha, França e Alemanha, o conselho de quem está a servir à mesa é suficiente para desfrutar de um vinho com boa relação qualidade/preço para a refeição.
No nosso país, a decisão de compra é muito mais fácil para mim. Normalmente, quando olho para o rótulo, procuro informações como as castas que dão origem ao vinho, a forma como foi feito, ou o enólogo responsável quando escolho um vinho que não conheço. Geralmente acerto.
Os elementos do rótulo e o contra rótulo
Marca do vinho
Percentagem de álcool
Volume de líquido – Quantidade de vinho contido na garrafa
Nome do produtor
Região de origem do vinho – Indica o local onde estão implantadas as vinhas e onde é realizada a vinificação
Ano de colheita.
Castas – Só podem ser indicadas castas para os DOC ou vinhos regionais
Data de colheita – Também só para os DOC ou vinhos regionais
Designações especiais – São os casos de Escolha, Superior, Colheita Seleccionada, Reserva, Garrafeira, Grande Escolha, Vintage, Twany, 10 Anos, e outros, em vinhos geralmente com graduação superior ao mínimo legal, com especificidades.
Sulfitos – Indica a incorporação destes conservantes no vinho
Selo da Comissão Vitivinícola Regional